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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Crianças e idosos são os mais afetados por doenças típicas do inverno



 











Coriza, tosse e espirros podem ser sintomas de resfriado ou gripe, comuns nesta época do ano


   Shutterstock

A combinação entre o frio e baixa umidade do ar pode ser sinônimo de resfriados e gripes. Durante o inverno, estação que teve início nesta semana, além dos sintomas típicos da temporada como coriza e tosse, o clima de Brasília interfere diretamente na qualidade de vida da população, principalmente em crianças e os idosos.

Entre as doenças mais comuns desta época estão os resfriados, caracterizados por coriza, entupimento do nariz, espirros e até febre baixa ou dor de garganta. Com sintomas parecidos com o do resfriado, a gripe se diferencia por ser mais intensa, já que é causa pelo vírus da influenza e pode ser transmitida por gotículas de tosse ou do espirro da pessoa infectada. “Neste caso, o paciente deve ficar de repouso e se hidratar muito”, ressalta o médico Jairo de Barros, do Instituto Brasiliense de Otorrinolaringologia (IBORL).

Depois de episódios de gripes ou resfriados pode surgir a inflamação ou infecção do ouvido, chamada de otite. “O sintoma inicial é um entupimento do ouvido e muita dor. Pode ocorrer uma supuração e sair secreção ou até mesmo pus do ouvido afetado”, explica o otorrinolaringologista. 

As crianças, devido convívio em escolas e creches, podem contaminar mais facilmente umas às outras. A permanência em ambientes fechados também favorece a propagação das doenças. “O ideal é que quando a criança estiver doente, ela fique de repouso e não vá para a creche ou escola para evitar o contágio em outros alunos”, sugere o especialista. Os idosos podem ter imunidade mais baixa associada e a outras doenças como diabetes, doenças cardíacas, renais, enfisema pulmonar, câncer.

A rinite e a sinusite também aumentam muito no inverno. O especialista explica que isso acontece devido a maior exposição aos vírus e alergenos (substâncias que causam alergia: poeira, mofo, poluição) nesta época do ano. “Em alguns casos, lavando o nariz com soro e aplicando medicações que diminuem essa inflamação, podemos controlar a sinusite sem o uso de antibiótico”, aconselha o doutor Jairo.

Com dicas simples para o dia a dia, é possível tentar evitar as doenças de inverno. “Manter o ambiente arejado, lavar as mãos com frequência, beber muita água, dar preferência para frutas com muito suco como melancia, melão, laranja ajudam na prevenção de doençasdesta época”, exemplifica.

Além disso, vale deixar o ambiente sempre o mais ventilado possível e lembrar da etiqueta da tosse e do espirro: tossir ou espirrar protegendo a boca ou o nariz seja com lenço ou cobrir a boca com a parte interna dos braços.




Instituto Brasiliense de Otorrinolaringologia (IBORL)
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Ansiedade infantil: saiba como identificar sintomas no seu filho



Psicóloga explica que medo, hábito de roer as unhas, vergonha e impaciência são alguns dos sinais mais comuns; atualmente, tecnologia é um dos principais motivos para impaciência das crianças


A ansiedade infantil, muitas vezes, pode ser confundida com birra ou comportamento típico de crianças mimadas. Porém, há alguns sintomas que, se aparecerem em conjunto, podem caracterizar o transtorno. De acordo com Sarah Lopes, psicóloga do Hapvida Saúde, as crianças que têm medo, roem as unhas com frequência, sentem vergonha, têm impaciência e medo de dormir sozinho no seu quarto, fazem xixi na cama, têm fobia escolar e que sempre querem estar perto dos pais são aquelas que, possivelmente, sofrem de ansiedade infantil.

Todos estes sintomas podem variar de acordo com o gênero e idade da criança, mas a ansiedade infantil geralmente afeta pessoas de 6 a 8 anos de idade, fase que elas começam a apresentar autonomia, prejudicando o desenvolvimento e fazendo com que este comportamento seja levado também para a vida adulta. A rotina escolar também é afetada e algumas crianças podem até mesmo perder conteúdos importantes. Já na vida pessoal, pode existir uma limitação e o desenvolvimento de um conceito negativo sobre si mesma, dificultando a sociabilidade.              
         
Para a especialista, o frequente uso da tecnologia é, atualmente, um dos principais fatores para o desenvolvimento da doença. Afinal, hoje em dia, os smartphones e tablets são os “brinquedos” preferidos das crianças e é cada vez mais comum encontrá-las entretidas com os aparelhos, tanto no ambiente domiciliar como também nas escolas e lugares públicos. Desta forma, elas se acostumam muito facilmente com o imediatismo e têm cada vez menos paciência para lidar com tudo que demande um pouco mais de tempo e espera. 

“Atualmente, percebemos uma pressa nas coisas, nas pessoas, na tecnologia. E com as crianças não é diferente. Entre os brinquedos, acontece um descarte de objetos que facilmente viram obsoletos e perdem espaço para aparelhos tecnológicos. O que falta hoje em dia é mais contemplação. Parar e estar atento ao que se faz no momento presente. Ser presença!”, afirma Sarah.

Para a psicóloga, a percepção dos pais é algo fundamental para o tratamento da ansiedade, que devem ficar atentos aos sintomas e perceber o que é real. Ou seja, caso as crianças não queiram ir à escola, a primeira ação dos pais é verificar se existe algo lá que esteja impedindo o desenvolvimento da criança.

 “Pode ser a dificuldade de interagir com as outras crianças, dificuldade com o currículo escolar ou até mesmo bullying. Um único quadro, geralmente, não define a ansiedade infantil, são necessários alguns comportamentos para que o diagnóstico seja preciso”, ressalta Sarah.      

A especialista explica que o comportamento dos pais também pode motivar a ansiedade dos filhos. “Não se diz que é hereditário, mas os pais transmitem este comportamento. Para a terapia cognitiva comportamental, somos frutos do meio, assim, se os pais apresentam comportamento ansioso, os filhos vão entender que é assim que o mundo funciona. São os pais os primeiros transmissores de como devemos ver, ouvir e agir diante das situações”, afirma.       

O transtorno pode ser tratado de acordo com a intensidade da ansiedade e idade da criança. A família também deve ser avaliada e, se for o caso, também tratada. Atualmente, a terapia cognitiva comportamental trabalha de forma positiva com essas crianças, fazendo com que percebam aos poucos o que conseguem fazer e o quanto as ideias negativas atrapalham o seu desenvolvimento.






terça-feira, 27 de junho de 2017

Câncer de próstata: exame de toque e PSA são altamente recomendados para homens com mais de 50 anos



Especialista diz que, diante de suspeita de câncer, ultrassom transretal, biópsia e até ressonância magnética costumam ser realizados

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens brasileiros, ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no ano passado surgiram mais de 60 mil novos casos da doença. Ainda assim, o índice de sobrevida desse tipo de câncer chega a 96% e se apoia fortemente no diagnóstico precoce. Daí a importância de campanhas que estimulem homens com mais de 50 anos a fazer anualmente exames de toque e PSA.

Para a investigação de câncer de próstata, o exame de toque não oferece altas taxas de sensibilidade quando realizado isoladamente. Por outro lado, quando associado ao exame PSA (antígeno prostático específico), a dupla oferece 92% de acerto no diagnóstico. Por isso é tão importante conhecer em detalhes esse exame laboratorial. Quanto maior o nível de PSA no sangue, maior também é a chance de o paciente ter câncer de próstata. De acordo com o médico urologista e ultrassonografista Leonardo Piber, do CDB Medicina Diagnóstica, em São Paulo, é fundamental que homens entre 50 e 75 anos se submetam a esse simples rastreamento todos os anos. 

“Pesquisa realizada em nosso serviço mostrou casos de pacientes com exame de toque alterado, ou seja, evidenciando nódulo, mas que apresentavam um PSA dentro dos limites de normalidade. Nestes casos, a ultrassonografia transretal confirmou a presença do nódulo e a biópsia diagnosticou câncer. Isso ressalta a extrema importância do exame de toque. Sabemos que o habitual é ocorrer alteração do PSA, mas há casos em que isso não acontece. Essa pesquisa foi apresentada no Congresso Sul Brasileiro de Urologia no ano passado”, diz Piber.

Conhecer os fatores de risco para o câncer de próstata contribui muito para evitar negligência ou alarmismo, garante o médico. “A maioria dos casos acontece por volta dos 65 anos, mas a investigação diagnóstica deve acontecer entre 50 e 75 anos. Quando há parentes diretos que já enfrentaram a doença, é recomendado iniciar os exames anuais mais cedo, a partir dos 40 anos. Trata-se também de um tipo de câncer particularmente agressivo para homens obesos ou com uma dieta rica em gorduras”. 

Piber afirma que, quando a análise do sangue detecta alteração importante, normalmente o médico do paciente solicita novos exames de imagem para eventualmente diagnosticar o câncer de próstata em fase inicial, já que a doença oferece boas chances de cura quando tratada logo no começo. “O PSA é uma proteína encontrada em grandes quantidades no sêmen e em pequena quantidade no sangue, mas é o suficiente para indicar quando há risco. Pode acontecer de o nível de PSA estar alto por conta de alguma inflamação ou infecção, ou ainda pelo aumento benigno da glândula prostática. Daí a importância de o médico fazer o toque retal e encaminhar o paciente para exames de imagem, considerando idade, histórico familiar, medicamentos de uso contínuo e até mesmo determinados suplementos que afetam o tamanho da próstata”.

Quando o toque retal e o nível de PSA apontam para o câncer de próstata, Leonardo Piber diz que outros exames costumam contribuir para chegar a um diagnóstico preciso, como o ultrassom transretal e a biópsia. “A ressonância magnética também costuma ser empregada para sabermos a localização exata do tumor, bem como se ele se espalhou pela próstata”.  Independentemente dos exames que serão realizados, o médico chama atenção para o fato de que inicialmente a doença costuma ser assintomática, ou seja, não apresenta sintomas relevantes. Mesmo assim, o paciente pode começar a sentir dificuldade ou dor ao urinar, urgência em urinar (principalmente à noite), urinar em pouca quantidade e mais vezes, verificar sangue na urina, e sentir dor persistente nas costas ou nos quadris.

“Em casos mais graves, quando o câncer de próstata atinge outros órgãos, o paciente também pode ter dor nos ossos, fraqueza generalizada, perda de peso sem motivo aparente, anemia e falência renal. Por se tratar de uma doença com ótimo prognóstico quando diagnosticada e tratada logo no início, é importante que os homens levem a sério os exames preventivos, principalmente essa dobradinha entre toque retal e exame de PSA assim que atingem a meia-idade”, adverte o médico especialista.




Fonte: Dr. Leonardo Piber -  médico urologista e ultrassonografista do CDB Medicina Diagnóstica, em São Paulo (www.cdb.com.br ) e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia e do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.




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