Psicólogo
dá dicas para passar por esses momentos sem ser prejudicado.
Todo
ser humano tem impulsos, e eles podem ser caracterizados, de forma resumida,
como pensamentos que determinam comportamentos. O que muda de pessoa para
pessoa é a forma a qual ela lida com esses impulsos: algumas deixam esse desejo
tomar conta enquanto outras conseguem controlá-los, seja por motivação interna
ou externa. Como assim? João Alexandre Borba, psicólogo e coach explica:
“A
fome/vontade de comer é um ótimo exemplo. Vamos supor que você está com fome,
mas, antes de comer, quer terminar algo que está fazendo – essa capacidade que
você tem de adiar a vontade é um controle interno. Agora, quando você deixa de
comer porque está no meio do trabalho e ainda não é sua hora de almoço, por
exemplo, você passa por uma espécie de controle externo, afinal, não há nada
que você possa fazer para ‘driblar’ isso”, exemplifica o psicólogo.
Ter
impulsos, sejam eles bons ou ruins, é algo comum e necessário para o ser
humano, porém, o problema começa quando não há filtro ou controle forte o
suficiente para impedir a pessoa de tornar real esse impulso. “Se não há um bom
controle interno, a pessoa poderá ter comportamentos prejudiciais para ela
mesma e para aqueles que estão a sua volta – resultando, por exemplo, em atos
violentos”, ressalta Borba.
Para
evitar essas situações constrangedoras, Borba comenta que não existe alguma
receita que funcione com perfeição para todas as pessoas – mas que existem
algumas atitudes que podem ser tomadas para que as pessoas consigam deixar o
impulso passar, sem que seja necessário realizar aquilo o que ele “manda”.
“Existe impulso para muita coisa: alguns compram, outros roubam, outros são
violentos, outros comem, etc. Por isso não existe uma solução perfeita para
todos os casos, já que cada um enfrenta esses impulsos de forma diferente”,
comenta.
Porém,
algumas das atitudes ressaltadas pelo psicólogo que podem ajudar durante esse
processo são:
-
Quando perceber que o impulso está se formando, concentre-se em sua respiração.
“Inspire e expire profundamente, sem pressa, prestando atenção somente no ar
que entra e sai dos seus pulmões. Durante esse momento, deixe que os
pensamentos passem pela sua mente, mas esteja consciente deles e volte o foco
para sua respiração, sem querer expulsar os pensamentos ou agarrá-los”, sugere
Borba;
-
Por que vale a pena controlar seus impulsos? Descubra os motivos e coloque-os
em um papel. Assim, quando sentir a tentação chegando, leia o que você escreveu
repetidas vezes, até se acalmar e sentir que é capaz de controlar a vontade;
-
Não viva em piloto automático: dessa forma você tem maior consciência das suas
ações – e, com isso, impede que impulsos tomem controle sobre você;
-
Distraia-se: ao se distrair, você redireciona sua atenção e se afasta, pelo
menos de forma temporária, do impulso. “Distração não significa ignorar as
vontades, mas serve para diminuir a intensidade do desejo naquele momento e dar
um tempo para sua cabeça colocar em ordem o que ambiciona – coisa que não seria
possível se você apenas seguisse o curso da emoção, sem raciocinar anteriormente”,
comenta. Para isso, fazer atividades físicas, palavras cruzadas ou jogos que
exijam atenção – até mesmo por meio de aplicativos de celular e dedicar-se a
algo que lhe traz prazer, como atividades criativas, são uma boa opção.
“Crie
sua própria lista de recursos que podem ser utilizados quando sentir que o
impulso está vindo. Quanto maior o número de recursos você tiver, maior será
seu leque de opções para se livrar desse problema. Porém, se sentir que está
difícil conquistar esses objetivos sozinho, procure ajuda de um profissional
que possa lhe ajudar a resolver problemas emocionais”, conclui.
João
Alexandre Borba - Master Coach Trainer e Psicólogo. joao.alexandre@live.com
- https://www.facebook.com/joaoalexandre.c.borba
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