As medidas
adotadas pelo governo fizeram os serviços que não são essenciais, fecharem as
portas. E 58% da população já está sentindo o impacto.
Desde que chegou ao Brasil, no início de fevereiro,
e segundo dados do Ministério da Saúde, o coronavírus já infectou mais de 2.900
pessoas e matou mais de 75. Sendo que esses números, infelizmente, não param de
subir. No mundo, a Organização Mundial da Saúde já registrou mais de 24 mil
mortes.
Comparado à versão anterior do estudo, feita há
quatro semanas, a parcela da população preocupada com a Covid-19 aumentou de
72% para 86% dos entrevistados, segundo estudo atual da Famivita. Inclusive, os jovens, que não
fazem parte do grupo de risco, estão preocupados com o vírus.
O estudo ainda aponta que, economicamente, o
impacto já está sendo sentido pela população. Segundo um estudo feito pelos
pesquisadores Débora Freire, Edson Domingues e Aline Magalhães, da UFMG; entre
os brasileiros, a camada de menor renda deve ser a mais afetada. Portanto,
nosso estudo identificou que, 4 em cada 7 entrevistados já estão sentindo os
impactos financeiros negativos; e percebe-se um aumento do percentual em
famílias que têm filhos. O Acre está no topo da lista dos estados com
consequências econômicas negativas trazidas com o vírus; com 64% da população.
Em São Paulo e Rio de Janeiro, 56% dos participantes também já estão sofrendo
com os impactos financeiros negativos.
Além disso, 5 em cada 8 participantes acham que as
medidas adotadas pelo governo não são suficientes para conter a pandemia. Em
São Paulo, estado com o maior número de mortes, 62% da população está
insatisfeita com as medidas. Já no Rio de Janeiro, segundo estado com mais
mortes, somente 34% das pessoas estão satisfeitas com o governo. O Paraná é o
estado mais descontente com as medidas adotadas, sendo que somente 22% acham
que o governo está fazendo tudo que pode.
Ainda, segundo o estudo, o estado mais preocupado
com a pandemia é o Tocantins, com 93% dos participantes. Seguido da Bahia e da
Paraíba com 91% e 90% respectivamente. Rio de Janeiro e São Paulo também estão
no topo da lista, sendo que pelo menos 87% dos entrevistados estão preocupados
com o coronavírus. Em todos os estados, o número de pessoas preocupadas é alto,
e não chega a ser menor que 79%.
A preocupação é natural, por isso, é importante
notar que, conforme dados do Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China
(CCDC), mais de 80% dos casos analisados são brandos. Os grupos de riscos
envolvem, pessoas com doenças pré-existentes e as mais velhas. Por isso, ficar
em casa é tão importante! Para que o coronavírus não se espalhe para as pessoas
que estão nos grupos de risco.
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