Especialista
alerta para os cuidados que pacientes que enfrentam câncer devem tomar na hora
de viajar; Confira as principais indicações
Durante o
tratamento contra o câncer, muitos pacientes se queixam por ter que abrir mão dos
momentos de lazer, como viagens, por receio dos efeitos colaterais das
medicações, porém, tomando os devidos cuidados, é possível conciliar o
tratamento com o período de férias. Para quem já está com o passeio marcado, o
primeiro passo é consultar o médico para receber as orientações e cuidados mais
indicados para o seu caso. Vale também levar em consideração o estágio do
tratamento, há fases em que o paciente pode estar com o sistema imunológico
muito fragilizado ou estar fisicamente indisposto.
Para o oncologista Felipe Ades, do
Centro Paulista de Oncologia (CPO), unidade São Paulo do Grupo Oncoclínicas, é
preciso se planejar antes de embarcar. "Tenha um hospital de referência no
destino para possíveis emergências, em particular para viagens internacionais.
Contrate um seguro viagem e leve também um relatório do seu médico com o caso
clínico detalhado", orienta.
Para garantir uma viagem sem
imprevistos, o ideal é que o indivíduo esteja acompanhado e sempre respeite os
limites do próprio corpo, evitando excessos e garantindo o seu bem-estar. Em
decorrência do tratamento, muitos pacientes ficam mais propensos à trombose,
por isso, é preciso avaliar com cuidado a quantidade de horas de voo. A
alimentação também merece devida atenção.
"Muitos pacientes podem estar
com o trato gastrointestinal irritado pelo tratamento, por isso é recomendado
evitar pratos que não esteja habituado e ter cuidado ao ingerir alimentos crus,
principalmente na rua", complementa Ades.
Alguns medicamentos da quimioterapia
podem deixar a pele fragilizada e aumentar a sensibilidade das células, quando
exposta ao sol, podem gerar manchas ou até mesmo queimaduras. Para aqueles que
pretendem ir à praia, devem optar por um filtro solar com um alto fator,
reaplicado de hora em hora, chapéu e ter atenção ao período de exposição solar
prolongada. Vale ressaltar que protetor solar é apenas um componente de
segurança e não permite um tempo ilimitado debaixo do sol, em especial entre às
10h e 16h, quando os raios são mais fortes. Pacientes que estão realizando
radioterapia, devido à pele já apresentar radiação decorrente do tratamento,
não é recomendado se expor ao sol.
"É bom evitar grandes
aglomerações, como shows de música e estádios de esporte. Mas em geral, se o
paciente adotar todas as recomendações, é possível sim desfrutar uma viagem
tranquila durante o tratamento oncológico", finaliza o oncologista.
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