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terça-feira, 11 de junho de 2019

Mãe aos 40: prós e contras


A tendência à gravidez tardia; expectativa de vida e emancipação feminina; fertilidade aos 40; condições físicas e maturidade emocional; riscos aumentados; pré-natal.

Na última década, mais e mais mulheres decidiram ter filhos após os 40 anos, desafiando um limite de idade que os médicos sempre consideraram proibitivo para a reprodução. Para saber se elas têm sido bem sucedidas, basta olhar em volta. Hoje, as mães com mais de 40 anos estão em toda parte. Nas páginas de revista, nas reuniões de pais, na sala de espera dos pediatras. E nas estatísticas. Nos Estados Unidos, só na década de 80, os nascimentos de filhos de mulheres nessa faixa etária dobraram. Na Inglaterra, na última década, 50% mais mulheres tiveram bebês entre 40 e 44 anos do que nos dez anos anteriores. No Canadá, a taxa de nascimentos entre mulheres de 40 a 44 dobrou nos últimos 25 anos. No Brasil, em 1991, as mães que tiveram o primeiro filho na meia idade eram 0,67% do total; em 2000, a porcentagem havia subido para 0,79%.

                Não é difícil imaginar os fatores que têm contribuído para esta mudança. Em primeiro lugar, a elevação na expectativa de vida observada nos últimos 30 anos vem transformando substancialmente nossa maneira de viver a vida e de pensar na idade. Há 40 anos, uma pessoa com 50 anos era considerada idosa. Hoje, quando alguém morre antes dos 80, considera-se que o evento aconteceu antes da hora. Com mais tempo para viver, é natural que as mulheres se permitam adiar a maternidade – um direito que, até então, só os homens tinham.

                Se a expectativa de vida mudou, as prioridades da mulher também se transformaram. A conquista de independência financeira e a realização pessoal, ambas atreladas à formação profissional e à performance no mercado de trabalho, são consideradas mais cruciais hoje do que a busca de um parceiro e o ideal de criar uma família. O resultado é que costumam vir antes, na lista de conquistas necessárias à mulher. Em um mundo cada vez mais competitivo e rápido, é comum que a construção de uma carreira sólida consuma o tempo e a energia da mulher por um longo tempo. O desejo de encontrar alguém e de ser mãe pode surgir quando a carreira da mulher atinge um platô de estabilidade, no meio da vida – ou quando o alarme biológico dispara e ela resolve que quer e pode abrir espaço na vida para ter um bebê.


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