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segunda-feira, 21 de maio de 2018

Pesquisa divulga ranking de estágios mais bem pagos no país


No geral, as remunerações ficaram acima da inflação e apresentaram um crescimento de 3,8% em relação ao último levantamento

A escolha de uma profissão requer um estudo aprofundado de vários pontos, como vocação, mercado de trabalho, instituições de ensino e campos de atuação. Certamente, a remuneração também passa pelo crivo dos estudantes e, para muitos, se torna fator fundamental em sua decisão. A fim de auxiliar nesse processo, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios realizou a ‘Pesquisa Nacional de Bolsa-Auxílio 2017’, com dados atualizados sobre o segmento de estágio. O resultado revelou uma boa notícia, a média geral paga aos profissionais dessa modalidade é de R$ 1.002,79, ou seja, 3,8% maior em relação a 2016, quando era de R$ 965,63 e também acima da inflação oficial, de 2,8% no mesmo período.

O levantamento ocorreu entre 10 de outubro e 15 de dezembro de 2017, com 25.434 estagiários de todo o país. Separando por gênero, os homens recebem R$ 1.057,65 e as mulheres R$ 961,10. “Porém, não se engane! Essa diferença somente ocorre porque os rapazes, em sua maioria, optam por carreiras da área de exatas, como Engenharia e Economia, ou seja, com as melhores remunerações. Já boa parte das moças migram para os segmentos de humanas. Todavia, ao olharmos para um curso específico, não há diferenças entre os pagamentos”, afirma o presidente do Nube, Carlos Henrique Mencaci.

Por nível, quem está no superior recebe em média R$ 1.125,69, uma ascensão de 3,8% em relação ao ano passado. Já para os tecnólogos, ocorreu uma melhora de 1,3% nos pagamentos, resultando em R$ 1.011,64. O nível técnico também saiu ganhando, com uma elevação de 0,74% e, assim, agora o valor médio chega a R$ 768,27. Já para quem está no ensino médio, a quantia é de R$ 620,45, um crescimento de 2,26%.

Listamos abaixo, o ranking com os dez cursos mais bem pagos:


Superior: R$ 1.125,69

 Agronomia     R$ 2.076,24  
 Ciências Atuariais    R$ 1.645,00  
 Economia     R$ 1.601,16
 Ciência e Tecnologia    R$ 1.457,81  
 Química     R$ 1.371,46
 Engenharia     R$ 1.355,93
 Relações Internacionais   R$ 1.340,64
 Marketing     R$ 1.258,63
 Farmácia e Bioquímica   R$ 1.257,85
10ª  Sistemas de Informação   R$ 1.229,39  


Superior Tecnólogo: R$ 1.011,64

 Tecnol. Banco de Dados   R$ 1.284,29  
 Tecnol. Análise e Desenv. Sistemas  R$ 1.184,33  
 Tecnol. Secretariado     R$ 1.114,78
 Tencol. Processos Gerenciais    R$ 1.106,55
 Tecnol. Redes de Computadores    R$ 1.070,66  
 Tencol. Comércio Exterior    R$ 1.065,68
 Tecnol. Jogos Digitais   R$ 1.054,40  
 Tecnol. Informação      R$ 1.027,58
 Tecnol. Produção Audiovisual  R$ 1.015,68  
10ª  Tecnol. Marketing     R$ 1.007,20


Médio Técnico: R$ 768,27  

 Técnico em Química    R$ 929,33  
 Técnico em Segurança do Trabalho  R$ 913,55  
 Técnico em Automação    R$ 862,73  
 Técnico em Eletroeletrônica     R$ 854,26  
 Técnico em Mecânica   R$ 853,03  
 Técnico em Eletrônica    R$ 816,98  
 Técnico em Contabilidade   R$ 781,96  
 Técnico em Logística    R$ 775,55
 Técnico em Mecatrônica   R$ 772,34  
10ª  Técnico em Marketing   R$ 753,56


Ensino Médio: R$ 620,45

De acordo com Mencaci, Agronomia se mantém no topo da lista pelo 4º ano consecutivo. “Quando olhamos o cenário atual do país, entendemos a razão. A agricultura e o agronegócio representaram em 2017, 23,5% do nosso PIB e a criação de empregos nesses setores foi a mais alta em cinco anos, conforme aponta estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)”, explica. Além de ocorrer uma migração natural do meio rural para a cidade, também há pouca mão de obra especializada e o pagamento tende a aumentar para atrair talentos.

Outro dado curioso sobre a pesquisa é o fato de, desde seu início, em 2008, Economia, Química e Engenharia nunca terem saído do ranking dos mais bem pagos no nível superior. “São campos muito amplos de atuação e já bem estruturados na sociedade, podendo-se atuar desde a indústria, até a educação. Ainda assim, faltam profissionais bem qualificados, fator decisivo para as empresas manterem uma bolsa-auxílio alta, com o intuito de trazer os melhores para suas equipes”, enfatiza o presidente.

Para quem ainda não decidiu sobre qual caminho seguir, vale a pena ir em busca de informações, fazer testes vocacionais e pensar com responsabilidade. A dica do Nube é nunca eleger uma carreira apenas pelo futuro salário. “Passamos a maior parte do tempo nas organizações, portanto, ninguém conseguirá se manter firme se não tiver um pouco de afinidade com as funções rotineiras”, afirma. Ao iniciar um ensino, é fundamental procurar logo nos primeiros semestres por um estágio.

“Essa será a melhor forma de testar se o rumo é o mais adequado ao perfil desse jovem. Além, é claro, de ser a maior porta de inserção no mercado de trabalho”, finaliza.



Fonte: Carlos Henrique Mencaci, presidente do Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios


Reflexo da crise: Candidatos a estágio ainda enfrentam dificuldades para conseguir se especializar



Universitário segue adiando investimento em educação devido a dificuldades econômicas.


Historicamente, um fenômeno costuma acompanhar tempos de crise: diante do desemprego, mais pessoas procuram por cursos e especializações. Isso porque contar com um diferencial no currículo pode ser determinante para driblar a alta concorrência. No entanto, um público em especial tem enfrentado maior dificuldade na hora de investir na carreira: os jovens entre 18 e 24 anos – é o que revela um estudo feito entre indivíduos dessa faixa etária. Segundo dados da Companhia de Estágios – consultoria e assessoria especializada em programas de estágio e trainee – 27% dos estudantes que ainda buscam uma oportunidade de trabalho adiaram, no último ano, planos de investir no currículo. O mais preocupante é que esse público é, justamente, o mais afetado pelo corte de vagas do mercado – de acordo com números recentes do IBGE, a taxa de desemprego nessa faixa etária supera os 25%, mais que o dobro da média nacional. No entanto, nem mesmo os índices desfavoráveis parecem abalar o otimismo desses jovens, que seguem confiando numa melhora de panorama.

Currículo desatualizado

Em seu levantamento, a recrutadora ouviu 5410 estudantes de todas as regiões do país, a grande maioria universitários. Dessa parcela, 58% ainda estão fora do mercado de trabalho e buscam, especificamente, uma vaga de estágio. Segundo a pesquisa, 27% desses jovens não conseguiram, em 2017, fazer qualquer tipo de investimento na carreira devido à crise. E, pelo mesmo motivo, 43% adiaram os planos de fazer um curso de idiomas ou uma especialização. De acordo com o histórico da pesquisa, 30,5% dos entrevistados já apontavam a mesma dificuldade em 2016, ou seja, praticamente um terço dos candidatos a estágio está “estagnado”, sem conseguir investir na carreira, há pelo menos dois anos.

Para Tiago Mavichian, diretor da Companhia de Estágios, o fenômeno é um sinal de alerta, pois a concorrência também está alta no mercado de estágios “De acordo com a nossa pesquisa, os jovens estão priorizando a busca pelo estágio: identificamos que eles se candidataram mais para esse tipo de vaga do que para postos celetistas nos últimos dois anos. Para se ter uma ideia, nesse mesmo período, o número de inscritos nos processos seletivos subiu 15% e, com esse aumento na oferta de candidatos, é natural que os recrutadores fiquem mais criteriosos na análise do currículo. Por isso, é fundamental que o estudante busque alternativas para se manter competitivo”.

Impacto no orçamento familiar

O problema pode ser explicado por outro efeito colateral da crise: a queda na renda dos brasileiros. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada em abril pelo IBGE, o rendimento proveniente exclusivamente do trabalho encolheu, em média, R$ 12/mês entre 2016 e 2017. Para a parcela mais pobre da população, as perdas subtraíram até R$ 47 do ordenado mensal. Considerando que, de acordo com a pesquisa da Companhia de Estágios, 46% dos candidatos à estágio não participam do orçamento familiar e 28% têm os gastos com educação custeados por familiares, é possível compreender porque muitos não conseguiram investir em cursos extracurriculares nos últimos anos.


Otimismo e atitude

Para 60% desses jovens, a falta de oportunidades é o pior reflexo da crise, bem como a maior competitividade entre os candidatos a vagas de estágio (19%).      Em vista disso, esses estudantes afirmam que adquirir experiência profissional e finalizar os estudos são suas maiores preocupações no momento. Agora, se a crise trouxe diversos desafios, ao menos não afetou o otimismo desse grupo: 91% deles se dizem esperançosos e acreditam numa melhora do mercado de trabalho.

Segundo Rafael Pinheiro, gerente de recursos humanos, por mais que a confiança seja importante para o jovem que concorre a uma vaga de estágio, é essencial que ele não se acomode em relação ao mercado de trabalho “Nos dois últimos anos, o otimismo do jovem aumentou, mas o número de estudantes que investiram em qualificação não. Isso pode significar que, embora eles considerem a melhora do currículo como uma preocupação imediata, ainda estão aguardando uma “sinalização” do mercado, seja em relação à exigência dos recrutadores ou em relação ao momento mais oportuno para investir em qualificação. A realidade é que os processos seletivos, especialmente para vagas de estágio, tendem a ficar cada vez mais disputados, e como a principal ferramenta do jovem é seu currículo, uma vez que muitos deles não tem experiencia profissional, é fundamental que ele se atualize e faça o possível para ampliar suas habilidades”.

Alternativas para incrementar o currículo

Se o ideal é não adiar, o que fazer para incrementar o currículo sem comprometer o orçamento? De acordo com Tiago Mavichian, apostar em qualificação não significa, necessariamente, uma despesa a mais “Existem muitas instituições renomadas que oferecem oficinas e cursos totalmente gratuitos, especialmente no período de férias, assim como universidades públicas. A internet também é uma ótima ferramenta, o EAD (ensino a distância) tem crescido significativamente no Brasil e isso ajuda a derrubar o preço dos cursos.  Outra saída interessante, porém, pouco explorada pelos jovens para valorizar o currículo é o trabalho voluntário: nosso levantamento apontou que apenas 9% dos estudantes participaram de ações do tipo no último ano. No entanto, atualmente, cada vez mais empresas estão vendo essa experiência como um diferencial, isso porque muitas delas estão engajadas com causas sociais. Sendo assim, o trabalho voluntário pode contar muitos pontos na hora da seleção, além de, indiscutivelmente, ajudar no desenvolvimento das habilidades do participante” – finaliza.





Fonte: Companhia de Estágios | PPM Human Resources




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