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sexta-feira, 8 de março de 2019

Lesões no assoalho pélvico prejudicam a saúde da mulher



Com sintomas como perda involuntária de urina e até disfunções sexuais, essas lesões, embora pouco conhecidas, prejudicam a qualidade de vida de muitas mulheres


Você já ouviu falar em assoalho pélvico? Composto por músculos e tecidos nervosos, é ele o responsável por trabalhar incansavelmente para evitar aqueles "acidentes" quando não há nenhum banheiro por perto e, ainda, por assegurar uma função sexual adequada. Porém, essa região pode sofrer disfunções que são silenciosas, mas ao mesmo tempo sérias e que prejudicam a qualidade de vida das mulheres.

Embora desconhecido para muitos, o assoalho pélvico não tem esse nome à toa. Ele é, literalmente, o "chão da bacia" e sustenta, com toda a sua extensão muscular, alguns órgãos como o útero, a bexiga e a vagina. Basicamente, sua função é permitir o armazenamento e eliminação de fezes e urina, a prevenção de prolapsos – deslocamento dos órgãos – e até garantir o prazer sexual. E, como qualquer outro músculo do corpo, pode sofrer lesões graves.

"As pacientes com lesões no assoalho pélvico podem sofrer perda involuntária da urina ou fezes durante algum esforço realizado no dia a dia. Além de disfunções sexuais e de sentir a 'saída' desses órgãos pela vagina, que normalmente é relatado como a 'saída de uma bola'. Essas disfunções prejudicam consideravelmente a qualidade de vida das mulheres", explica a Dra. Virginia Roncatti, uroginecologista do Hospital São Luiz Itaim. As causas podem ser variadas, mas entre as mais importantes estão o parto normal, a gestação, o envelhecimento e doenças musculares e neurológicas.

Segundo a Dra. Virginia, os tratamentos variam de acordo com a causa da lesão e podem ser conservadores ou, em alguns casos, até cirúrgicos. "Existem trabalhos mostrando que até 20% de todas as mulheres serão submetidas a uma correção cirúrgica para algum tipo de disfunção do assoalho pélvico durante sua vida", afirma a especialista.

No entanto, é possível prevenir o problema. Ter uma boa assistência no parto, evitar aumento da pressão intra-abdominal - como tosse crônica ou obesidade – evitar atividades pesadas e até o cigarro, por exemplo, são algumas precauções a serem tomadas. Além disso, também é possível exercitar os músculos da região pélvica com fisioterapia. Feita por profissionais especializados, a fisioterapia pélvica possui um papel fundamental no tratamento de algumas destas patologias e varia de técnica de acordo com cada lesão.

Para contribuir com a prevenção e tratamento das disfunções do assoalho pélvico, também existem, ao redor do mundo, entidades internacionais voltadas exclusivamente para o problema. A IUGA (Sociedade Internacional de Uroginecologia), a ALAPP (Associação Latino Americana de Piso Pélvico) e a brasileira Uroginap (Associação Brasileira de Assoalho Pélvico) atuam na conscientização sobre esta parte tão importante do corpo feminino, promovendo ações na sociedade para o conhecimento dessas patologias ainda pouco divulgadas.




Rede D'Or São Luiz

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