Estimativas apontam que arrecadações pela internet
devem dobrar esse valor em 2018
O mercado de financiamento coletivo no Brasil dá mostras de
amadurecimento. De acordo com estimativas do Vakinha, maior site de
arrecadações online do país, o segmento deverá fechar 2017 com movimentação de
R$ 100 milhões, valor que será dobrado em 2018 alcançando R$ 200 milhões.
Criado em 2009 por empreendedores gaúchos, o Vakinha é a primeira
fintech brasileira de crowdfunding. Em 2015 a arrecadação do site foi de R$ 8
milhões, indo para R$ 18 milhões em 2016, devendo fechar 2017 movimentando R$
40 milhões. "Nossa previsão, de acordo com nossa taxa de crescimento
histórica, para 2018 é de arrecadarmos R$ 80 milhões", afirma o
sócio-fundador Fabricio Milesi.
Além da popularização das arrecadações pela internet, entre os fatores que
contribuíram para o amadurecimento e crescimento do mercado de financiamento
coletivo, segundo Milesi, estão o aumento do acesso à internet com a chegada
dos smartphones e dos meios de pagamento online. "No Vakinha o crescimento
se deve ao fato de que investimos pesadamente em um sistema próprio de
segurança, termos desenvolvido um site com tecnologia de alta escalabilidade, e
um modelo de negócio rentável com taxas competitivas.", observa.
Todas as causas - Desde
sua fundação, o Vakinha já registrou mais de 300 mil de vaquinhas, que procuram
atender a diversos tipos de necessidades que vão desde a busca de recursos
financeiros para tratamentos de saúde (como o caso da vaquinha Ame Joaquim que
arrecadou mais de R$ 1,4 milhão; presentes de casamento: causas lideradas por
ONG´s como a vaquinha Porcos do Rodoanel que arrecadou mais de R$ 300 mil em
2015 até; e vaquinhas que estimulam o ensino como no caso da Leidiane,
estudante que ganhou uma bolsa em Portugal e conseguir dinheiro para se manter
em seu primeiro semestre diretamente no Vakinha. Não há predominância fixa por
tipo de arrecadação.
Radar de investidores - O
Vakinha foi apontado como uma empresas de crowdfunding para se ter no radar dos
investidores na América Latina pelo estudo "Empreendimento Fintech na
América Latina", feito pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
e o Finnovista, organização que fomenta o desenvolvimento de fintechs. O estudo
identificou 703 empreendimentos em 15 países, com uma oferta de soluções que
inclui todos os segmentos e tecnologias observados a nível global.
Nenhum comentário:
Postar um comentário