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domingo, 22 de outubro de 2017

Especialistas explicam confusão de sentimentos que pode afetar a autoestima e o bem-estar



Todo mundo conhece alguém que vive um relacionamento infeliz, mas não abre mão do(a) companheiro(a). Quando a pessoa é questionada, responde simplesmente que ama o outro e não saberia viver sem ele(a). Mas, será que isso é mesmo amor?
Para Carla Zeglio e Oswaldo M. Rodrigues Jr., psicólogos e especialistas em casais e sexualidade, não. Quem se submete a um relacionamento ruim confunde paixão com carência. “Geralmente são pessoas que idealizaram o amor enquanto paixão e temem ficar sozinhas, e por isso não se gostam, tem baixa autoestima. Elas não conseguem enxergar que o amor não requer viver em punição, em sofrimento, que é pra gente ser feliz e trocar esse sentimento com o outro”, conta Carla.
Uma diferença importante a se fazer sempre será a função deste relacionamento. Algumas pessoas mantém relacionamentos ruins para evitar mal-estares, inclusive o de ficar solitária.
E o grande perigo desta confusão ocorre justamente pela “cegueira”. Oswaldo lembra que a carência não percebida ou não assumida é, inclusive, um dos principais motivos pelos quais muitos indivíduos se submetem a relacionamentos abusivos e têm dificuldade de sair do ciclo de agressões, violência e humilhações que ocorrem neste tipo de relação. “Aqui a pessoa tenta evitar algo qe considera pior do que o que está vivendo, diferente de viver algo que traga a satisfação de necessidades, o bem estar, o amor!”
“Quem não ama a si próprio não consegue entender que pode ficar bem na própria companhia e teme a solidão. Não admite que seu sentimento seja carência e encontra desculpas para cada reação explosiva do(a) companheiro(a)”, diz Oswaldo.
Por meio de psicoterapia é possível distinguir os sentimentos e aumentar a autoestima, essa sensação de que gostamos de nós mesmos, como resultado de nossas ações e interação nos relacionamentos. “É preciso aprender a viver bem sozinho (a) para poder aprender a viver bem com o outro. Enquanto isso não ocorrer, a pessoa vai trocando de relação sem nunca encontrar a verdadeira felicidade e amor”, orienta Carla.





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