"Nosso cérebro é programado para reagir a estímulos ameaçadores como forma de autoproteção. Quando recebemos notícias trágicas como as recentes do Rio de Janeiro ou o tornado na Jamaica, o sistema límbico, responsável pelas emoções, ativa respostas de alerta, medo e empatia. Essas informações despertam conteúdos inconscientes, especialmente arquétipos ligados à destruição e à vulnerabilidade humana, que ressoam em cada um de nós. Jung nos lembra que aquilo que vemos no mundo externo muitas vezes espelha nossos próprios medos internos, e por isso reagimos com tanta intensidade diante do sofrimento coletivo.
Para
nos blindar psicologicamente, não se trata de ignorar o que acontece, mas de
desenvolver consciência e limites. Isso significa acolher as emoções
despertadas, mas também buscar equilíbrio: fazer pausas nas notícias,
reconectar-se com atividades que tragam sentido e lembrar que, mesmo diante do
caos, há uma força interior que pode transformar o medo em compaixão. É
encontrar, na consciência, um ponto de luz capaz de manter a mente lúcida e o
coração presente."
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