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terça-feira, 13 de setembro de 2016

13 de setembro: Dia Mundial da Sepse





Entenda a meningoccemia, seus sintomas e formas de prevenção


 A doença meningocócica é uma doença súbita, potencialmente fatal, da qual, em média, uma pessoa pode morrer a cada oito minutos no mundo.1 Tipicamente, ela se manifesta como meningite bacteriana – uma infecção das membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal; ou sepse – uma infecção da corrente sanguínea, também chamada de meningoccemia2.

Atualmente a sepse é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e o câncer. Tem alta mortalidade no país, chegando a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 30-40%. Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress, a mortalidade da sepse no Brasil é maior que a de países como Índia e a Argentina.3

A meningite e a septicemia (sepse) são doenças graves e podem afetar qualquer pessoa de qualquer idade, mas bebês, crianças e jovens estão em maior risco. A meningite e a septicemia não são comuns, mas podem matar em horas.  Por isso, uma forma muito importante de prevenção é a vacinação. Pode-se contrair meningite e septicemia ao mesmo tempo.4

A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. A sepse era conhecida antigamente como septicemia ou infecção no sangue. Hoje é mais conhecida como infecção generalizada.3

Na verdade, não é a infecção que está em todos os locais do organismo. Por vezes, a infecção pode estar localizada em apenas um órgão, como por exemplo, o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta inflamatória numa tentativa de combater o agente da infecção. Essa inflamação pode vir a comprometer o funcionamento de vários órgãos do paciente.3

Por isso, o paciente pode não suportar e vir a falecer. Esse quadro é conhecido como disfunção ou falência de múltiplos órgãos. É responsável por 25% da ocupação de leitos em UTIs no Brasil.3

A doença é a principal geradora de custos nos setores público e privado. Isto é devido à necessidade de utilizar equipamentos sofisticados, medicamentos caros e exigir muita dedicação da equipe médica.3 De acordo com o software ILAS online, em 2015 aconteceram 7.733 casos de pacientes com sepse grave e choque séptico no Brasil. Em 2005 o número de casos registrados foi de 171.5

De acordo com o grau de evolução, a síndrome pode ser classificada em três diferentes níveis: 6
1) Sepse – a resposta inflamatória provocada pela infecção está associada a pelo menos mais dois sinais. Por exemplo, febre, calafrios, falta de ar etc; 6
2) Sepse grave – quando há comprometimento funcional de um ou mais órgãos; 6
3) Choque séptico – queda drástica de pressão arterial que não responde à administração de líquidos por via intravenosa. 6
Sintomas6
Os sintomas variam de acordo com o grau de evolução do quadro clínico. Os mais comuns são: febre alta ou hipotermia, calafrios, diminuição na eliminação de urina, respiração acelerada dificuldade para respirar, ritmo cardíaco acelerado e alteração no nível de consciência.
Outros sinais possíveis da síndrome são o aumento na contagem dos leucócitos e a queda no número de plaquetas.
Diagnóstico6
O diagnóstico da sepse depende de avaliação clínica e laboratorial criteriosa para identificar e tratar a doença subjacente que deu origem ao processo infeccioso.
Com esse objetivo, são realizados exames de sangue, como a hemocultura, exames de urina e, se necessário, a cultura das secreções respiratórias. Exames de imagem, como radiografia, ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética, podem ser úteis para esclarecer o diagnóstico.
Recomendações7
O risco de contrair infecções será menor se forem respeitados os seguintes princípios básicos:
* lavar as mãos com frequência com água e sabão;
*  manter o esquema de vacinação atualizado;
Vacinas
Atualmente existem 4 vacinas disponíveis para imunização ativa contra os 5 principais sorogrupos causadores da doença meningocócica no Brasil, são elas:8

- Vacina Adsorvida Meningocócica C (Conjugada), a única disponível gratuitamente no Programa Nacional de Imunização (PNI), na rede pública. 9,10

- Vacina Meningocócica ACWY (Conjugada). Esta vacina ACWY é conjugada à proteína carreadora CRM197. 11

- Vacina Meningocócica ACWY (Conjugada). Esta vacina ACWY é conjugada ao toxóide tetânico.12

- Vacina Adsorvida Meningocócica B (Recombinante).13




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Referências:
1.       Naghavi M, et al. (2013). Global, regional, and national age-sex specific all-cause and cause-specific mortality for 240 causes of death, 1990-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study. The Lancet, 385, pp.117-171.
2.       CASTIÑEIRAS, TMPP. Et al. Doença meningocócica. In: CENTRO DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE PARA VIAJANTES. Disponível em: Acesso em: 07 ago. 2015.
3.       INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE. O que é sepse. Disponível em: <http://www.ilas.org.br/o-que-e-sepse.php>. Acesso em: 08 ago. 2016.
4.       MENINGITES RESEARCH FUNDATION. Meningite e Septicemia. Disponível em: <http://www.meningitis.org/assets/x/50246>. Acesso em: 08 ago. 2016.
5.       INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE. Relatório Nacional PROTOCOLOS GERENCIADOS DE SEPSE - Sepse grave e choque séptico – 2005 a 2015. Disponível em: <http://www.ilas.org.br/assets/arquivos/relatorio-nacional/relatorio-nacional.pdf>. Acesso em:  08 ago. 2016.
6.       ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA. Consenso brasileiro de sepse. Revista Brasileira Terapia Intensiva, 16(2), 2004. 256 p. Disponível em: <http://www.amib.org.br/fileadmin/ConsensoSepse.pdf>. Acesso em: 01 set. 2016
7.       CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA – CVE/SES-SP. O que você precisa saber
sobre meningite. 2013. Disponível em: <ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/RESP/MENI_SOBRE.pdf>. Acesso em: 01 set.2016
8.       Pesquisa realizada na revista Kairos, usando o termo “MENINGOCÓCICA” na busca comum do site. Disponível em:<http://brasil.kairosweb.com/resultado_busq.html?prodname=MENINGOC%D3CICA>. Acesso em: 06 fev. 2016.
9.       Moraes JC, Kemp B, de Lemos APS, Gorla MCO, Marques EGL et al. Prevalence, Risk Factors and Molecular Characteristics of Meningococcal Carriage Among Brazilian Adolescents. Pediatr Infect Dis J 2015; 34: 1197-1202
10.   BRASIL. Portal da Saúde. Calendário nacional de vacinação. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-secretaria-svs/13600-calendario-nacional-de-vacinacao>. Acesso em: 15 fev. 2016.
11.   Menveo [Vacina Meningocócica ACWY (conjugada)]. Bula da vacina.
12.   Nimenrix® [Vacina Meningocócica ACWY (conjugada)]. Bula do produto.
13.   Bexero [Vacina Adsorvida Meningocócica B (recombinante)]. Bula da vacina.
BR/VAC/021/16 Setembro de 2016

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