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terça-feira, 15 de março de 2016

Páscoa para diabéticos pode sim!





E com chocolate, basta ter moderação

Andando por aí já é possível ver nas gôndolas e estantes aqueles ovos de chocolate que muitos esperam o ano todo para saborear. As cores vibrantes das embalagens e aquele cheirinho típico não atraem só as crianças, afinal, são chocolates!

Mas e os diabéticos, podem se render a essa tentação da Páscoa?

São muitas as dúvidas nessa hora, pois não é só a questão do açúcar refinado, mas todas as outras substâncias que se transformam em açúcar no organismo. Segundo a American Diabetes Association – ADA, a sacarose não aumenta a glicemia mais do que qualquer outro tipo de carboidrato, sendo assim, o chocolate convencional pode sim ser inserido na dieta de um diabético. Mas como saber o limite?

Para Renata Barbosa, Gerente de Diabetes da AstraZeneca, é uma questão de moderação. “O chocolate deve ser consumido com moderação por qualquer pessoa. Além dos açúcares, a gordura e as calorias podem ser prejudiciais se consumidas em excesso”.

Renata ainda afirma que um diabético que tem sua dieta equilibrada e de acordo com suas necessidades, não precisa se privar completamente desse prazer, basta estar atento a quantidade e manter sua glicemia controlada.

“Vemos muitos pacientes diabéticos tendo baixo desempenho no tratamento porque a privação de certos alimentos mexe com o psicológico, o que afeta diretamente no controle da doença. Diabéticos podem, sim, comer chocolate na Páscoa, mas com prudência”.

Mas, claro, existem no mercado uma série de opções de chocolates diets, que por não conterem açúcares na formulação, são indicados aos diabéticos. De acordo com a Dra. Andréia Sapienza, Gerente Médica de Diabetes da AstraZeneca, “isso não significa necessariamente menor quantidade calórica, pois em alguns casos os chocolates diets possuem maior teor de gordura. É importante conferir o teor energético, bem como os componentes nutricionais do produto em termos de acúcares, gorduras, fibras e sódio”.

Outra boa alternativa para quem não quer exagerar, porém não quer privar-se totalmente da tradição de Páscoa, é o chocolate amargo ou meio amargo. Ele é fonte de antioxidantes e fibras, além de possuir menor teor de açúcar, gorduras e sódio.

Então, Páscoa para diabéticos, sim!

Viver com diabetes não precisa ser um sofrimento. Alimentar-se de forma saudável pode ser prazeroso e é indicado para todas as pessoas, mesmo as que não têm diabetes. Durante os dias que antecedem a Páscoa, uma alternativa seria comer pequenas porções das suas comidas típicas preferidas ao longo do feriado, em vez de deixar para fazer uma grande e calórica refeição no domingo de Páscoa.

DICAS

• Alimente-se a cada 4 horas para evitar picos de hipo e hiperglicemia;
• Tenha sempre disponíveis alimentos práticos para os intervalos das refeições como frutas, barra de cereais light ou biscoitos salgados com fibras;
• Leia os rótulos com atenção. Não confie apenas na denominação diet ou light.
• Observe atentamente a composição nutricional do produto, identificando a quantidade de cada nutriente (gordura, carboidratos, proteínas, vitaminas e minerais);
• Procure manter o peso dentro da faixa de normalidade;
• Meça regularmente a glicose sanguínea.

Diet x Light

Diet: o diet significa que o alimento tem ausência total de um nutriente. Portanto, a primeira diferença entre alimento diet e light está na quantidade permitida de nutriente.

Light: a definição de alimento light deve ser direcionada aos produtos que apresentam redução mínima de 25% em determinado nutriente ou calorias, quando comparado com alimento convencional.

Diet X Light: Para os indivíduos portadores de diabetes, o que importa é o diet, por ter ausência total de açúcar. Mas atenção: os alimentos diets nem sempre são reduzidos em calorias e podem predispor à obesidade se consumido em excesso. Exemplo: chocolate diet. Ao comprar um alimento light, verifique no rótulo se na composição tem açúcar ou não.

O alimento light não é, necessariamente, indicado para indivíduos que apresentem algum tipo de doença (diabetes, colesterol elevado, doença celíaca, fenilcetonúria).

Qual atividade física é mais recomendada?

Qualquer atividade física pode ser benéfica para diabéticos, mas aquelas que movimentam grandes grupos musculares são as mais recomendadas.

Caminhada, natação, ciclismo e corrida são atividades que ajudam você a controlar melhor o diabetes, como também perder peso. Elas melhoram a capacidade do corpo em utilizar a glicose, ajudam o controle glicêmico e aumentam o gasto energético diário. O programa de exercícios deve ser realizado, se possível, diariamente, mas 3 a 5 vezes por semana, durante 30 a 50 minutos, promove excelentes resultados no controle do diabetes. Inclua também sessões de exercícios resistidos ou hidroginástica duas vezes na semana, pois estas proporcionam maior resistência, agilidade e força para seu corpo.

Se você for usuário de insulina, é fundamental que evite a hipoglicemia durante e após a atividade física. Lembre-se que a duração, a intensidade e se você começou a praticar recentemente são fatores que podem aumentar as chances de hipoglicemia durante os exercícios físicos.

Cuidados com os pés

Portadores de diabetes podem ao longo dos anos apresentar problemas com os pés devido à neuropatia diabética, que provoca perda de sensibilidade, alterações na mobilidade e deformidades nos pés. Escolha um calçado confortável, sem costuras grossas internamente, e sempre use com meias, pois elas protegem mais ainda seus pés. Caso você tenha alguma lesão nos pés, evite realizar atividades como caminhadas ou corridas. O melhor é esperar cicatrizar.

CURIOSIDADES

Existem mais de 340 milhões de pessoas vivendo com diabetes no mundo
Pelo menos a metade das pessoas com diabetes tipo 2 não sabe que tem a doença
A doença cardiovascular é a causa mais comum de mortalidade nos pacientes com diabetes tipo 2


Fontes: Sociedade Brasileira de Diabetes; Federação Internacional de Diabetes; Dra. Rosana Perim Costa; Educadora Física Jaqueline Lazzari; Associação Nacional de Assistência ao Diabético (ANAD).

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