Pesquisar no Blog

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Descobri que meu marido é gay, o que eu faço?



Diversidade é uma palavra que está na moda e abriu espaço nos últimos anos para uma maior liberdade de ser e de se relacionar, entre outros aspectos. Esta liberdade talvez tenha sido a força motriz para que muitas pessoas hoje assumam uma orientação sexual diferente daquela que haviam vivenciado anteriormente.

Segundo a psicóloga, terapeuta de casal e família, Denise Miranda de Figueiredo, cofundadora do Instituto do Casal, houve um aumento de casos na prática clínica de homens casados com mulheres assumindo sua homossexualidade, assim como mulheres casadas com homens que acabam preferindo se relacionar com mulheres.

“O que vemos hoje em dia é um novo movimento. Algumas famílias estão se deparando com essa situação em que o homem ou a mulher se assume homossexual e decide pelo divórcio para poder viver de acordo com a sua verdadeira orientação sexual”, comenta Denise.

Entretanto, é uma situação complexa e não se resolve de um dia para o outro. Além disso, as decisões que precisam ser tomadas devem ser pensadas com calma, o que não é fácil quando você descobre que o (a) parceiro (a) tem outra preferência sexual. “Ninguém está preparado para receber este tipo de notícia”, explica Denise.

Sofrimento em ambos os lados
A pessoa que é homossexual, mas mantém uma relação hetero, vive em dois mundos diferentes. Ele ou ela pode se sentir culpado (a), precisa inventar desculpas o tempo todo, mentir e nos momentos íntimos é possível que o corpo esteja lá, mas a mente não. O sexo pode se tornar desconfortável e causar ressentimento, ou seja, pode-se colocar “culpa” no outro por não vivenciar a sexualidade da forma como ele/ela gostaria”, diz psicóloga, terapeuta de casal e família, Marina Simas de Lima, cofundadora do Instituto do Casal.

Por outro lado, a questão de assumir-se ou não está quase sempre ligada à imagem que essa pessoa tem na sociedade. “Infelizmente, ainda vivemos em uma sociedade homofóbica e moralista. Assumir a homossexualidade, depois de anos de casamento, implica em correr o risco de perder o status, de arranhar a imagem perante a família, os filhos, parentes e amigos e de perder a segurança que essa relação oferecia. Por isso, é comum que muitos homens, principalmente, passem anos casados para fazer isso depois dos 40, 50 anos”, diz Marina.

A um pulo da traição
A outra questão envolvida é que uma pessoa homossexual ou até mesmo bissexual, que está em um casamento hetero, tem mais chance de manter relações sexuais fora do casamento, ou seja, é um passo para a infidelidade. “A traição sempre é um trauma dentro de uma relação, porém quando é com uma pessoa de outro sexo, pode ser um golpe ainda mais duro e difícil de lidar”, comentam as especialistas.

A mulher ou o homem que descobre que seu/sua parceiro (a) é homossexual passa por momentos complicados. “A maioria se culpa, acha que isso aconteceu por alguma falha em si. Tentam de todas as maneiras encontrar onde está o erro, porém não há erros. Trata-se apenas de uma orientação sexual que não está ligada a pessoa”, diz Denise.

Tem solução?
Como diz o ditado popular, a única situação que não tem remédio é a morte. Portanto, é possível resolver sim, mas neste caso é importante procurar uma terapia de casal e família, principalmente quando envolver os filhos.

“Nem sempre as crianças têm maturidade para entender o que é a homossexualidade e que o pai ou mãe estão se separando por conta deste motivo. Mas, cada família tem seu próprio funcionamento e isso deve ser respeitado. A terapia pode ajudar o casal e também os parceiros individualmente. Quem fica precisa entender que não há nada de errado consigo e nem se culpar pelo outro ser homossexual. Quem se assumiu precisa se preparar para enfrentar a sociedade, a família, os amigos”, comenta Marina.

“Contar a verdade é sempre a coisa certa a se fazer. É possível que depois do trauma inicial, alguns casais consigam desenvolver uma amizade e isso é muito importante para aqueles que têm filhos. O casamento é a forma de compromisso mais importante que você pode ter com uma pessoa. É uma escolha que requer confiança e honestidade sobre todos os aspectos, inclusive no que tange as preferências sexuais”, concluem as especialistas.




Obesidade pode atingir mais da metade das mulheres no Brasil e se torna desencadeadora de doenças graves e crônicas



Diabetes; infertilidade; ansiedade; depressão; problemas cardiovasculares; cânceres; e o aumento da pressão arterial são algumas das possíveis consequências do sobrepeso, que atinge mais da metade da população feminina (53,8%), e principalmente da obesidade, que está presente em 19,6% das mulheres brasileiras.
De acordo com o médico e diretor do Instituto Mineiro de Obesidade (IMO), Leonardo Salles, é importante que quando se deseja tratar o peso é justamente, não tratar somente o peso, pois esse é apenas um sintoma do problema. “Temos que discutir a síndrome da obesidade, debatendo suas causas, que acabam por levar ao ganho de peso. Independente da técnica utilizada para a perda de peso, o fundamental é abordar a obesidade como síndrome que é, abordando seus fatores desencadeantes, com boa psicoterapia, reeducação alimentar, incorporando a atividade física no dia a dia, e aceitando a necessidade da mudança de estilo de vida”, afirma.
Conforme uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Verhum, mulheres obesas submetidas à fertilização in vitro tiveram uma taxa de abortamento espontâneo de 66,6%, contra 17,8% entre aquelas que tinham sobrepeso e 13,8% entre as que estavam no peso normal.
Segundo Leonardo Salles, no âmbito da fertilidade feminina, a obesidade além de dificultar a gravidez natural ou por técnicas de reprodução assistida, também provoca o aumento das possibilidades de aborto, prematuridade, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, infecções pós-parto e a geração de filhos com propensão a obesidade. “O fator principal que influencia na infertilidade da mulher obesa é o excesso de estrogênio (hormônio sexual feminino). A produção deste hormônio está diretamente associada a gordura corporal, e o seu excesso causa um desequilíbrio hormonal que pode impedir a ovulação, e por consequência a diminuição das chances de gravidez e instalação da infertilidade”, explica.
Outra doença que já foi associada aos homens, mas que atualmente está se sobressaindo dentre as mulheres é o diabetes. Cerca de 9,9% das mulheres brasileiras declarou ter diabetes em 2016, contra 7,8% dos homens, segundo uma pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde.
Geralmente, o diabetes afeta pessoas com menos anos de estudo e acima dos 55 anos. As mulheres com mais de 35 anos com obesidade abdominal, hipertensão arterial e triglicérides elevados são o público com maior risco de desenvolver a doença.
Leonardo Salles esclarece que a obesidade abdominal ocorre entre pessoas com circunferência da cintura acima de 88 cm, no caso das mulheres, e de 102 cm, nos homens. “E este tipo de obesidade em mulheres também podem desenvolver o diabetes gestacional, desencadeado por alterações no metabolismo materno e agravada pelo ganho de peso excessivo durante a gestação, idade materna avançada e quadro de hipertensão arterial. Na maioria dos casos, o diabetes gestacional desaparece após o nascimento do bebê, mas a condição aumenta as chances de a mulher desenvolver doenças cardiovasculares e a probabilidade de apresentar a doença após a menopausa”, aponta.
Ainda segundo dados levantados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), houve um crescimento na quantidade de mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC) entre as mulheres de 2010 a 2015. A quantidade de óbitos por AVC é praticamente igual entre os sexos, sendo 50.251 de homens e 50 252 de mulheres em 2015. Mas a diferença é que há uma tendência de queda na porcentagem de casos dentre os homens e o oposto está acontecendo com as mulheres.
Por fim, uma pesquisa da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer, da Organização Mundial de Saúde, e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, constatou que o sobrepeso e a obesidade são causadores dos principais cânceres que atingem a população feminina, são eles: câncer de colo do útero, endométrio, mama, útero e ovário.



DESEJO POR VIVER MUDA DE ACORDO COM OS HÁBITOS E A SAÚDE



Dores prejudicam o comportamento social e reduzem a ambição por longevidade


Uma nova pesquisa realizada entre setembro e outubro de 2017 revelou que os homens desejam viver mais que as mulheres. Entitulada "Saúde e qualidade de vida: a relação com os pés, tornozelos e joelhos", a consulta mostra ao longo de suas 64 páginas que o desejo por longevidade muda também de acordo com os hábitos, a saúde e a própria idade.

O levantamento mostra que o homem brasileiro deseja viver em média 90 anos e 10 meses. Já a mulher, afirma querer viver 88 anos e 7 meses. Somente 24% dos homens e 16% das mulheres desejam viver por mais de 100 anos:


"Através de um método chamado regressão múltipla, conseguimos concluir a estreita relação de bons hábitos com a longevidade" afirma o octagenário Thomas Case, um dos autores do estudo, que lista os resultados mais alarmantes:

1. Fumantes apresentam um desejo por longevidade quase 5 anos menor que os não fumantes. Na amostra, 8,9% dos homens e 7,4% das mulheres fumam.

2. Os que consomem bebidas alcoólicas não querem viver tanto quanto aqueles que não bebem. Para cada dia da semana que a pessoa tem o hábito de beber, o desejo de vida diminui em 4 meses.

3. Pessoas que fazem exercícios aeróbicos todos os dias querem viver 4 anos mais que os que não fazem essas atividades.

4. Pessoas que consideram sua saúde excelente desejam viver 40 anos mais do que aquelas com saúde ruim.

5. Quanto mais velha, mais a pessoa quer viver. Cada ano de vida, aumenta o desejo de longevidade em 4 meses.

6. Dores nos pés prejudicam a expectativa por longevidade. Os respondentes da pesquisa apontaram redução em aproximadamente 4 meses para cada nível de dor a mais.




"A dor nos pés prejudica a saúde, a atividade física e o comportamento social. Isso tudo se traduz em menos desejo por viver. O exercício físico é um grande aliado da nossa saúde e influencia positivamente no nosso próprio desejo de viver. A dor, por outro lado, prejudica a qualidade de vida e a ambição pela vida longa!" conclui Case.

O desejo de viver mais está intimamente relacionado com o que o ser humano faz no dia a dia. Comportamentos não saudáveis são traduzidos em menos expectativa por longevidade, enquanto bons hábitos refletem não só mais desejo como também em mais longevidade real.

A consulta foi realizada com 3.316 brasileiros e traz ainda dados sobre doenças crônicas e também características dos pés, tornozelos e joelhos da amostra. O estudo completo e dicas de prevenção e alívio de dores estão disponíveis ao público em www.pessemdor.com.br



Posts mais acessados