Passado o final de ano e o período de maior movimento no comércio,
é tempo de refazer as contas e programar os gastos para 2015. Embora muitos se
esqueçam, os primeiros meses também são responsáveis por boa parte dos nossos
vencimentos, com o pagamento de impostos como o IPVA, para os que possuem
veículos, ou a rematrícula e a compra de material, aos que têm filhos em idade
escolar.
Impulsionados pelas facilidades de crédito e pela reserva
obtida com o 13º salário, muitos fizeram dívidas que irão perdurar pelos
próximos meses e aumentaram a coleção de boletos ou de faturas do cartão de
crédito. Aos que caíram nessa “tentação”, o ideal é que atividades supérfluas
no ponto de vista das finanças - como uma viagem não planejada com antecedência
ou as comemorações excessivas de Carnaval - deixem de ser realizadas, para que
o orçamento mensal não seja comprometido totalmente e os gastos não sejam
perdidos de vista.
Já que despesas como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar
são inadiáveis, é indispensável que seja feita uma programação desde o primeiro
mês. Muitas vezes, simples medidas nos trazem consequências imensamente
benéficas e garantem um ano muito mais tranquilo para o bolso. Nunca é demais
dedicar alguns minutos para fazer contas e colocar “na ponta do lápis” quantos
por cento do salário serão destinados às parcelas do cartão de crédito ou aos boletos.
Desta forma, o consumidor já impõe um limite aos próximos gastos e passa a
saber o que é possível ou não de ser realizado.
Para evitar complicações financeiras, é fundamental que os
corretores menos prevenidos se programem e mantenham o foco em gastos realmente
imprescindíveis. Afinal, manter as contas em dia e o nome limpo é um fator
importantíssimo para a felicidade de qualquer um.
Dora Ramos - educadora financeira e
especialista em contabilidade e controladoria. Fundadora e diretora responsável
pela Fharos Contabilidade & Gestão Empresarial, atua no mercado
contábil-administrativo há 24 anos
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