Antes de se submeter ao procedimento, é preciso mais
do que vontade e recursos: cuidados pré e pós-operatórios, experiência médica e
rotina de tratamento são essenciais para garantir bons resultados. Dr. Jorge
Librelotto, dermatologista e Diretor Técnico do Grupo Capilar, explica o que
você precisa saber antes de agendar a cirurgia.
A
busca por soluções definitivas para a calvície tem feito com que cada vez mais
pessoas optem pelo transplante capilar. Mas, o sucesso do procedimento depende
de muito mais do que técnica: há uma série de cuidados antes, durante e após a
cirurgia que impactam diretamente no resultado estético e na saúde dos fios.
“O paciente que busca o transplante precisa entender que a cirurgia é apenas uma etapa. O tratamento clínico da alopecia continua sendo necessário, mesmo após o procedimento, além de uma série de condutas no pré e pós-operatório que fazem diferença na fixação dos fios e no aspecto final", explica o Dr. Jorge Librelotto, dermatologista e Diretor Técnico do Grupo Capilar, clínica especializada com milhares de cirurgias realizadas.
O especialista alerta que erros comuns, como coçar a área transplantada, usar
boné ou capacete antes da liberação médica ou interromper os medicamentos
indicados, podem comprometer o resultado da cirurgia. “É preciso respeitar o
tempo de recuperação e manter o acompanhamento dermatológico. Mesmo pacientes
com áreas totalmente calvas, que recebem apenas fios transplantados, se
beneficiam dos tratamentos contínuos, que melhoram a espessura e a qualidade
dos fios”, explica.
Antes
de realizar o transplante, o paciente deve:
-Suspender
o uso de medicamentos que aumentam risco de sangramento, como
anti-inflamatórios e anticoagulantes (sempre sob orientação médica);
-Evitar
álcool e cigarro nos dias que antecedem o procedimento;
-Interromper
procedimentos capilares agressivos, como químicas e calor excessivo;
-Realizar exames laboratoriais para checar o estado de saúde geral.
A avaliação da aptidão para o procedimento inclui uma análise detalhada do
couro cabeludo, do grau de calvície e da área doadora, além da estabilidade da
alopecia que pode exigir tratamento prévio. “Hoje, conseguimos fazer todo esse
processo de avaliação online, com segurança, evitando deslocamentos”, explica o
Dr. Librelotto.
Nas primeiras 48 horas após o transplante, os cuidados são cruciais: nada de atrito, calor, exercícios ou exposição solar. Dormir com a cabeça elevada, lavar conforme prescrição médica e manter a área intacta são orientações padrão.
No longo prazo, o cuidado continua. “O transplante não impede a progressão da calvície nas áreas não transplantadas. Por isso, medicamentos como finasterida, dutasterida, minoxidil ou tópicos específicos continuam sendo indicados após avaliação”, afirma o especialista.
Outro ponto fundamental é a escolha do profissional: com a popularização do
procedimento, muitos médicos com pouca experiência estão oferecendo a cirurgia
após cursos rápidos. “É preciso buscar clínicas com estrutura adequada, equipe
qualificada, tecnologia moderna e histórico de resultados confiáveis. Transparência
e ética fazem parte do cuidado com o paciente”, finaliza o médico.
Dr Jorge Luiz Librelotto Júnior | CRM SC 14439 - Graduação em medicina pela Universidade Federal de Santa Maria UFSM (2004) Residência em cirurgia geral pelo Hospital materno infantil presidente Vargas de Porto Alegre (2005). Pós-graduação Dermatologia ISBRAE (2006). Pós-graduação latu sensu cosmetologia e estética ISBRAE (2008). Experiência de mais de 10 anos em transplante capilar, com estágios, aulas e atuação em diversos países. Fundador do Grupo Capilar Brasil e criador do sistema de Alta Densidade (2018).
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