As mulheres
merecem ser muito parabenizadas. Não apenas pelo Dia Internacional da Mulher,
mas, principalmente, pela forma como lidam com a rotina, com as demandas e
pressões, discriminações e com as exigências, sem falar na forma especial com
que lidam com família, trabalho, cultura e até mesmo com os hormônios.
Polivalentes,
as mulheres dos dias atuais têm rotinas de vida comparadas a de atletas
profissionais. Sofrem “pressão” da sociedade de todos os lados, precisam
apresentar um “desempenho” compatível com as expectativas do trabalho, da
família, dos amigos, e ainda têm que lidar com a competição em todas essas
áreas, de maneira muitas vezes injusta. Para piorar, ainda não ganham o
reconhecimento nem a remuneração que merecem. Ou seja, são verdadeiras atletas.
Se pensarmos
na rotina de um atleta de verdade, perceberemos quão importante é termos um
cuidado com o indivíduo para que ele possa suportar mental, emocional e
fisicamente as demandas dos treinamentos e da competição. Mas, e com a mulher?
Será que temos todo esse cuidado? Será que existem condições para que ela
consiga ter esse cuidado consigo mesma?
O
“desempenho” feminino no dia a dia é extremamente desgastante. As diversas
situações e os mais variados papéis que a mulher tem que exercer como
profissional, mãe, filha, amiga, irmã, gerente da casa, esposa e como ela mesma
(em termos de auto exigência), demandam que algum cuidado seja tomado tanto com
a saúde, de maneira preventiva para evitar o desgaste, adoecimento e
envelhecimento precoce, como também de forma condicionante, para estar física e
mentalmente preparada para o esforço sobre- humano diário a que é exposta.
Hoje, em
pleno século 21, não existe quem não saiba o quanto a prática de uma atividade
física regular é essencial para uma vida saudável. Para as supermulheres que
convivem com uma rotina tão desgastante, a prática de exercícios é ainda mais
essencial.
O processo de
envelhecimento não poupa ninguém. Ao observar estudos de média de vida de
atletas profissionais, os dados revelam que o deles é por volta de dez anos
menor do que a média da população (59 anos contra 69 aproximadamente). Isso
devido ao estresse e desgaste que a profissão demandou durante anos.
Na vida das
pessoas “comuns”, o desgaste sob condições de alta demanda da rotina também promove
o envelhecimento precoce. Quem não conhece alguns casais, onde homem e mulher
têm idades parecidas, geralmente depois dos 40 anos, mas a mulher aparenta
estar mais envelhecida?
Do outro
lado, quem também não percebe a enorme diferença que algumas mulheres nessa
faixa de idade, que fazem atividade física regularmente, aparentam?
É obvio que
não se trata de uma regra, já que os fatores genéticos interferem diretamente.
Mas, não há qualquer dúvida de como é importante a mulher se exercitar e cuidar
de si mesma. Não apenas para suportar toda a responsabilidade que recai sobre
ela, mas, principalmente, para viver de maneira mais saudável. Como realmente
merecem!
Cristiano Parente - atual melhor personal trainer do mundo,
eleito em concurso internacional promovido pela Life Fitness. É também
professor de educação física, com tem três graduações pela Universidade de São
Paulo (USP) – Bacharelados em Educação Física e em Esporte e Licenciatura em
Educação Física – e quatro pós-graduações, palestrante e sócio-diretor da
Koatch Academia (SP).
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