Pesquisar no Blog

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Deixou de pagar uma conta?



Saiba como não ficar com o 'nome sujo'

A Boa Vista SCPC tem vários serviços, gratuitos, que ajudam a monitorar a situação do CPF


Deixar de pagar um crediário, um financiamento, uma nota promissória, a escola do filho ou a faculdade, a conta de luz ou de água, de TV por assinatura ou do telefone. Ter um cheque devolvido por falta de fundos. Ser protestado em cartório, execução judicial e até mesmo adiar a quitação de impostos como IPTU, IPVA e multas de trânsito têm como consequência a inclusão do nome nos bancos de dados de restrição ao crédito, como o SCPC, administrado pela Boa Vista. 

A inclusão pode impossibilitar o consumidor de obter novos créditos ou financiamentos no mercado. Por isso, estar com o CPF sem restrições e com o ‘nome limpo’ é o primeiro passo para ter (ou manter) uma conta corrente, pedir um cartão de crédito, financiar a tão sonhada casa própria, e muito mais. O pedido de inclusão do CPF nos cadastros restritivos pode ser feito no dia seguinte ao vencimento da dívida, mas isso não significa que o nome será negativado imediatamente. “É concedido ao inadimplente um prazo para que ele regularize sua pendência, informado na carta de aviso de débito encaminhada ao devedor”, explica Flávio Calife, economista da Boa Vista SCPC.


Empréstimo do nome

Para não correr o risco de ter o nome inserido no SCPC, não empreste o nome, o cartão de crédito ou cheques para que terceiros façam compras ou financiamentos. O risco de inadimplência é grande e as consequências do não pagamento vão para quem emprestou e não para quem pegou o dinheiro emprestado ou fez o financiamento ou adquiriu o bem. É você que fica responsável pela dívida, seu nome é o que foi utilizado! “Esta é a quarta maior causa de inadimplência no Brasil, conforme pesquisa da Boa Vista SCPC. As três primeiras são o desemprego, a diminuição da renda e o descontrole financeiro”, aponta Calife.


Cuidando do CPF

O acompanhamento periódico de apontamentos no CPF é uma prática que deve estar presente no dia a dia de todo consumidor. Ele evita surpresas desagradáveis de negativa de crédito na hora em que se está solicitando, e também pode prevenir possíveis fraudes. Mas como fazer isto? A Boa Vista SCPC possibilita que o titular do CPF consulte o nome, de forma online e gratuitamente. Basta acessar o www.consumidorpositivo.com.br e fazer o seu cadastro. Pronto, uma vez cadastrado, você pode consultar quando e quantas vezes quiser o seu nome (utilizando seu CPF) sem sair de casa. 

Também no portal Consumidor Positivo, ainda, é possível comunicar para a Boa Vista SCPC se ocorrer perda, roubo ou furto de documentos e cheques no serviço “Informar documentos roubados”, também conhecido como “SOS Cheques e Documentos”. A informação fica no banco de dados da Boa Vista SCPC por cinco anos, e quando uma empresa consulta seu CPF recebe a informação de que você inseriu um alerta no “Informar documentos roubados”.

 É um serviço de utilidade pública e gratuito. O próprio consumidor pode fazer o pedido de exclusão a qualquer momento. Se não o fizer, a anotação no “SOS Cheques e Documentos” é expurgada do cadastro após cinco anos.




 
Boa Vista SCPC



A partir de hoje, empresa que não identificar motorista infrator pode ser multada



 Empresas que possuem veículos estão vulneráveis a receber multas por alguma violação que os motoristas venham a cometer em trânsito. Portanto, fazer a gestão dessas autuações é uma tarefa que requer atenção. A partir desta semana, o gestor terá que estar ainda mais atento e preocupado na hora de fazer o controle da frota e das multas. Isso porque, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) regulamentou a aplicação de multa à pessoa jurídica quando não houver identificação do condutor infrator. A resolução entra em vigor nesta quarta-feira (29).

Segundo o órgão, caso o motorista não seja identificado pela empresa, ele receberá, além da multa original, uma multa NIC (não indicação do condutor). Com base na nova medida, a penalidade extra poderá ser aplicada sem que haja a necessidade de expedição de nova infração ou notificação de autuação. 

No caso de o mesmo veículo ser autuado novamente no período de 12 (doze) meses, pelo mesmo motivo, a nova infração por não indicar o condutor terá seu valor multiplicado por dois, na terceira multiplicada por três e assim sucessivamente. Por exemplo:

Em um cenário hipotético em que um motorista esteja dirigindo um veículo que está registrado no nome de uma empresa exceda de 20% a 50% à velocidade máxima permitida em uma via (Infração grave - 5 pontos - R$ 195,23) e a pessoa jurídica (empresa em que ele trabalha) não identifique o condutor como real infrator. A este veículo serão aplicadas duas autuações:

- Primeira: Exceder de 20% a 50% à velocidade máxima permitida = R$ 195,23.

- Segunda: No mesmo valor de R$ 195,23, por não ter identificado o condutor (MULTA NIC);

Ou seja, R$ 195,23 (1° multa) + R$ 195,23 (2ª multa) = R$ 390,46 (Total a ser pago).

Havendo reincidência da mesma multa, no período de 12 meses, o valor da multa NIC será computado da seguinte forma:

- Primeira: Exceder de 20% a 50% à velocidade máxima permitida= R$ 195,23.

- Segunda: Por não ter identificado o condutor, caberá o valor de R$ 195,23 x 2= R$ 390,46.

Ou seja, R$ 195,23 (1° multa) + R$ 390,46 (2ª multa) = R$ 585,69 (Total a ser pago).

Neste caso, não fazer o gerenciamento dos motoristas e das multas de trânsito da empresa da forma correta poderia gerar um enorme prejuízo.

Quem paga a multa do carro da empresa?

Segundo artigo 462, § 1 da CLT, no caso de infrações que ocorram por culpa (negligência, imprudência ou imperícia), como avançar o sinal vermelho, exceder limites de velocidade, entre outros, o empregador só poderá descontar do salário do motorista o valor referente à multa se essa possibilidade estiver estipulada no contrato de trabalho ou em convenção coletiva. Mas, se o empregado provocar a multa propositalmente, independente do contrato a responsabilidade de arcar com as multas será dele.

Quando a multa é devido ao mau estado de conservação do veículo o funcionário não pode ser cobrado, pois a manutenção do automóvel é uma obrigação da empresa.

Lembrando que, segundo a reforma trabalhista, o condutor que perder a habilitação para o exercício profissional por conduta dolosa (praticado de forma intencional) poderá ter o contrato de trabalho rescindido por justa causa.

Como melhorar o gerenciamento de multas?

Além de indicar o condutor assim que a empresa receber uma notificação de autuação por infração à legislação de trânsito, é necessário educar os motoristas, criar uma política de gestão de frotas e até promover treinamentos para direção defensiva

Para Rodrigo Mourad, sócio-fundador da Cobli - startup especializada em gestão de frotas, telemetria e roteirização, é preciso estar ciente que um modo de condução imprudente, além de resultar em multa, aumenta muito o risco de acidentes e promove desgaste excessivo nos componentes do veículo.

"Grandes empresas de logística parceiras da Cobli no estado de São Paulo já bonificam motoristas pelo boa condução, visando promover uma melhor imagem da marca nas ruas além de cuidar da saúde de seus colaboradores. Vemos essa tendência principalmente em grandes corporações, mas já estamos implementando projetos de direção eficiente em centenas de empresas aqui". 

Identificar o motorista que está dirigindo e monitorar o que acontece também é importante para manter um controle de frotas eficiente. Esse gerenciamento de veículos pode ser feito através de um sistema de rastreamento veicular.

"Todas as empresas que possuem algum tipo de operação logística, seja ela uma floricultura com 3 carros para fazer entregas ou uma grande transportadora com centenas de veículos pesados, conseguem economizar dinheiro, melhorar a satisfação do seu cliente final e competir melhor quando adotam um sistema de controle de frota. Vemos no dia a dia empresas economizando 30% de combustível, 30% de custos com manutenção e até 80% com multas e outros problemas de compliance", finaliza Mourad.





O ano de 2017, Deus e o algoritmo brasileiro



Do ponto de vista do funcionamento dos neurônios mais bem preparados do cérebro dos brasileiros, o ano de 2017 foi um desastre. Nada poderia ter feito mais mal à formação dos circuitos produtivos que envolvem as estações de trabalho da memória, do juízo crítico e da tomada de decisões do que o ano que está para findar. Sim, todos conhecem o adágio que reza que tudo que está ruim, pode piorar. Mas esperamos que Deus, sabidamente brasileiro, nos livre dessa penitência!

Os neurônios (as células operacionais do cérebro) encarregados de tomar decisões representam o que há de melhor para a autonomia do ser humano. São eles que avaliam as condições oferecidas por determinado problema e se lançam à busca de soluções. Eles possuem acesso aos bancos de memória, mesmo de eventos ou situações das quais não lembramos mais. Essa recuperação é confrontada com informações recentes obtidas pelo aprendizado formal (os anos de estudos) e informal (tecnologia digital, redes sociais). Além disso, a situação recebe um coeficiente emocional: há pressa para a solução? Traz risco ao indivíduo dependendo da solução encontrada?

Outro ingrediente dessa fórmula complexa é o uso que esses neurônios fazem de um mecanismo secreto chamado de “sugestão intuitiva”. Quando você se prepara para fazer um investimento que passa por certo risco, a tomada de decisão suspende temporariamente as informações da memória e dos ensinamentos técnicos para consultar o estômago. Não o órgão em si, mas as redes neurais escondidas nas paredes do aparelho digestivo e do coração-pulmões. Esse sistema interno de consulta foi desbravado através de anos em pesquisas prodigiosas conduzidas pela equipe do neurocientista português-americano Antonio Damasio em duas universidades norteamericanas. 

Basicamente, os experimentos realizados demonstram que pessoas que apresentam dano aos neurônios que leem dados provenientes das redes neurais do estômago e do coração – como, por exemplo, em um AVC de poucas proporções na parte inferior do cérebro – não apresentam nenhum problema em relação aos movimentos dos membros, da fala, da memória ou da inteligência. São pessoas normais; contudo, são acometidas de uma paralisia diante de situações que exigem uma simples decisão, como agendar uma consulta médica ou quando receber um cliente no escritório. São pessoas que funcionam globalmente da mesma forma que as outras, mas não lhes é possível decidir sobre questões da sua vida porque os andamentos que regulam o organismo não podem mais ser acompanhados no subconsciente.

Esse sistema integrador funciona como um algoritmo, medindo o peso relativo de cada influência e, depois, influenciando a escolha nesta ou naquela direção. O algoritmo precisa de determinadas condições para funcionar. Alimentos saudáveis, movimentação dos músculos, ausência de influenciadores tóxicos como o tabaco ou drogas e conflitos emocionais resolvidos são algumas. Mas há outra fonte capaz de desorganizá-lo: o peso de sentimentos sociais devastadores como a vergonha coletiva e a percepção do descaso com que líderes a quem delegamos organizar o meio em que vivemos nos tratam.

Aquilo que começou como um rastilho de pólvora tornou-se, em 2017, um imenso lamaçal de corrupção, desfaçatez e total falta de consideração. No começo tomamos um susto; depois veio a estupefação; e ainda depois, uma sorrateira, mas infecciosa vergonha íntima para  declarar que pertencemos à República Federativa do Brasil. O cérebro dos brasileiros – para dentro do qual esse sentimento de vergonha se esparrama – não escapa desse desastre. Um verdadeiro efeito Mariana despejou toneladas de lodo tóxico que emperrou nosso algoritmo de decisões.

A nação está paralisada. Não saímos mais às ruas. Não que elas pareçam indignas de sermos vistos lá; mas o gatilho que aciona a decisão travou. Nos recolhemos. Estamos avariados. Há somente uma tênue luz no outro lado do túnel: crer que não há sequela definitiva. Algo poderá e deverá acontecer de 2018 em diante. Sim, é certo que Deus é brasileiro, mas ele conta pelo menos com nossos algoritmos cerebrais funcionando.





Dr. Martin Portner - Médico Neurologista , Mestre em Neurociência pela Universidade de Oxford e especialista em Mindfulness. Há mais de 30 anos divide suas habilidades entre atendimentos clínicos e palestras, treinamentos e workshops sobre sabedoria, criatividade e mindfulness. www.martinportner.com.br



Posts mais acessados