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segunda-feira, 25 de março de 2019

Conheça a Síndrome de Procusto e saiba como identificá-la


Especialista em Inteligência Emocional, Rodrigo Fonseca, explica a importância de gerir as emoções para evitar comportamentos depreciativos


No ambiente corporativo, na faculdade, na vida social e até em casa é comum que algumas pessoas se sintam ameaçadas por outras mais capacitadas. A síndrome de Procusto faz referência às pessoas que não hesitam em discriminar e até mesmo em perseguir quem possui mais talentos e habilidades que elas. São pessoas com a autoestima frágil, e que estão presentes em muitos ambientes do nosso cotidiano.

Segundo o especialista em Inteligência Emocional, Rodrigo Fonseca, fundador da SBIE (Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional), para evitar que se sintam inferiores, quem sofre com a síndrome acaba tendo comportamentos depreciativos, que visam desqualificar, humilhar e menosprezar outras pessoas. “Quem sofre com essa síndrome vive em meio a uma contínua frustração e conta com uma pequena sensação de controle das situações. Por trás das suas palavras se evidenciam um verdadeiro egocentrismo e um pensamento inflexível e extremamente hostil. São perfis de autoestima extremamente frágil. Não possuem o menor controle sob suas emoções. Tomam como ofensa as capacidades e acertos dos outros, tem um medo exacerbado das mudanças e possuem uma postura irracional”, explica.


A origem do nome

Originado na mitologia grega, Procusto era um gigante que trabalhava em uma estalagem nas altas colinas de Ática, onde oferecia hospedagem para os viajantes. Tinha uma cama de ferro, na qual convidava seus hóspedes a se deitarem. À noite, enquanto dormiam, ele aproveitava para amordaçar e amarrar suas vítimas. Se a pessoa fosse mais alta e seus pés, mãos ou cabeça não coubessem exatamente nas dimensões da cama, Procusto os cortava. No contrário, se a pessoa fosse menor, ele quebrava seus ossos para ajustar as medidas. Nunca nenhum viajante se adaptava a cama, porque, secretamente, Procusto possuía duas versões de tamanhos diferentes, e armava para que seu hóspede nunca coubesse no leito. O gigante manteve este terror por muito tempo até ser capturado por Teseu, que o condenou ao mesmo terror que ele desferia aos seus convidados – prendeu-o à sua própria cama e cortou-lhe a cabeça e os pés.

O mito do leito de Procusto é muitas vezes utilizado como uma metáfora para situações em que se pretende impor um determinado padrão ou querer a todo o custo obrigar que algo encaixe numa matriz pré-estabelecida ou pré-determinada, e, por isso, representa a intolerância humana.

Rodrigo Fonseca conta quais são os sinais da Síndrome de Procusto:


- Não comemorar o sucesso e as conquistas dos colegas

A insegurança e o medo de ser superado pelos outros são fatores que contribuem para estimular essa síndrome. Ao perceber alguma vitória que não a sua, a pessoa se sente extremamente ameaçada e não consegue comemorar algo que não seja feito por ela. Esse tipo de atitude impede o crescimento da carreira do próprio indivíduo e um maior aproveitamento do sucesso dos colegas.


- Aversão a desafios

Um ambiente desafiador pode evidenciar quem sofre com esse mal. Por medo de serem superadas por outros colegas, pessoas que sofrem com a síndrome não gostam de se expor a certas situações que possam revelar suas fraquezas ou inferioridades.


- Boicotamento de ideias e desmotivação dos outros

O conflito de ideias é algo saudável, pois gera crescimento e inovação de pensamentos. Porém, é imprescindível que esses conflitos sejam feitos com uma intenção construtiva e de colaboração. Uma pessoa que sofre com essa síndrome boicota ideias e desmotiva os outros com a intenção de diminuí-los. Como consequência, quando um profissional desmotiva os outros por questão de insegurança pessoal, ele acaba prejudicando a equipe como um todo.


- Age de maneira ríspida frente às opiniões alheias

Por se sentirem ameaçadas, pessoas com a síndrome de Procusto não aceitam as opiniões alheias. Além disso, por causa dessa insegurança que sentem, buscam fazer as ideias de outros parecerem absurdas.

O desenvolver da Inteligência Emocional é uma ótima solução para se livrar das amarras da inveja e do sentimento de ameaça quando em frente a alguém mais capacitado.






Rodrigo Fonseca - Presidente da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (SBIE) e da Associação Brasileira de Inteligência Emocional (ASbie). Doutorando pela Florida Christian University (FCU) em Neuromarketing, Comunicador Social formado pela Universidade de São Paulo (USP) e membro da International Society for Emotional Intelligence. Idealizador da trilogia Lotus Inteligência Emocional e da primeira formação em Inteligência Emocional do Brasil, fundamentada nos seus mais de 21 anos de experiência no assunto. Criador do Projeto ‘Sbie nas Escolas’ e do maior evento de Inteligência Emocional da América Latina: Conexão - Conectando Pessoas. É autor dos Best Sellers ‘Emoções – A Inteligência Emocional na Prática’ e ‘21 Chaves para a Realização Pessoal’. Apresentador dos Realities Shows “A FORÇA” e “A Grande Virada”. Considerado o maior Influencer Digital em Inteligência Emocional e responsável pelo Canal do YouTube com o maior conteúdo neste tema.

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