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quarta-feira, 9 de maio de 2018

Distúrbios alimentares na gravidez: sinais, riscos e tratamento


Manter uma alimentação saudável e balanceada durante a gestação é fundamental para o desenvolvimento do feto, entretanto, o número de casos de grávidas com transtornos alimentares é muito alto. Um estudo feito pela Divisão de Psicologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), aponta que tanto a anorexia como a bulimia estão entre os casos mais frequentes de disfunções alimentares. 

Segundo a ginecologista e obstetra, Dra. Erica Mantelli, alguns vestígios na gravidez podem mascarar tais distúrbios. “É importante que as gestantes, que não se alimentam adequadamente, fiquem atentas com este desequilíbrio. As consequências deste problema podem levar ao trabalho de parto prematuro, além da incidência de nascituros com baixo peso, anemia, duração curta da primeira fase do parto e morte perinatal”, adverte a médica.

A preocupação excessiva com a imagem corporal, o medo de engordar - hábito de contar calorias dos alimentos-, além de atividades físicas em excesso, são alguns dos sinais que pode indicar que a gestante possivelmente esteja com algum distúrbio alimentar. “Quando se trata de bulimia, os sinais estão ligados às idas frequentes ao banheiro após a alimentação, compulsões alimentares em alguns períodos, dores de garganta e problemas dentários “, completa Érica.

Buscar o auxílio de profissionais capacitados como nutricionistas, psicólogos e médicos obstetras é a base para manter uma gestação saudável e livre de problemas que podem prejudicar à gestante e à criança.





Dra. Erica Mantelli -  Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Dra Erica Mantelli tem pós-graduação em Medicina Legal e Perícias Médicas e Sexologia/Sexualidade Humana pela Universidade de São Paulo (USP). É formada também em Programação Neurolinguística, por Mateusz Grzesiak (Elsever Institute).


Número de mães que deixam o mercado de trabalho é quatro vezes maior que o de pais, aponta Catho


Segundo o estudo, apenas 8% das mães entrevistadas conseguiram voltar a trabalhar em menos de seis meses e 31% levaram mais de três anos ou não retornaram


Conciliar vida pessoal com vida profissional é uma tarefa que exige sacrifícios de qualquer um, mas quando se trata de mulheres que se tornaram mães, o esforço é ainda maior. É o que comprova uma pesquisa da Catho: 30% das mães já abriram mão do emprego após a chegada dos filhos, enquanto entre os pais o número é de apenas 7%.


Pais
Mães
Sim
7%
30%
Não
93%
70%
* Profissionais que já deixaram o mercado de trabalho para cuidar dos filhos (excluindo licença maternidade)

A hora de retornar ao mercado também é mais difícil para as mães. Daquelas que deixaram o mercado por conta dos filhos, apenas 8% conseguiram voltar ao mercado em menos de seis meses, enquanto entre os homens o índice é de 33%. Quando somadas, as mulheres que demoraram mais de três anos para se recolocar e as que ainda não conseguiram retornar, o número chega a 31%. Entre os homens o índice é de 19%.


Pais
Mães
Menos de 6 meses
33%
8%
6 a 12 meses
32%
23%
1 a 2 anos
10%
28%
2 a 3 anos
5%
9%
Mais de 3 anos
5%
15%
Não retornei
14%
16%
* Tempo para retorno ao mercado de trabalho

As mães também são mais pessimistas quanto ao crescimento na carreira. 

Quando questionadas, 60% delas avaliam suas perspectivas como ruins ou péssimas, contra 47% dos homens que têm filhos.

Os dados mostram que, uma vez que se tornam mães, as dificuldades das mulheres no desenvolvimento de suas carreiras aumentam. "Isso demonstra ainda uma percepção cultural de que as mulheres se envolvem mais na criação dos filhos do que os homens, por isso as limitações para elas seriam maiores. 

Uma maneira de equilibrar essa balança é que os homens também comecem a dividir de uma maneira mais igualitária as tarefas familiares", diz Simone Damazio, Gerente de Gente e Gestão da Catho.


Pais
Mães
Péssima
16%
21%
Ruim
31%
39%
Bom
43%
33%
Ótimo
7%
5%
Excelente
4%
2%
*Como avalia as perspectivas de crescimento na empresa para os próximos anos

As empresas também podem contribuir para melhorar esse quadro. "Uma estratégia que pode beneficiar as mulheres e os empregadores, por exemplo, é apoiar a paternidade ativa, com ações como licença estendida, abono para participação em reuniões escolares e afins. Permitir que o trabalho possa ser feito de casa, por home office, com horários mais flexíveis, especialmente nos primeiros anos de vida da criança, também ajuda. Com isso as mães conseguirão ser mais eficientes na gestão do seu tempo, além de contribuir para diminuir o número de mulheres que deixam o mercado após o nascimento dos filhos, tendo mais oportunidades em suas carreiras ", diz Simone.

A pesquisa da Catho foi realizada em janeiro de 2018. Ao total foram 5.120 respondentes de todo o Brasil. Sendo 54,6% homens e 45,4% mulheres.



Qual o limite a esperar e como tirar proveito de chegar à maternidade mais velha?


Em um mundo cada vez mais competitivo e dinâmico, cada vez mais as mulheres têm adiado o sonho da maternidade por motivos bastante variados: construir uma carreira, viajar o mundo antes de ter um bebê, encontrar o parceiro ideal, se preparar financeiramente, entre tantos outros.

Se antigamente 40 anos era uma idade avançada para engravidar, cada vez mais vemos mulheres passarem dessa época e conseguirem gerar um bebê. Famosas como Carolina Ferraz, que teve nenê aos 46 anos, Solange Couto, aos 54, e atualmente Rachel Weiz, aos 48, mostram que é possível, sim, chegar à maternidade tardia com saúde, disposição e bebês saudáveis.

A ginecologista e obstetra Dra. Kelly Alessandra da Silva Tavares, da capital paulista, lembra que engravidar após os 40 anos tem riscos para a saúde materna, como diabetes e hipertensão mas com o acompanhamento pré-natal adequado, a gestação pode ser tranquila e trazer vantagem em relação às habilidades mentais. “Uma pesquisa conduzida por cientistas da universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, mostrou que o incremento hormonal da gravidez atua de forma positiva na química cerebral e tem efeito maior após os 35 anos. 

A memória verbal e a cognição saem ganhando”, destaca a Dra. Kelly.

A idade também traz mais paciência e serenidade. Com isso, pais mais velhos tendem a ser mais tranquilos em relação à criação dos filhos, têm mais conforto financeiro e estabilidade profissional, o casal está mais estruturado e o bebê vem para complementar a família, não para atrasar a realização de sonhos e expectativas.

Entretanto, as mulheres precisam estar cientes que a taxa de fertilidade tende a cair com o passar dos anos. Após os 35 anos esta queda é mais acentuada podendo dificultar uma gestação espontânea e aumentar a necessidade de tratamento para reprodução assistida. 


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