O anúncio feito nesta segunda-feira, 12 de março, pelo Ministro
da Saúde, Ricardo Barros, amplia para 29 o número de PICS no Sistema Único de
Saúde
A Ozonioterapia é uma técnica que utiliza a mistura de gases medicinais, oxigênio
e ozônio, com o objetivo de tratar doenças graves como câncer, dores e
inflamações crônicas (hérnia de disco), infecções variadas (hepatites e
herpes), além de feridas, queimaduras e problemas vasculares em que haja
redução do fluxo sanguíneo.
A terapia com o “Ozônio Medicinal” é natural, tem poucas
contraindicações e efeitos secundários mínimos, se realizada
corretamente. O procedimento é simples, seguro e de baixo custo o que é
uma vantagem quando aplicado na rede pública de saúde por causa da redução
drástica nos gastos com medicamentos. A ABOZ, Associação Brasileira de Ozonioterapia, luta
desde 2006 para que o procedimento seja implantado no SUS e enumera as
possibilidades e ganhos para os pacientes com a implantação da técnica:
1. Diminuição
do tempo de recuperação dos pacientes afetados por doenças em que a
Ozonioterapia é eficaz;
2.
Diminuição da morbidade de diversas doenças, com ganho na qualidade de vida
-redução de até 80% da taxa de amputação de membros de pacientes com gangrena
diabética (Calderon, Universidade Haifa - Israel), com consequente resultado na
manutenção da autoestima destes pacientes e melhora da qualidade de vida e da
aptidão ao trabalho, reduzindo as taxas de invalidez e aposentadoria;
3. Redução
do custo do tratamento de várias doenças crônicas - redução de até 90% dos
custos no tratamento de feridas crônicas em membros inferiores e gangrenas
diabéticas (Menendez, Centro de Investigaciones Del Ozono - Cuba), em função da
velocidade de cicatrização mais rápida e consequente diminuição do tempo de
internação;
4. Diminuição
na compra de medicamentos de alto custo, por aumentar a eficácia dos mesmos –
estimativa de redução em até 30% do Custo do SUS pela introdução do uso do ozônio
medicinal em outras patologias previstas em protocolos com experiência
internacional (hepatites crônicas e hérnias de disco, por exemplo);
5. Diminuição
no número de procedimentos de alta complexidade associados ao uso de
equipamentos cirúrgicos de alta tecnologia;
6. Redução
de internações recorrentes e desnecessárias, principalmente em pacientes com
feridas crônicas;
7. Redução
no número de pacientes internados devido às infecções oportunistas,
hospitalares e dos efeitos colaterais;
8.
Diminuição nos deslocamentos domiciliares;
9.
Reabilitação precoce do indivíduo, que pode retornar às suas atividades
laborais e demais atividades da vida diária com menor custo sócio familiar, em
especial os pacientes afetados por dores crônicas;
10.
Diminuição dos efeitos colaterais associados à quimioterapia e radioterapia.
Como funciona
A aplicação do ozônio medicinal pode ser feita por meio do gás
retido dentro de bolsas plásticas para tratamento de feridas; com água ou óleo ozonizado
para facilitar a cicatrização; injetado na forma de gás por via subcutânea,
intra-articular e nas cavidades naturais (reto, bexiga, vagina) e até mesmo
misturado aos líquidos biológicos, com o objetivo de melhorar a oxigenação e a
função do sistema imunológico.
“Mais recentemente, vem surgindo novas aplicações da Ozonioterapia e seu
uso está sendo ampliado para o tratamento de autismo, derrames cerebrais
isquêmicos, esclerose múltipla e como terapia de suporte no tratamento de
tumores malignos”, acrescenta a presidente da ABOZ, Dra. Maria Emília Gadelha
Serra, uma das maiores especialistas brasileiras no assunto.
A História da Ozonioterapia
A Ozonioterapia é utilizada na Alemanha desde a 1ª Guerra Mundial, país onde os seguros
de saúde remuneram os procedimentos desde a década de 1980. Hoje, a Ozonioterapia é
amplamente utilizada em várias partes do mundo: África (Egito, África do Sul),
Ásia (Rússia, Dubai, China, Índia e Japão), Américas do Sul (Equador,
Argentina, Bolívia, Peru, Colômbia) e Central (Honduras, República Dominicana)
e em 32 estados dos Estados Unidos da América. Cuba, por exemplo, conta com 39
centros clínicos de Ozonioterapia dentro de seus maiores hospitais, incorporando a terapia nas suas
rotinas de atendimento desde 1980. Na China, que passou a utilizar a técnica
nos últimos 17 anos, centenas de hospitais já possuem unidades de Ozonioterapia e a
produção de pesquisa básica e clínica cresce exponencialmente.
“Nos países em que o uso medicinal do ozônio é reconhecido, houve
redução de 27% no consumo total de antibióticos e de 22% no consumo de
analgésicos opioides e não opioides”, explica a médica.
A Ozonioterapia no Brasil
No Brasil, o Conselho Federal de Medicina ainda considera a Ozonioterapia um procedimento experimental, mas a técnica é reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia através da Resolução CFO Nº 166 de 24/11/2015 e utilizada em todas as áreas da Odontologia, principalmente na Odontologia Preventiva, no tratamento de cáries e canal, assim como em todos os atos cirúrgicos periodontais, extrações, implantes e necroses ósseas, dentre outros procedimentos. O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) emitiu em 2015 um parecer favorável à utilização da água ozonizada como recurso terapêutico para o tratamento de feridas pelos profissionais de Enfermagem.
ABOZ
A Aboz (Associação Brasileira de Ozonioterapia)
trabalha para que a prática da Ozonioterapia no Brasil possa ser realizada de maneira legal, consciente, responsável
e ética.
Fundada em 2006, durante o primeiro congresso internacional de Ozonioterapia no
Brasil em Belo Horizonte, A Aboz promove o ensino e a pesquisa em ozonioterapia, realiza
campanhas educativas sobre o tema, promove cursos de aperfeiçoamento e
especialização, reuniões, congressos, estágios no país e no exterior, entre
diversas atividades relacionadas à ozonioterapia.
Uma das prioridades da ABOZ é garantir informação e formação de
qualidade relacionada à Ozonioterapia, devidamente embasada na experiência internacional e também
nacional. www.aboz.org.br
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