1.
Produção de energia X aquecimento
A diferença primordial é a fonte de geração. Enquanto o
aquecimento se utiliza do calor do sol para esquentar a água que será
utilizada, a produção de energia se dá pela luz, portanto, mesmo em
dias nublados e frios, o sistema fotovoltaico gera energia. Na prática,
enquanto o aquecedor economiza energia utilizada para aquecer a água, seja de
pias, chuveiros, piscinas, etc, o sistema fotovoltaico economiza energia de
todos os aparelhos da casa, dos mesmos chuveiros até lâmpadas, televisão e,
principalmente, do ar condicionado.
2.
Toda casa pode produzir energia fotovoltaica?
Em teoria sim. Em termos práticos, a casa precisa, primeiramente,
de espaço útil para receber a instalação dos módulos fotovoltaicos, cerca de
18m² sem sombreamento constante, e ser atendida por uma concessionária
distribuidora de energia.
3.
Apartamentos?
Para a unidade do apartamento hoje é muito difícil a instalação,
porém, não a compensação. Explico: caso o proprietário possua uma casa que
tenha a conta de luz vinda no mesmo nome do que a do seu apartamento e atendida
pela mesma concessionária distribuidora de energia, como, por exemplo, casas de
praia/veraneio, é possível instalar um sistema nesta casa e a energia gerar
créditos energéticos tanto para a casa como para o apartamento! Os únicos casos
viáveis para instalação em apartamentos são aqueles em que se instala um
sistema para geração de energia visando a área social do prédio, aonde os
condôminos verão sua economia na conta de condomínio ou, no caso de
apartamentos na cobertura, após comum acordo com o resto dos condôminos, há a
possibilidade de se instalar, como em uma casa.
4.
Como escolher onde instalar?
Para maximizar a energia gerada pelo sistema recomenda-se a
instalação no telhado, de preferência com uma certa inclinação entre 15° e 20º,
dependendo da região, e quanto mais próximo da orientação norte, melhor. É
possível, hoje, instalar em telhados planos e lajes, com uma estrutura própria
que simularia a inclinação do sistema, e até com estruturas de solo, simulando
telhados.
5.
Como escolher o equipamento?
Nossa dica é sempre priorizar marcas com bom histórico de mercado,
pois as garantias dos componentes costumam estar entre 5 e 25 anos, portanto
precisamos contar com empresas que darão o apoio durante toda a vida útil do
sistema. Falando dos módulos que compõe o painel solar, hoje a
marca mais atuante e que já conta com fábrica no Brasil é a Canadian Solar. No
caso dos inversores, são fortes as presenças da austríaca Fronius e da
espanhola Ingeteam. Como em qualquer outro mercado, existem equipamentos de
preço inferior, mas de qualidade não comprovada, que sempre aparecem e somem
das “prateleiras” dos fornecedores. Como estamos falando de um investimento, é
muito importante prezar pela qualidade destes equipamentos.
6.
Há linhas de financiamento?
Hoje a maior parte das linhas de financiamento existentes
contemplam apenas Pessoas Jurídicas. Entre as linhas disponíveis no mercado, a
que mais tem atraído clientes é a linha Santander Sustentável em parceria com a
Blue Sol, com planos de até 36x e outro de até 60x sem a necessidade de entrada
no ato e até 1 mês de carência, com taxas melhores do que se obter o crédito
direto com seu gerente. Linhas sempre procuradas, principalmente via bancos
públicos, quase sempre apresentam exclusividade para pessoas jurídicas e muitas
vezes contemplam até 80% do sistema apenas.
Uma alternativa foi lançada há pouco tempo pela Blue Sol Energia
Solar em parceria com a Consórcio Canopus, o Consórcio de Energia Solar. Funciona como um consórcio de
automóvel ou de um imóvel, produtos mais comuns e conhecidos pelas pessoas
neste sistema de investimentos. Sendo assim, o Consórcio de Energia Solar da
Blue Sol Energia Solar reúne grupos de pessoas interessadas na aquisição de
sistemas fotovoltaicos. Mensalmente, os integrantes desses grupos efetuam o
pagamento das parcelas previamente acertadas por meio de contrato firmado com a
parceira financeira da Blue Sol, a Consórcio Canopus. Também mensalmente dois
cotistas serão contemplados, respectivamente, com uma carta de crédito para a
aquisição dos sistemas. Um será contemplado por sorteio e o outro por lance.
Uma forma simples e mais fácil de garantir a compra de um sistema. O mais
interessante: um consórcio que não gera despesas adicionais (no caso de carro
ou imóvel, por exemplo, depois é necessário pagar documentação, registros,
etc), uma vez que basta a instalação para começar a economizar.
7.
Variações de preço?
Hoje um sistema de qualidade sai a partir de R$ 15.000,00
aproximadamente, já com todos os custos inclusos, mas os sistemas que mais
vendemos, por se aproximarem mais do padrão de consumo energético dos nossos
clientes, possuem um investimento médio de R$ 30.000,00 para uma geração
confortável de energia para uma conta de luz de aproximadamente R$ 400,00
(valor que pode variar por região e por distribuidora).
Preste sempre atenção no que de fato está incluso na oferta.
Existem hoje muitas empresas no mercado que vendem apenas um “kit” de
equipamentos, enquanto outras empresas oferecem já o pacote completo sem custos
adicionais, ou como se costuma chamar, o sistema turn-key ou “chave
na mão” no qual o cliente não terá nenhum trabalho além de ligar o seu sistema.
Além do “kit” de equipamentos, em que estão contempladas geralmente peças
contadas para um layout padrão de montagem dos módulos, também é necessário o
projeto elétrico do sistema, sua regularização junto à distribuidora de
energia, instalação do sistema e custos residuais como tributos e frete até o
local. Preste sempre atenção no que a sua proposta contempla!
8.
Como funciona produção e armazenamento de energia?
A energia é produzida pelo contato da luz com os módulos
fotovoltaicos. Ela é levada até o inversor, que transforma esta energia naquela
que utilizamos em nossos eletrodomésticos, e joga na nossa rede. Por isso,
estas duas partes (módulos e inversor) são o coração do sistema. A energia
gerada desta forma tem uma fração dela consumida na hora, pelos
eletrodomésticos, lâmpadas e máquinas ligados no momento. Seu excedente é
enviado para a rede da distribuidora, que fornece créditos para a unidade
consumidora abater na sua conta de luz. Quando chega a noite, e a geração de
energia é interrompida pela falta de luz solar, utilizamos estes créditos
gerados durante o dia para o abatimento da energia consumida no período.
Os sistemas têm sua potência calculada de modo que o cliente pague
apenas a taxa de disponibilidade. Esta compensação de créditos é feita de
maneira automática na hora da emissão da conta de luz. Portanto, tecnicamente
não há “armazenamento” de energia. O excedente é transformado em créditos junto
à distribuidora e convertido em economia para o proprietário do sistema.
9.
Autonomia energética?
Hoje é muito difícil de falar sobre baterias de uso residencial.
As baterias que existem hoje para uso comercial possuem uma vida útil de
aproximadamente 3 anos frente aos 25 anos de vida um sistema fotovoltaico. Além
disso, não há uma política de descartes apropriada para as baterias. Portanto,
a autonomia energética acaba custando muito mais caro e tendo um alto custo de
manutenção.
Em mercados mais evoluídos na questão da energia
solar fotovoltaica, estão começando a se desenvolver
baterias para uso residencial, porém ainda não temos nada em escala comercial.
Assim, a solução proposta foi justamente a dos sistemas on grid, nos quais em
vez de armazenar energia, ela é devolvida para a rede.
10. Sustentabilidade
Hoje a matriz energética brasileira é sustentada, em sua maioria,
pelas geradoras hidrelétricas e termoelétricas, que causam impacto ao meio ambiente,
possuem alto custo de geração e envolvem muitas perdas energéticas.
A geração fotovoltaica busca sustentabilidade ao utilizar uma
fonte limpa de geração de energia, como o sol, trazer uma energia mais barata e,
principalmente, otimizar a geração de energia na matriz energética brasileira.
11. Quanto
tempo dura um equipamento?
Os módulos têm vida útil estimada entre 25 e 30 anos para uma
geração aceitável de energia. Inclusive, todos do mercado têm, atualmente,
garantia de fábrica de 25 anos para geração de pelo menos 80% de seu potencial.
Os inversores, por sua vez, têm uma vida estimada entre 12 e 15 anos,
necessitando sua troca na metade do tempo de duração de um sistema. Estruturas
de fixação e material elétrico terão sua vida baseada na qualidade do material
usado e nos cuidados na hora da instalação, portanto, sempre procurem empresas
com experiência em instalações elétricas para ter maior aproveitamento do seu
sistema.
12. Em
quanto tempo ele “se paga”?
Hoje um sistema solar residencial se paga
entre 4 e 6 anos, portanto se levarmos em consideração os seus
30 anos estimados de funcionamento, teremos entre 24 e 26 anos de pura
economia! Hoje o solar já é mais rentável do que muitos outros investimentos
como, por exemplo, a famosa caderneta de poupança, trazendo um retorno maior ao
investidor.
Rafael
Xavier - coordenador comercial da Blue Sol Energia Solar, empresa
pioneira no desenvolvimento de projetos, instalação
de sistemas, capacitação de empreendedores e mão de obra para o setor.
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