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terça-feira, 26 de março de 2019

SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS


 ACOMETE 12% DAS MULHERES EM IDADE REPRODUTIVA


Distúrbio hormonal comum em idade reprodutiva, a síndrome dos ovários policísticos se caracteriza pela ausência de ovulação (não liberação do óvulo na época correta, desde a primeira menstruação), podendo o aumento do tamanho dos ovários provocar múltiplos cistos.

Segundo o ginecologista Alexandre Zabeu Rossi, o diagnóstico e o tratamento precoces desse quadro podem reduzir o risco de complicações de longo prazo, como diabetes do tipo 2 e  doenças cardíacas.

Os sintomas, por sua vez, vão desde a irregularidade na menstruação, com o alongamento do ciclo menstrual, aumento de hormônios masculinos (hiperandrogenismo), até a infertilidade causada pelo distúrbio.

Em alguns casos, o problema tem histórico familiar. Pode ser agravado pelo ganho de peso combinado ao aumento de resistência à insulina. O câncer de endométrio também registra maior incidência, diante dos distúrbios menstruais.

“O tratamento consiste na melhora do padrão menstrual, podendo ser usados anticoncepcionais, se não houver desejo reprodutivo, ou então indutores de ovulação, do contrário”, explica o doutor Rossi.

Em geral, a confirmação do diagnóstico é feita via exames laboratoriais, como dosagem de LH e FSH - hormônios produzidos na hipófise, que estimulam os ovários-, além do ultrassom, que pode revelar a presença de microcistos.

É igualmente comum que algumas pacientes apresentem aumento de hormônios masculinos, relacionados a esta síndrome, com elevada dosagem, por exemplo, de testosterona.
Para as mulheres com síndrome dos ovários policísticos que querem engravidar, Zabeu Rossi lembra a possibilidade de se induzir a ovulação com medicamentos específicos e, dessa forma, permitir uma gestação normal.

Já àquelas que têm distúrbio menstrual e só querem regular o fluxo, são ministrados medicamentos como a progesterona, que é um hormônio produzido na segunda fase do ciclo menstrual, além do anticoncepcional, que pode ter impacto positivo nesse tratamento.





Alexandre Zabeu Rossi  Especialista em Ginecologia e Obstetrícia; Mestre em Ginecologia pela Universidade  Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM), Doutor em Ginecologia pela UNIFESP-EPM e Diretor da Clínica Rossi.

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