Plataforma Consulta Remédios identificou grande crescimento na procura por medicamentos como misoprostol, viagra, pílula do dia seguinte e pílula anticoncepcional
Um
levantamento realizado pela plataforma Consulta Remédios, o maior portal de
medicamentos do Brasil, identificou que as buscas pelo Misoprostol, princípio
ativo de um medicamento abortivo, apresentaram o crescimento de 91% de abril a
julho, em comparação com os meses de janeiro a março. O medicamento, que não é
comercializado pela plataforma, nem liberado para compra pelo consumidor final,
possui venda restrita no país.
“As
buscas apareceram na plataforma pois disponibilizamos em torno de 30 mil bulas
para consulta. No caso do Misoprosol, o aumento das pesquisas foi na página de
bula do princípio ativo e do medicamento relacionado, pois essas são as únicas
informações disponíveis, já que é um medicamento de uso restrito hospitalar.
Porém, a busca por informações sobre, indica um comportamento a ser investigado
nesse momento de pandemia”, diz Francielle Mathias, farmacêutica responsável
pela plataforma.
No
total foram mais de 500 mil buscas no período de pandemia e o aumento deve ser
visto com preocupação, segundo a especialista. “Por mais que seja um
medicamento de venda restrita, o que preocupa é o fato de as pessoas estarem
buscando se informar sobre um produto proibido, provavelmente para saber como
age e como é possível adquirí-lo ”, diz Francielle. No Brasil, o aborto só é
permitido em casos específicos, e recentemente, o caso da menina de 10 anos no
Espírito Santo que teve o aborto autorizado pela justiça trouxe à tona o debate
sobre a prática. Para se ter ideia, somente nos primeiros 15 dias de agosto, o número
de buscas pelo Misoprostol foi de 73.521.
A
pílula do dia seguinte também apresentou aumento considerável. A busca pelo
medicamento aumentou 104% no mesmo período. Foram 35% a mais apenas no mês de
julho, se comparado com junho deste ano. Na mesma crescente, a famosa pílula
azul, o Viagra, registrou uma busca maior na plataforma de consultas sobre
medicamentos de 74%.
Já
na prevenção à gravidez, a busca por pílulas anticoncepcionais também teve 116%
de aumento na plataforma Consulta Remédios.
“Isso
nos mostra que é um período que as pessoas estão mais em casa e provavelmente
tendo mais relações sexuais. A preocupação é com as consequências que esses
medicamentos podem ter à saúde – até mesmo os anticoncepcionais – quando
tomados sem o acompanhamento de um profissional da saúde”, alerta Francielle.
Consulta Remédios
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