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sexta-feira, 27 de março de 2020

Doenças vasculares de risco podem ser acompanhadas remotamente pelo especialista durante a quarentena


Atendimentos a distância tornam-se uma alternativa às idas ao consultório


Com a pandemia de Covid-19, consultas, procedimentos, exames e até mesmo cirurgias eletivas estão sendo suspensas. Essa medida tem como objetivo diminuir a contaminação voluntária no Brasil. Mas, doenças vasculares como aneurisma de aorta, trombose venosa profunda, isquemia dos membros inferiores e pé diabético precisam ser acompanhadas pelo cirurgião vascular ou um angiologista, mesmo que a distância.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma portaria que regulamenta a Telemedicina no Brasil, em caráter excepcional, durante o surto de coronavírus. Isso significa que, diante de uma situação emergencial, especialistas poderão atender pacientes por meio de recursos audiovisuais, como videoconferências e ligações telefônicas, desde que haja uma solicitação formal do médico responsável.
Essa medida leva em conta apenas casos de urgência. Entretanto, médicos da especialidade Vascular podem disponibilizar meios de atendimento remoto, para pacientes com doenças que precisem de um acompanhamento constante. Esse tipo de consulta deve ser realizado apenas com a finalidade de esclarecer dúvidas e não descartam a consulta presencial.

O angiologista e secretário-geral da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Dr. Francesco Evangelista Botelho, diz que “o atendimento não pode ter diagnóstico ou prescrição. Eu aconselho o médico a deixar o telefone disponível, para que os pacientes tenham como apresentar aquilo que os deixam preocupados naquele momento”. O especialista ainda afirma que se o vascular perceber que precisa ter contato com o paciente para uma avaliação mais detalhada, ele deve orientar o agendamento de uma consulta.

O cirurgião vascular e presidente da SBACV, Dr. Bruno Naves, acredita que as ferramentas de comunicação, precisam ser usadas de forma consciente.  “Muitos de nossos pacientes têm doenças de evolução lenta e progressiva com acompanhamento regular. Esses casos, na maioria, são pacientes mais idosos e que devem manter o isolamento social. Casos em que houve um agravamento da situação com aparecimento de novos sintomas devem ser comunicados ao médico assistente que, se julgar necessário, fará uma consulta presencial cercado de todos os cuidados recomendados”, afirma o especialista. 

Ele ainda alerta que a medicina deve ser praticada de forma individualizada em cada um dos pacientes. “Nesse momento, o bom senso será muito importante. Sair de casa só em casos de urgência”.






Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - SBACV


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