Companhias devem desenvolver práticas em T&D específicas para os
mais experientes, diz especialista
Estudar,
ter um plano de carreira, construir uma família, se aposentar e ter uma boa
qualidade de vida depois dos anos trabalhados são um dos objetivos de vida mais
comuns entre os brasileiros. Porém essas perspectivas tradicionais podem ser
alteradas quando há a necessidade ou vontade de permanecer no mercado de
trabalho, ainda mais quando se leva em consideração a projeção do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em que, até 2060, serão cerca de
58,2 milhões de idosos no país, número muito maior se comparando com 2018, que
não passou de 19,2 milhões.
A
faixa etária mais experiente, com 65 em diante, está mais ativa no mercado de
trabalho, como mostram os dados mais recentes da Relação Anual de Informações
Sociais (Rais). De acordo com o levantamento, em 2017 eram 649.417 mil
trabalhadores ativos nesse grupo de idade, já em 2018, o número subiu para
690.657 mil. Comparando os dois anos, a diferença chega a ser de 40 mil
ocupados formais no país.
A
diretora de recursos humanos da RB, empresa de benefícios, Cineide Jorge,
explica que o departamento de RH deve estar preparado para receber esses
profissionais. “A companhia tem que ter capacidade para treinar e desenvolver
esses colaboradores mais experientes, já que, atualmente, cada vez mais, há no
mesmo setor diferentes experiências e gerações. As múltiplas experiências
complementam o serviço um do outro. Cabe à gestão de RH da organização
desenvolver bons diálogos, contribuir para a integração com a era 4.0, além de
promover o relacionamento interpessoal entre ambas faixas de idade”, declara.
De acordo com o Art. 28, da Lei Nº.
10.741, “são necessários estímulos às empresas privadas para admissão de idosos
ao trabalho”. Segundo a especialista, o melhor entusiasmo vem de um treinamento
diferenciado para o colaborador mais experiente. “É indispensável, desde o
processo de recrutamento, que a empresa crie um método especial para esses
profissionais. Vale ponderar que os mais experientes não possuem algumas
habilidades como as de gerações mais novas.
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