Apenas 1,6% da população brasileira costuma doar sangue. Conheça os critérios e saiba se você pode ser um doador
Segundo dados
do Ministério da Saúde, em 2024, apenas 1,6% da população fez doação de sangue no
Brasil, o que pode deixar bancos de sangue em situação crítica especialmente
durante o inverno, período de maior demanda por transfusões. Segundo a OMS, o
ideal é que entre 1% a 3% da população de um país seja doador regular para
garantir o abastecimento seguro dos bancos de sangue, no entanto, com a chegada
do inverno, o aumento de doenças respiratórias, o calendário de feriados e as
férias escolares, os hemocentros de diversas regiões do país operam com níveis
abaixo do ideal.
Em São Paulo, por
exemplo, tipos sanguíneos como O negativo estão em situação de emergência,
segundo a Fundação Pró-Sangue. Assim, apesar do país estar dentro dos parâmetros
recomendados de doação, anualmente, o Brasil realiza campanhas para aumentar o
número de doadores de sangue e saber melhor quem pode doar e quais são os
impedimentos temporários e definitivos é fundamental.
Uma
doação, quatro vidas salvas
“Cada doação tem o
potencial de salvar vidas. A ausência de sangue disponível pode interromper
tratamentos e colocar vidas em risco. Por isso, doar sangue é um ato de solidariedade
que faz diferença imediata na vida de muitas pessoas”, afirma Alexandre
Pimenta, médico e responsável técnico nacional do AmorSaúde.
Cada pessoa adulta
tem em média cinco litros de sangue no organismo. Em cada doação, são retirados
até 450 ml, que podem salvar até quatro vidas. O sangue doado é fracionado em
componentes: hemácias (glóbulos vermelhos), plaquetas e plasma, cada um
atendendo necessidades específicas de diferentes pacientes.
“O sangue doado é
essencial para cirurgias, tratamentos de câncer, atendimentos a vítimas de
acidentes e doenças crônicas. Além de promover o bem-estar da comunidade, a
doação de sangue também ajuda a manter os bancos de sangue abastecidos,
garantindo que haja sempre um suprimento disponível em momentos de necessidade",
completa Pimenta.
Critérios
para ser doador
Para ser doador no
Brasil, é preciso ter entre 16 e 69 anos (com autorização dos responsáveis para
menores de 18 anos), pesar mais de 50 kg e estar em boas condições de saúde. É
importante evitar refeições muito pesadas nas três horas anteriores à doação e
informar sobre o uso de medicamentos durante a triagem.
Quem
não pode doar sangue
Entre os
impedimentos temporários mais comuns estão gripes ou resfriados recentes (é
necessário aguardar sete dias após o desaparecimento dos sintomas), realização
de tatuagens ou piercings nos últimos 12 meses, uso de antibióticos e viagens a
regiões com risco de doenças endêmicas, que podem exigir períodos variados de
espera. Já os impedimentos definitivos incluem o diagnóstico de infecções como
HIV, hepatites B e C, além de algumas doenças crônicas, como diabetes
descontrolada ou hipertensão grave.
De
quanto em quanto tempo doar?
A frequência
permitida para a doação varia de acordo com o gênero: homens podem doar até
quatro vezes por ano, com intervalo mínimo de três meses entre as doações;
mulheres podem doar até três vezes ao ano, com intervalo mínimo de quatro meses
entre as doações.
Mitos que afastam doadores de sangue
A campanha também busca esclarecer mitos comuns que afastam potenciais doadores. “É importante dizer que ter colesterol alto não impede a doação. Muitos acreditam que doar engorda ou que o processo é doloroso, o que não é verdade. O procedimento é seguro, rápido e assistido por profissionais capacitados”, esclarece Pimenta.
Pessoas que
tiveram Covid-19 também podem doar sangue, desde que estejam completamente
recuperadas. O tempo de espera recomendado é de 30 dias após o fim dos
sintomas.
Outros mitos
comuns incluem a crença de que doar sangue causa fraqueza permanente ou que
pessoas tatuadas nunca podem doar - quando na verdade basta aguardar um ano
após o procedimento. “Também é importante dizer que doar sangue não causa
anemia. Os estoques de ferro e a produção de células sanguíneas são rapidamente
restaurados pelo organismo após a doação”, complementa o médico.
Onde e
como doar
Para facilitar o
acesso da população aos locais de coleta, o AmorSaúde, a maior rede de clínicas
médico-odontológicas do país, com mais de 485 unidades no país, criou a
página https://amorsaude.com.br/doesangue/ , que reúne informações sobre doação e a lista de
hemocentros e unidades de coleta em todo o Brasil. Os interessados podem
localizar o ponto de doação mais próximo e verificar horários de funcionamento.
O processo de
doação é simples e dura cerca de 30 minutos, incluindo cadastro, triagem
clínica, coleta e lanche pós-doação. “Antes da doação, é importante estar bem
alimentado, evitar álcool e descansar adequadamente. Após a doação,
recomenda-se repousar por alguns minutos, hidratar-se e evitar atividades
físicas intensas por 24 horas", ressalta o médico.
Sobre
o AmorSaúde
O AmorSaúde é a
maior rede de clínicas médico-odontológicas do Brasil, com mais de 485 unidades
ativas em todo o território nacional. Fundada com a missão de oferecer saúde de
qualidade a preços acessíveis, a rede realiza mais de 18 milhões de consultas
por ano, mais de um milhão de procedimentos odontológicos e mais de 35 milhões
de exames, em parceria com os maiores laboratórios do país. Com estrutura
moderna, multicanalidade e foco em atendimento humanizado, a rede oferece
consultas presenciais, telemedicina, exames laboratoriais e de imagem,
odontologia e encaminhamento para cirurgias eletivas.

Nenhum comentário:
Postar um comentário