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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Saúde e conservação: ameaças aos macacos também põem humanos em risco




 
Muriqui-do-norte está entre as espécies mais ameaçadas
Créditos: Central Press


Existem cerca de 500 espécies de primatas no planeta Terra e 60% delas correm risco de extinção. No Brasil, país com o maior número de espécies conhecidas, 35 das 139 são consideradas ameaçadas, de acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). No entanto, as principais ameaças aos macacos também são grandes riscos para a humanidade, e a maior parte é gerada justamente pelo homem.

Um exemplo é o novo ciclo de febre amarela que preocupa o Estado de São Paulo. A morte de aproximadamente 300 macacos até o início de novembro provocou o fechamento de parques como o Horto Florestal e o Parque Ecológico do Tietê, entre outros. De acordo com o especialista em primatas e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), Sérgio Lucena Mendes, o desenvolvimento da doença se torna mais propício pela redução das áreas silvestres e consequente avanço das cidades. Quando adicionamos outros fatores, como mudança climática, por exemplo, a equação se torna ainda mais complicada. “É preciso ver o surto com um olhar ecológico, além da preocupação com a saúde humana. Para controlar a febre amarela é preciso, necessariamente, preservar os habitats naturais e suas espécies nativas. Desflorestar e matar macacos não impede a circulação do vírus da doença e pode até piorar a situação”, analisa.

O especialista explica a relação entre a sobrevivência de humanos, dos primatas e o desmatamento. “Enquanto os macacos precisam da floresta para sobreviver e são afetados diretamente pelo desmatamento, nós humanos gostamos de acreditar que não sentimos os impactos tão rapidamente e invadimos o habitat deles para plantar ou para realizar obras. O que não percebemos é que os serviços ambientais prestados pelas florestas são essenciais para nós. Qualidade do ar, abastecimento e qualidade da água, manutenção da temperatura e do clima, entre outros, são vitais para a humanidade”, analisa Mendes.

Um estudo publicado em janeiro, na Revista Science Advances divulgou que além das espécies ameaçadas, outras também devem desaparecer nos próximos 25 anos, a não ser que a conservação se torne uma prioridade. A expansão da humanidade pode ser citada como a principal causa para a redução que está sendo observada. A perda de habitat, causada pelo desmatamento, é uma das razões mais impactantes, explica o biólogo Fabiano Melo, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN). “A redução de habitat é a principal causa de ameaça aos primatas há décadas, com a caça sendo um impacto decisivo nesses ambientes fragmentados”. O desmatamento que acontece em todo o País é consequência de grandes obras de infraestrutura, da ampliação do agronegócio e do crescimento humano desordenado, entre outras questões”, alerta.


Planeta dos macacos em risco

A redução da população de primatas no Brasil e no mundo é um alerta importante por diversos aspectos. Além do desmatamento, uma ameaça mais visível, há também outros fatores relevantes, como o grau de conservação das florestas e questões de saúde tanto dos animais como da comunidade.

A bióloga Cecília Kierulff explica que a diversidade de animais também é importante para a manutenção da qualidade de vida das pessoas. “Além da preocupação com o desmatamento, também temos que garantir a presença de diferentes animais nessas áreas. Não basta ter uma floresta vazia, é preciso ter toda uma rede de animais que exercem diferentes funções na natureza, desde insetos polinizadores até animais como onças e gaviões que estão no topo da cadeia”, conta ela, que também faz parte da RECN.

A febre amarela é outro exemplo de como a degradação das florestas pode prejudicar o bem-estar da comunidade e colocar em risco as populações de primatas. No início do ano, milhares de mortes, tanto de humanos e muito mais de primatas, aconteceram devido à contaminação provocada por mosquitos dos gêneros Sabethes e Haemagogus, que vivem especificamente em ambientes florestais. A proximidade cada vez maior das áreas urbanas às florestas facilita a disseminação da doença, que é letal para os primatas e dizimou espécies nas regiões Sudeste, Nordeste e Norte. “A saúde humana está intimamente relacionada à saúde do meio ambiente. O controle da febre amarela inclui, necessariamente, a preservação dos habitats naturais e suas espécies nativas”, alerta Sérgio Lucena Mendes, que também ressalta: “com a volta das temperaturas altas, a doença pode voltar a ter as mesmas consequências que vimos no início do ano. Alguns casos de morte de macacos em São Paulo já nos apontam nessa direção”. Com a falta de vacinação, uma tragédia muito maior pode ocorrer, uma vez que o mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e da zika, conhecido como Aedes aegypti, também pode ser o vetor da febre amarela nas áreas urbanas, potencializando os riscos. Felizmente, isso não ocorre no Brasil desde 1942.


Conservação da saúde e do meio ambiente

Como a conservação dos primatas e a preservação do habitat onde vivem são fatores intimamente ligados, pesquisadores de diferentes áreas do Brasil atuam em projetos que atuam em ambas as frentes.

A bióloga Cecília Kierulff, por exemplo, comemora a ampliação da Reserva Biológica União, criada em 1998 na região de Rio das Ostras, no estado do Rio de Janeiro. O mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) estava extinto no local, mas, em 1994 Cecília remanejou 42 micos-leões-dourados para a área por meio de um projeto apoiado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Hoje há mais de 300 micos-leões na Reserva. Além do benefício para o meio ambiente, que ganhou mais uma área de proteção ambiental, que beneficia todas as espécies que ali existem, os micos puderam passar de “Criticamente em Perigo”, de acordo com a classificação da Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção, a chamada Lista Vermelha, para “Em Perigo”. Apesar de continuar ameaçado, a situação de conservação do mico-leão-dourado melhorou.

Na região Sudeste, o muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus), uma das espécies de primatas mais ameaçadas do mundo, está sendo beneficiado por dois projetos apoiados pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Um no Espírito Santo, que prevê a elaboração de um plano de manejo e maior conhecimento da população de muriquis na região serrana do estado, além de ações de conscientização e engajamento da comunidade. Em Minas Gerais, a conservação do muriqui-do-norte ganhou apoio tecnológico inédito, com o desenvolvimento de um drone com câmera ultra HD e termal para monitoramento da espécie.

O mesmo acontece com o muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides). Uma pequena população da espécie, que era considerado extinto no Paraná há décadas, foi encontrada em fragmentos florestais, em 2002, em uma região com baixa densidade populacional. Esse fato ressaltou a importância da conservação dessas áreas em que a espécie ainda sobrevive. Carlos Hugo Rocha, engenheiro agrônomo, professor da UEPG e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, conduz o projeto para caracterização socioeconômica da região, no Vale do Ribeira, no Paraná. O objetivo é apoiar estudos para a criação de uma área protegida associada à definição de políticas públicas para a conservação do muriqui-do-sul, que é considerado “em Perigo”, pelo ICMBio.




Sobre a Rede de Especialistas de Conservação da Natureza
Rede de Especialistas de Conservação da Natureza é uma reunião de profissionais, de referência nacional e internacional, que atuam em áreas relacionadas à proteção da biodiversidade e assuntos correlatos, com o objetivo de estimular a divulgação de posicionamentos em defesa da conservação da natureza brasileira. A Rede foi constituída em 2014, por iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.



Sobre a Fundação Grupo Boticário
A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza é uma organização sem fins lucrativos cuja missão é promover e realizar ações de conservação da natureza. Criada em 1990 por iniciativa do fundador de O Boticário, Miguel Krigsner, a atuação da Fundação Grupo Boticário é nacional e suas ações incluem proteção de áreas naturais, apoio a projetos de outras instituições e disseminação de conhecimento. Desde a sua criação, a Fundação Grupo Boticário já apoiou 1.528 projetos de 501 instituições em todo o Brasil. A instituição mantém duas reservas naturais, a Reserva Natural Salto Morato, na Mata Atlântica; e a Reserva Natural Serra do Tombador, no Cerrado, os dois biomas mais ameaçados do país.  Outra iniciativa é um projeto pioneiro de pagamento por serviços ambientais em regiões de manancial, o Oásis. Na internet: www.fundacaogrupoboticario.org.br, www.twitter.com/fund_boticario e www.facebook.com/fundacaogrupoboticario

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Cerveja engorda ou é mito?



Se você já associou aqueles quilinhos a mais com a cerveja saiba que ela não é tão vilã assim. Seria a cerveja a grande responsável por aquela barriga de chopp ou não?

É claro que, se consumida em excesso, a cerveja passa de “mocinha” para a vilã da história mesmo. Para o proprietário do Valbier BrewShop, Valdir Tressino, isso funciona com quase tudo o que comemos. É aquele velho ditado: tudo em excesso faz mal.

Ao avaliar as calorias de um suco de uva de caixinha de 350 mL temos um total de 234 calorias. Já, fazendo uma média das nossas queridas cervejinhas esse total cai para 139 calorias no mesmo 350 mL. 

Valdir ressalta que existe também a qualidade de vida de cada um. Caso a pessoa que consuma cerveja diariamente em doses moderadas faça atividades físicas, a chance daquela barriguinha vir a aparecer é menos provável. Se a vontade de beber cerveja diariamente for combinada com uma dieta cheia de calorias e falta de atividade física, a cerveja irá contribuir sim para a protuberância ao redor da barriga.

Portanto, beber cerveja com moderação é o principal quesito para não ter aquela barriguinha. Outra questão é: “enquanto você bebe cerveja costuma comer aperitivos?” Durante o consumo de bebida há uma chance maior de comer comidas mais calóricas, exemplo das porções de batata frita ou calabresa. Assim, o corpo acumulará ainda mais gordura.

Antes de tomar cerveja, que tal fazer uma refeição mais saudável? O impacto do álcool é maior quando não há nada no estômago. E, ainda são menores as chances de querer um aperitivo.

Uma cerveja por dia não significa aumento de peso, pelo contrário, há vários estudos que defendem a cerveja com consumo moderado, entre os benefícios são: estimula o cérebro, baixa a pressão arterial, age contra a insônia e na proteção do organismo contra a diabetes. 






Valbier Brew Shop e Escola
@valbierbrewshop




Ainda dá tempo de perder os últimos quilinhos até o fim do ano? Claro!



Investir em exercícios de alta intensidade e treinos completos, aliados a foco e determinação vão te ajudar a terminar o ano melhor com você e seu corpo


O fim do ano está muito perto e a corrida para perder os últimos quilos fica mais acelerada. Essa é aquela época que todo mundo se prepara para aproveitar o verão e curtir as férias com amigos e familiares, e nada melhor do que se sentir bem e feliz com o corpo e a mente. O tempo é curto, mas se aproveitado de forma correta é possível eliminar as gordurinhas que sobraram até o ano acabar. Confira as dicas da gerente de musculação, Aline Perez Alves.

"Pensando que temos pouco tempo, é necessário iniciar rapidamente uma estratégia com atitudes efetivas e que promovam resultado em pouco tempo. É muito importante manter o foco nesse período para conseguir atingir o objetivo de queimar os quilinhos extras até o fim do ano", explica Aline. A profissional listou 4 principais dicas.


1º Passo: Definir uma frequência de treino e ter disciplina para cumpri-la - Escolha no mínimo 3 dias na semana para se exercitar. Defina os dias e horários específicos para a atividade física, desta forma a chance de sucesso aumenta bastante.


2º Passo: Invista na intensidade - Não é necessário passar horas treinando, o mais importante é a intensidade do treino, ou seja, 45 minutos bem aproveitados são o suficiente. O objetivo é fazer uma atividade que eleve sua frequência cardíaca, o praticante deve sentir-se ofegante e desconfortável durante o exercício. É possível medir o batimento cardíaco em um monitor próprio para isso, ou na esteira, o que garante o treino na intensidade correta, além de cuidar da segurança do aluno.


3º Passo: Escolher o melhor tipo de treino - Faça um treino que intercale exercícios ergômetros (esteira, elípticos, bike, escada, remo, corda e etc.), com exercícios resistidos (com pesos que sejam preferencialmente multiarticulares, ou seja, que trabalham mais de um grupo muscular ao mesmo tempo). Desta forma, o corpo vai exigir mais energia, fazendo com que o metabolismo se adapte para ser cada vez mais eficiente e suprir esta necessidade. Isso fará com que o praticante acelere seu metabolismo e queime mais gordura durante o dia todo e após o treino.


4º Passo: Cuide da alimentação - Uma alimentação saudável e sem excessos é indispensável para alcançar este objetivo. O mais adequado é procurar uma nutricionista. Caso não seja possível, a dica é diminuir consideravelmente o consumo de gorduras, carboidratos simples e sódio, não ficar longos períodos sem se alimentar, beber muita água e incluir os vegetais e frutas nas refeições.


Sugestão de treino da professora Aline:

1º exercício:
Comece com 3 minutos de aquecimento em qualquer aparelho ergômetro, exemplo: esteira, elíptico ou bike


2º exercício:
No aparelho ergômetro – faça 3 séries de 1 minuto de estímulo forte com 30 segundos de recuperação


3º exercício: Execute 3 séries de 10 a 14 repetições de cada exercício abaixo:
- Leg press ou agachamento
- Mesa flexora ou cadeira flexora
Dê um intervalo de 45 segundos entre cada série


4º exercício:
Em um dos aparelhos ergômetro – faça 3 séries de 1 minuto de estímulo forte com 30 segundos de recuperação.


5º exercício: Execute 2 séries de 10 a 14 repetições de cada exercício abaixo:
- Supino com halteres
- Puxadas ou remadas
Dê um intervalo de 45 segundos entre cada série


6º exercício:
Em um dos aparelhos ergômetro – faça 3 séries de 1 minuto de estímulo forte com 30 segundos de recuperação.


7º exercício: Execute 2 séries de 10 a 14 repetições de cada exercício abaixo:
- Abdominal canivete
- Abdominal infra declinado
Dê um intervalo de 45 segundos entre cada série


8º exercício:
Em um dos aparelhos ergômetro – faça 3 séries de 1 minuto de estímulo forte com 30 segundos de recuperação.






Bio Ritmo







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