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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Inverno aumenta casos de cistite



Médico da Fundação Pró-Rim alerta para como diagnosticar, prevenir e tratar


É comum no Inverno as pessoas “segurarem” a urina por mais tempo, devido ao frio, e o que muitos não sabem é que essa atitude pode evoluir tanto para inflamação quanto infecção. O alerta é do médico nefrologista Dr. Paulo Cicogna, da Fundação Pró-Rim, referência nacional em tratamento e transplantes renais.  

Ele explica que cistite é a inflamação da bexiga, órgão que armazena a urina. Afeta mais as mulheres por questões anatômicas, mas os homens também não estão livres da doença. Esta inflamação, segundo o médico, também pode ser causada por alguns medicamentos, principalmente os que são utilizados no tratamento do câncer.

A cistite provoca dor intensa porque a bexiga é um órgão muito sensível e o mecanismo de encher e esvaziar ao urinar, provoca distensão e contração de um órgão doente. “É uma reação involuntária e por isso mesmo, durante um episódio de cistite, aumenta o número de vezes que a pessoa sente necessidade de urinar, justamente para evitar estas distensões e contrações”, explica o médico.

O médico esclarece que a suspeita da doença pode ser detectada pelo forte odor e a coloração, mas o diagnóstico é sempre feito através do exame de urina com cultura e acrescenta que a cistite simples não provoca febre. “Caso ela ocorra, há o comprometimento sistêmico, ou seja, a infecção é agressiva”.

Ele ainda enumera alguns sintomas importantes da cistite como dor no baixo ventre, dor ou ardência para urinar e aumento do número de micções. No entanto, descarta alguma relação entre cistite e corrimento vaginal, que sempre será um sintoma de doença ginecológica.

Também define como reduzida a relação com a doença renal, a não ser que os antibióticos utilizados para o seu tratamento causem lesão renal ou em casos específicos, de infecções de repetição. Diante destes sintomas, alerta para a necessidade de procurar atendimento médico.

Existem maneiras de prevenir a cistite? O médico garante que algumas medidas podem ajudar. Entre elas: ingerir bastante líquido, de preferência água e procurar urinar a cada três horas, principalmente as mulheres.





Fundação Pró-Rim





Crianças e idosos são os mais afetados por doenças típicas do inverno



 











Coriza, tosse e espirros podem ser sintomas de resfriado ou gripe, comuns nesta época do ano


   Shutterstock

A combinação entre o frio e baixa umidade do ar pode ser sinônimo de resfriados e gripes. Durante o inverno, estação que teve início nesta semana, além dos sintomas típicos da temporada como coriza e tosse, o clima de Brasília interfere diretamente na qualidade de vida da população, principalmente em crianças e os idosos.

Entre as doenças mais comuns desta época estão os resfriados, caracterizados por coriza, entupimento do nariz, espirros e até febre baixa ou dor de garganta. Com sintomas parecidos com o do resfriado, a gripe se diferencia por ser mais intensa, já que é causa pelo vírus da influenza e pode ser transmitida por gotículas de tosse ou do espirro da pessoa infectada. “Neste caso, o paciente deve ficar de repouso e se hidratar muito”, ressalta o médico Jairo de Barros, do Instituto Brasiliense de Otorrinolaringologia (IBORL).

Depois de episódios de gripes ou resfriados pode surgir a inflamação ou infecção do ouvido, chamada de otite. “O sintoma inicial é um entupimento do ouvido e muita dor. Pode ocorrer uma supuração e sair secreção ou até mesmo pus do ouvido afetado”, explica o otorrinolaringologista. 

As crianças, devido convívio em escolas e creches, podem contaminar mais facilmente umas às outras. A permanência em ambientes fechados também favorece a propagação das doenças. “O ideal é que quando a criança estiver doente, ela fique de repouso e não vá para a creche ou escola para evitar o contágio em outros alunos”, sugere o especialista. Os idosos podem ter imunidade mais baixa associada e a outras doenças como diabetes, doenças cardíacas, renais, enfisema pulmonar, câncer.

A rinite e a sinusite também aumentam muito no inverno. O especialista explica que isso acontece devido a maior exposição aos vírus e alergenos (substâncias que causam alergia: poeira, mofo, poluição) nesta época do ano. “Em alguns casos, lavando o nariz com soro e aplicando medicações que diminuem essa inflamação, podemos controlar a sinusite sem o uso de antibiótico”, aconselha o doutor Jairo.

Com dicas simples para o dia a dia, é possível tentar evitar as doenças de inverno. “Manter o ambiente arejado, lavar as mãos com frequência, beber muita água, dar preferência para frutas com muito suco como melancia, melão, laranja ajudam na prevenção de doençasdesta época”, exemplifica.

Além disso, vale deixar o ambiente sempre o mais ventilado possível e lembrar da etiqueta da tosse e do espirro: tossir ou espirrar protegendo a boca ou o nariz seja com lenço ou cobrir a boca com a parte interna dos braços.




Instituto Brasiliense de Otorrinolaringologia (IBORL)
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Ansiedade infantil: saiba como identificar sintomas no seu filho



Psicóloga explica que medo, hábito de roer as unhas, vergonha e impaciência são alguns dos sinais mais comuns; atualmente, tecnologia é um dos principais motivos para impaciência das crianças


A ansiedade infantil, muitas vezes, pode ser confundida com birra ou comportamento típico de crianças mimadas. Porém, há alguns sintomas que, se aparecerem em conjunto, podem caracterizar o transtorno. De acordo com Sarah Lopes, psicóloga do Hapvida Saúde, as crianças que têm medo, roem as unhas com frequência, sentem vergonha, têm impaciência e medo de dormir sozinho no seu quarto, fazem xixi na cama, têm fobia escolar e que sempre querem estar perto dos pais são aquelas que, possivelmente, sofrem de ansiedade infantil.

Todos estes sintomas podem variar de acordo com o gênero e idade da criança, mas a ansiedade infantil geralmente afeta pessoas de 6 a 8 anos de idade, fase que elas começam a apresentar autonomia, prejudicando o desenvolvimento e fazendo com que este comportamento seja levado também para a vida adulta. A rotina escolar também é afetada e algumas crianças podem até mesmo perder conteúdos importantes. Já na vida pessoal, pode existir uma limitação e o desenvolvimento de um conceito negativo sobre si mesma, dificultando a sociabilidade.              
         
Para a especialista, o frequente uso da tecnologia é, atualmente, um dos principais fatores para o desenvolvimento da doença. Afinal, hoje em dia, os smartphones e tablets são os “brinquedos” preferidos das crianças e é cada vez mais comum encontrá-las entretidas com os aparelhos, tanto no ambiente domiciliar como também nas escolas e lugares públicos. Desta forma, elas se acostumam muito facilmente com o imediatismo e têm cada vez menos paciência para lidar com tudo que demande um pouco mais de tempo e espera. 

“Atualmente, percebemos uma pressa nas coisas, nas pessoas, na tecnologia. E com as crianças não é diferente. Entre os brinquedos, acontece um descarte de objetos que facilmente viram obsoletos e perdem espaço para aparelhos tecnológicos. O que falta hoje em dia é mais contemplação. Parar e estar atento ao que se faz no momento presente. Ser presença!”, afirma Sarah.

Para a psicóloga, a percepção dos pais é algo fundamental para o tratamento da ansiedade, que devem ficar atentos aos sintomas e perceber o que é real. Ou seja, caso as crianças não queiram ir à escola, a primeira ação dos pais é verificar se existe algo lá que esteja impedindo o desenvolvimento da criança.

 “Pode ser a dificuldade de interagir com as outras crianças, dificuldade com o currículo escolar ou até mesmo bullying. Um único quadro, geralmente, não define a ansiedade infantil, são necessários alguns comportamentos para que o diagnóstico seja preciso”, ressalta Sarah.      

A especialista explica que o comportamento dos pais também pode motivar a ansiedade dos filhos. “Não se diz que é hereditário, mas os pais transmitem este comportamento. Para a terapia cognitiva comportamental, somos frutos do meio, assim, se os pais apresentam comportamento ansioso, os filhos vão entender que é assim que o mundo funciona. São os pais os primeiros transmissores de como devemos ver, ouvir e agir diante das situações”, afirma.       

O transtorno pode ser tratado de acordo com a intensidade da ansiedade e idade da criança. A família também deve ser avaliada e, se for o caso, também tratada. Atualmente, a terapia cognitiva comportamental trabalha de forma positiva com essas crianças, fazendo com que percebam aos poucos o que conseguem fazer e o quanto as ideias negativas atrapalham o seu desenvolvimento.






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