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sexta-feira, 6 de junho de 2025

ESCOLIOSE: DESCUBRA OS TIPOS, DIAGNÓSTICOS E TRATAMENTOS

Junho Verde: entenda a importância da identificação e como a fisioterapia pode ajudar na correção da escoliose.

 

A coluna vertebral é a base estrutural do corpo humano e exerce um papel vital na sustentação e movimentação do organismo. Por isso, qualquer alteração que comprometa sua integridade pode trazer sérias consequências à saúde. Uma dessas condições é a escoliose, uma deformidade morfológica da coluna que, embora pareça inofensiva em estágios iniciais, pode evoluir e até afetar o funcionamento de órgãos vitais. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2% e 4% da população mundial sofre com a escoliose. Para ampliar o debate sobre o tema, junho foi instituído como o mês de conscientização sobre a escoliose, com ações que reforçam a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. 

Segundo o fisioterapeuta Bernardo Sampaio, diretor clínico do ITC Vertebral de Guarulhos, uma das explicações para o surgimento da escoliose se dá pelas modificações que o corpo passa ao longo da vida, sendo mais comuns em jovens em fase de crescimento, embora não seja um determinante. “O corpo vai realizando ajustes por conta da nossa postura, do peso que carregamos nos ombros, na maneira como sentamos, mas nenhum deles é responsável 100% pelo desenvolvimento da escoliose, porém podem favorecer o aparecimento”, explica o fisioterapeuta.
 

Tipos de escoliose

Segundo Bernardo, a escoliose pode se manifestar de diferentes formas, sendo as principais:

  • Congênita: causada por uma malformação das vértebras ainda na fase embrionária;
  • Idiopática: (não possui causa comprovada cientificamente), porém é a mais comum na população.


Diagnóstico e sinais de alerta 

Um dos grandes desafios no combate à escoliose é a ausência de dor nos estágios iniciais, o que dificulta a percepção do problema. No entanto, é possível fazer um teste simples em casa: basta inclinar o tronco para frente, como se fosse encostar as mãos no chão, e observar se há algum lado das costas mais elevado que o outro. “Caso exista uma diferença perceptível entre os lados, é fundamental procurar um especialista para uma avaliação detalhada”, orienta Sampaio.
 

Tratamento e prevenção 

O tratamento da escoliose varia de acordo com o grau da curvatura e a idade do paciente. Na maioria dos casos, não é necessário intervenções cirúrgicas, que são indicadas apenas em casos mais graves; assim como muitos problemas de coluna, quadril e joelho. Em graus menores, são sempre tratadas com exercícios e posturas. "Pequenas ações diárias, como manter uma boa postura, praticar exercícios regularmente e garantir um ambiente ergonômico, podem fazer uma grande diferença na prevenção da progressão da escoliose”, comenta.

Bernardo também ressalta a importância do envolvimento dos fisioterapeutas no manejo da escoliose. Segundo ele, "a escoliose é uma condição que requer abordagem multidisciplinar, e os fisioterapeutas são cruciais para a correção da postura e fortalecimento dos músculos envolvidos na estabilização da coluna. É fundamental buscar orientação profissional para o desenvolvimento de um programa de exercícios adequado às necessidades individuais ", reforça o profissional.


Bernardo Sampaio - Fisioterapeuta pela PUC Campinas, possui especialização e aprimoramento pela Santa Casa de São Paulo e é mestrando em Ciências da Saúde pela mesma instituição. Atua como professor universitário em cursos de pós-graduação na área de fisioterapia músculo esquelética e é Diretor Clínico do Centro Especializado em Movimento (CEM), ITC Vertebral e Instituto Trata, de Guarulhos.

 

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