Quando o colesterol
atinge níveis altos, artérias são obstruídas por placas de gorduras que podem
comprometer a irrigação dos tecidos do sangue, levando às lesões
O colesterol é a gordura da alimentação
absorvida no intestino que entra na corrente sanguínea, sendo transportada por
proteínas até formar o complexo lipoproteína (lipo = gordura). De acordo com a
Dra. Suemi Marui, endocrinologista que integra o corpo clínico do Alta
Excelência Diagnóstica, as principais lipoproteínas são o HDL (conhecido como o
bom colesterol), o LDL (denominado como o mau colesterol) e o VLDL. “O
colesterol é necessário para algumas funções do organismo, como a produção de
alguns hormônios e ácidos biliares. Mas, em excesso, pode causar problemas”,
comenta.
O ideal, de acordo Dra. Suemi, é manter o LDL
abaixo de 100 mg/dl, com uma investigação de doenças associadas, que podem
aumentar o risco cardiovascular, como obesidade, diabetes e hipertensão. O
colesterol em níveis altos leva a deposição progressiva de placas de gorduras
nas artérias, que podem comprometer e até interromper a irrigação normal dos
tecidos, levando às lesões e até à morte da região atingida. “Como exemplos
podemos citar a obstrução das artérias do coração, que causa um infarto e
compromete a função do órgão de bombear o sangue para todo o corpo e para as
artérias que irrigam o cérebro, o que acarreta um Acidente Vascular Cerebral -
AVC”, acrescenta.
Como
é uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas, o diagnóstico é feito por
meio de análises do sangue do paciente. Por isso, é muito importante a
realização de exames periódicos. "Eventualmente, o excesso de
triglicérides (outra fração de gordura do sangue) pode levar ao surgimento de
manchas ou erupções amareladas na pele, e causar até pancreatite, que é
extremamente perigoso", afirma.
O
ideal é que o paciente procure um médico e se submeta às medidas necessárias.
“O tratamento consta de orientação de uma alimentação adequada. Em alguns
casos, o tratamento deve ser medicamentoso, à base de estatinas. Além disso, o
paciente deve praticar exercícios físicos regulares e eliminar outros fatores
de risco", conclui.
Alimentos ricos em colesterol
Vísceras
de animal (fígado, miolo, miúdos), leite integral e seus derivados (queijo,
manteiga, creme de leite), biscoitos amanteigados, croissants, folheados,
sorvetes cremosos, frios (presunto, salame, mortadela), pele de aves, frutos do
mar (lagosta, camarão, ostra, marisco, polvo), gema de ovo, dentre outros.
Como aumentar o HDL-colesterol (“colesterol bom”) e
diminuir o LDL-colesterol (“colesterol ruim”)
Mudança
do estilo de vida, incluindo dieta equilibrada, exercício físico aeróbico
(caminhada, corrida ou ciclismo de 3 a 6 vezes por semana, por 40 minutos),
abstenção do fumo (o fumo leva à queda de HDL-colesterol) e perda de peso, nos
casos indicados de combate à obesidade. O recomendado é diminuir a ingestão de
gordura saturada existente nas carnes gordurosas, leites e derivados, polpa de
coco e óleo de dendê, por exemplo. O uso de gorduras insaturadas encontrado nos
óleos de oliva, óleo de canola, azeitonas, abacate, castanha, nozes e amêndoas
é mais recomendado.
O que fazer antes do exame no laboratório
Orienta-se
manter jejum por um período de 12 a 14 horas. Recomenda-se não alterar a dieta
habitual. Suspender a ingestão de álcool 72 horas antes da coleta. Dessa forma,
os resultados serão confiáveis. É indispensável que, por ocasião da amostra
para os exames, mantenha-se sempre a rotina diária para que os resultados sejam
comparáveis.
Alta
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