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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Agosto: mês de combate ao colesterol




Quando o colesterol atinge níveis altos, artérias são obstruídas por placas de gorduras que podem comprometer a irrigação dos tecidos do sangue, levando às lesões
O colesterol é a gordura da alimentação absorvida no intestino que entra na corrente sanguínea, sendo transportada por proteínas até formar o complexo lipoproteína (lipo = gordura). De acordo com a Dra. Suemi Marui, endocrinologista que integra o corpo clínico do Alta Excelência Diagnóstica, as principais lipoproteínas são o HDL (conhecido como o bom colesterol), o LDL (denominado como o mau colesterol) e o VLDL. “O colesterol é necessário para algumas funções do organismo, como a produção de alguns hormônios e ácidos biliares. Mas, em excesso, pode causar problemas”, comenta.
O ideal, de acordo Dra. Suemi, é manter o LDL abaixo de 100 mg/dl, com uma investigação de doenças associadas, que podem aumentar o risco cardiovascular, como obesidade, diabetes e hipertensão. O colesterol em níveis altos leva a deposição progressiva de placas de gorduras nas artérias, que podem comprometer e até interromper a irrigação normal dos tecidos, levando às lesões e até à morte da região atingida. “Como exemplos podemos citar a obstrução das artérias do coração, que causa um infarto e compromete a função do órgão de bombear o sangue para todo o corpo e para as artérias que irrigam o cérebro, o que acarreta um Acidente Vascular Cerebral - AVC”, acrescenta.
Como é uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas, o diagnóstico é feito por meio de análises do sangue do paciente. Por isso, é muito importante a realização de exames periódicos. "Eventualmente, o excesso de triglicérides (outra fração de gordura do sangue) pode levar ao surgimento de manchas ou erupções amareladas na pele, e causar até pancreatite, que é extremamente perigoso", afirma.
O ideal é que o paciente procure um médico e se submeta às medidas necessárias. “O tratamento consta de orientação de uma alimentação adequada. Em alguns casos, o tratamento deve ser medicamentoso, à base de estatinas. Além disso, o paciente deve praticar exercícios físicos regulares e eliminar outros fatores de risco", conclui.
Alimentos ricos em colesterol
Vísceras de animal (fígado, miolo, miúdos), leite integral e seus derivados (queijo, manteiga, creme de leite), biscoitos amanteigados, croissants, folheados, sorvetes cremosos, frios (presunto, salame, mortadela), pele de aves, frutos do mar (lagosta, camarão, ostra, marisco, polvo), gema de ovo, dentre outros.
Como aumentar o HDL-colesterol (“colesterol bom”) e diminuir o LDL-colesterol (“colesterol ruim”)
Mudança do estilo de vida, incluindo dieta equilibrada, exercício físico aeróbico (caminhada, corrida ou ciclismo de 3 a 6 vezes por semana, por 40 minutos), abstenção do fumo (o fumo leva à queda de HDL-colesterol) e perda de peso, nos casos indicados de combate à obesidade. O recomendado é diminuir a ingestão de gordura saturada existente nas carnes gordurosas, leites e derivados, polpa de coco e óleo de dendê, por exemplo. O uso de gorduras insaturadas encontrado nos óleos de oliva, óleo de canola, azeitonas, abacate, castanha, nozes e amêndoas é mais recomendado.
O que fazer antes do exame no laboratório
Orienta-se manter jejum por um período de 12 a 14 horas. Recomenda-se não alterar a dieta habitual. Suspender a ingestão de álcool 72 horas antes da coleta. Dessa forma, os resultados serão confiáveis. É indispensável que, por ocasião da amostra para os exames, mantenha-se sempre a rotina diária para que os resultados sejam comparáveis.



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