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sábado, 30 de março de 2019

Tecnologia na terceira idade pode auxiliar na promoção da saúde


Neurologista do Hospital Villa-Lobos afirma que videogame e jogos cognitivos podem ajudar no treinamento motor e cognitivo de pacientes


O uso da tecnologia, na forma de jogos de videogame e jogos cognitivos, pode auxiliar no treinamento motor e cognitivo de pacientes com doença de Parkinson, Alzheimer, AVC's com sintomas de perda de sensibilidade e alteração de motricidade, dificuldades de marcha e equilíbrio. “Além disso, permite a leitura de livros, websites, aprendizado mais dinâmico de línguas, treinamento físico, o que pode ser útil na prevenção e no tratamento de doenças neurodegenerativas por meio da estimulação de áreas motoras e cognitivas do córtex cerebral, de vias neurológicas que envolvem o cerebelo, e os núcleos da base do cérebro”, afirma Dr. Flavio Augusto Sekeff Sallem, neurologista do Hospital Villa-Lobos.

De acordo com o neurologista, os aparelhos e programas que visam somente os estímulos cognitivos, como jogos eletrônicos, jogos virtuais de palavras, óculos de realidade aumentada e realidade virtual, ativam o lobo frontal do cérebro, que é responsável pela atenção; mudança de foco de atenção; memória operacional, planejamento e abstração; as áreas de linguagem - tanto a produção da linguagem localizada no lobo frontal esquerdo, como a compreensão da linguagem falada e escrita, localizada no lobo temporal esquerdo. “Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, que conhecem como funciona a reabilitação motora e cognitiva, podem orientar sobre posturas adequadas e métodos corretos de uso das tecnologias. Esses profissionais avaliam a evolução do paciente e auxiliam o médico na escolha das melhores terapias.”

“Os lobos parietais, posicionados ao lado de cada têmpora (acima das orelhas), são responsáveis pela orientação espacial quando do lado direito; e linguagem, quando do lado esquerdo. Além disso, auxiliam na localização do estímulo; cálculo aproximado do estímulo no espaço digital (no caso de jogos e uso de artifícios tecnológicos); e localização do corpo no espaço em casos de estímulos motores”, detalha Sallem.

Já os lobos occipitais, localizados na parte inferior do cérebro, "veem" um estímulo, calculando altura, profundidade, movimento, cor e outras características dos objetos a serem desenvolvidos nos estímulos cognitivos e motores. “Os núcleos profundos do cérebro, o cerebelo e as áreas motoras no lobo frontal e sensitivas no lobo parietal bilateralmente também são ativados, tanto em processos cognitivos como motores. O cerebelo e núcleos (como o caudato e o globo pálido) auxiliam muito no aprendizado e abstração de qualquer informação. Ou seja, todas as conexões entre os vários lobos e áreas cerebrais são ativadas em cada processo”, diz o neurologista.

O especialista ainda complementa que a tecnologia pode promover um estilo de vida diferente também na forma da medicina ser aplicada e na relação médico-paciente, como:

  • Utilização de novas ferramentas mecânicas e digitais que permitem a mensuração mais rápida e precisa de medição de parâmetros clínicos, como glicemia, pressão arterial, frequência cardíaca e outros marcadores sanguíneos de saúde;
  • Uso de ferramentas tecnológicas para lembrar o paciente de fazer uso da medicação, além de auxiliar na marcação de consultas médicas, entre outros pontos;
  • Permitir o contato direto e mais frequente com o médico por meio de programas de computador e aplicativos de celular;
  • Uso do sistema de telemedicina, interligando computadores e câmeras de alta tecnologia, o que agiliza o atendimento hospitalar e serviços de excelência a locais mais remotos ou sem a mesma disposição de especialistas;
  • Promoção de mais informações direcionadas ao público leigo por meio de sites, blogs e vídeos; entre outros benefícios.


Hospital Villa-Lobos
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