No
Brasil, o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral contabilizam
cerca de 30% das mortes das mulheres
Segundo
dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a expectativa
de vida da mulher brasileira é 7,3 anos maior que a dos homens.
Cuidadosas com a saúde, elas visitam serviço médico regularmente e lidam
melhor com a dor. Porém, com a rotina pessoal e profissional atribulada, o
universo feminino passou a conviver com fatores de risco silenciosos como o
colesterol alto, a hipertensão, sedentarismo, tabagismo e o infarto do
miocárdio, a principal causa de morte entre mulheres no mundo.
Segundo
o médico Otavio C. E. Gebara, cardiologista e diretor médico do Hospital
Santa Paula, a maioria das mulheres não tem plena consciência desse risco.
Pesquisas mostram que a primeira causa de morte em mulheres com mais de 50 anos
está relacionada a doenças do aparelho circulatório. No Brasil, o infarto do
miocárdio e o acidente vascular cerebral contabilizam perto de 30% das mortes,
muito mais do que todos os cânceres somados. Mesmo os temidos cânceres de mama
e útero têm números muitas vezes menores que as doenças cardiovasculares. A
depressão hoje também é reconhecida como um fator agravante das doenças
cardiovasculares. “Reconhecer os sinais no início da doença é fundamental para
a prevenção. Dores no peito e na região da ‘boca do estômago’, náusea, palidez
e sudorese podem ser sinais de infarto”, diz Otavio C. E. Gebara.
“Amortecimento em um lado do corpo, dificuldade da fala e perda súbita de
equilíbrio podem significar um acidente vascular cerebral, o popular derrame”,
completa o cardiologista.
A
renomada American Heart
Association divulgou em sua revista Circulation, em janeiro, o artigo inédito com
diretrizes para a compreensão do infarto feminino. Conforme o texto,
existem diferenças nos sintomas entre os sexos. As mulheres, além da habitual
dor no peito, podem apresentar palpitações, dor nas costas, ombro, mandíbula,
ansiedade, sentir falta de ar, náuseas e sintomas similares ao da gripe.
“Pequenos
ajustes nos hábitos como sair do sedentarismo (caminhadas de 30 minutos, 4 a 5
vezes por semana), ingerir uma porção de alimentos saudáveis (legumes, verduras
ou frutas) por dia, e o controle de fatores de risco como a hipertensão e
colesterol são capazes de evitar 80% da chance de um infarto entre as
mulheres”, conclui Otavio C. E. Gebara, cardiologista e diretor médico do
Hospital Santa Paula.
Otavio
C. E. Gebara - Professor Livre Docente em Cardiologia pela Faculdade de
Medicina da USP. Diretor de Cardiologia do Hospital Santa Paula. Autor do livro
“Coração de Mulher”.
Hospital Santa Paula
Av.
Santo Amaro, 2468 – Vila Olímpia - (11) 3040-8000
Nenhum comentário:
Postar um comentário