Práticas de prevenção são fundamentais para minimizar a propagação de infecções respiratórias e proteger a saúde pública
Com a oscilação das temperaturas das últimas semanas é recorrente
o aumento nos quadros de doenças respiratórias e a busca pelos serviços de
saúde. Para o chefe do serviço de Infectologia do Hospital
Moinhos de Vento, Alexandre Zavascki, as doenças respiratórias
representam um vasto grupo de condições que afetam as vias aéreas e podem ser
divididas em dois tipos: doenças do trato respiratório superior, que afetam
nariz, garganta e seios paranasais – como rinite e sinusite –, e as doenças do
trato respiratório inferior, as quais acometem os brônquios e pulmões - como
bronquite e pneumonia.
“A maioria dessas doenças é causada por vírus, mas bactérias
também desempenham um papel significativo, especialmente em casos mais graves.
Por isso, é crucial entender a diferença entre infecções virais e bacterianas
para utilizar de forma eficaz os medicamentos como antibióticos, os quais são
eficazes apenas contra bactérias e não devem ser usados para tratar infecções
virais, como um resfriado comum”, explica.
Embora existam diversos tipos de doenças respiratórias, algumas se
destacam pela frequência e pela gravidade potencial, como a gripe, causada pelo
vírus Influenza; a Covid-19, pelo vírus SARS-CoV-2; os resfriados comuns,
provocados pelos mais variados tipos de vírus; as infecções bacterianas, que
atingem o trato respiratório superior; a bronquiolite, caracterizada pela
infecção do trato respiratório inferior; e a asma, condição inflamatória das
vias aéreas. Por isso, o especialista alerta sobre a importância em reconhecer
os sintomas e buscar orientação médica, uma vez que os sintomas costumam ter
semelhança e é preciso investigação clínica.
Zavascki recomenda que a orientação médica seja procurada para um
diagnóstico adequado a partir de critérios, como cansaço excessivo ou falta de
ar, sintomas persistentes por mais de três dias, tremores incontroláveis e
calafrios, alterações nos sinais vitais ou febre muito alta. “Evitar a
automedicação é fundamental. O uso indiscriminado de antibióticos para
infecções virais é ineficaz e pode levar a efeitos colaterais. Da mesma forma,
o uso de corticosteróides sem recomendação médica pode agravar o quadro
infeccioso”, pontua.
Assim como em diversos casos, nos quadros de doenças respiratórias
a prevenção é a melhor estratégia para evitar as doenças e suas complicações. O
infectologista destaca que é importante entender cada quadro e saber o momento
para procurar ajuda clínica é essencial, mas ter conhecimento sobre os métodos
preventivos também são medidas importantes para cuidar da saúde da comunidade.
“Procure cobrir a boca e o nariz com o braço ao tossir ou espirrar; mantenha a distância de pessoas com sintomas respiratórios; ao conviver com pessoas sensíveis ou doentes, utilize máscara; lave suas mãos com frequência com água e sabão ou utilize álcool em gel; e mantenha a vacinação em dia, pois é uma das medidas mais importantes para evitar o agravamento de infecções como Influenza, Covid-19, Pneumonia, entre outras”, conclui. A adesão a essas práticas é fundamental para minimizar a propagação de infecções respiratórias e proteger a saúde pública.
Hospital Moinhos de Vento
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