Junho Verde: entenda a importância da identificação e como a fisioterapia pode ajudar na correção da escoliose.
A
coluna vertebral é a base estrutural do corpo humano e exerce um papel vital na
sustentação e movimentação do organismo. Por isso, qualquer alteração que
comprometa sua integridade pode trazer sérias consequências à saúde. Uma dessas
condições é a escoliose, uma deformidade morfológica da coluna que, embora
pareça inofensiva em estágios iniciais, pode evoluir e até afetar o
funcionamento de órgãos vitais.
Segundo
a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2% e 4% da população mundial sofre
com a escoliose. Para ampliar o debate sobre o tema, junho foi instituído como
o mês de conscientização sobre a escoliose, com ações que reforçam a
importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.
Segundo
o fisioterapeuta Bernardo Sampaio, diretor clínico do ITC Vertebral de
Guarulhos, uma das explicações para o surgimento da escoliose se dá pelas
modificações que o corpo passa ao longo da vida, sendo mais comuns em jovens em
fase de crescimento, embora não seja um determinante. “O corpo vai realizando
ajustes por conta da nossa postura, do peso que carregamos nos ombros, na
maneira como sentamos, mas nenhum deles é responsável 100% pelo desenvolvimento
da escoliose, porém podem favorecer o aparecimento”, explica o fisioterapeuta.
Tipos de
escoliose
Segundo
Bernardo, a escoliose pode se manifestar de diferentes formas, sendo as
principais:
- Congênita:
causada por uma malformação das vértebras ainda na fase embrionária;
- Idiopática:
(não possui causa comprovada cientificamente), porém é a mais comum na
população.
Diagnóstico e sinais de alerta
Um
dos grandes desafios no combate à escoliose é a ausência de dor nos estágios
iniciais, o que dificulta a percepção do problema. No entanto, é possível fazer
um teste simples em casa: basta inclinar o tronco para frente, como se fosse
encostar as mãos no chão, e observar se há algum lado das costas mais elevado
que o outro. “Caso exista uma diferença perceptível entre os lados, é
fundamental procurar um especialista para uma avaliação detalhada”, orienta
Sampaio.
Tratamento e prevenção
O tratamento da escoliose varia de acordo com o grau da curvatura e a idade do paciente. Na maioria dos casos, não é necessário intervenções cirúrgicas, que são indicadas apenas em casos mais graves; assim como muitos problemas de coluna, quadril e joelho. Em graus menores, são sempre tratadas com exercícios e posturas. "Pequenas ações diárias, como manter uma boa postura, praticar exercícios regularmente e garantir um ambiente ergonômico, podem fazer uma grande diferença na prevenção da progressão da escoliose”, comenta.
Bernardo
também ressalta a importância do envolvimento dos fisioterapeutas no manejo da
escoliose. Segundo ele, "a escoliose é uma condição que requer abordagem
multidisciplinar, e os fisioterapeutas são cruciais para a correção da postura
e fortalecimento dos músculos envolvidos na estabilização da coluna. É
fundamental buscar orientação profissional para o desenvolvimento de um
programa de exercícios adequado às necessidades individuais ", reforça o
profissional.

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