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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Quanto maior o peso na balança, maior o risco de gordura no fígado


 Excesso de peso requer atenção pois pode afetar o fígado e desenvolver esteatose hepática

Você costuma abusar de comidas gordurosas? Com a correria da vida moderna, muitas vezes fica difícil ter uma alimentação saudável, e ainda conseguir um tempo para praticar uma atividade física. O problema é que além destes fatores estarem relacionados com a obesidade, podem afetar um órgão muito importante, o fígado, ocasionando sérios problemas para a saúde.
A gordura acumulada no fígado, conhecida como esteatose hepática é cada vez mais diagnosticada nos consultórios médicos. O fígado humano possui normalmente pequenas quantidades de gordura. Porém, quando ela ultrapassa 10% do peso, caracteriza-se um quadro de esteatose. “É uma doença muito comum e a tendência é que se torne ainda mais”, comenta o gastroenterologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, de Curitiba, Dr. Alcindo Pissaia Junior. 


Causas e Sintomas

De acordo com a Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite (ABPH), atualmente 80% dos pacientes com sobrepeso têm acúmulo de gordura no fígado. Mas, apesar de ser um problema de saúde que afeta pessoas com sobrepeso, outros fatores que favorecem o acúmulo anormal de gordura no fígado são o diabetes tipo 2, a resistência à insulina, má alimentação, colesterol elevado e o uso excessivo de álcool. 

O médico explica que Inicialmente a esteatose é silenciosa e não apresenta sintomas. “Nessa fase, muitas vezes a doença é descoberta por meio de exames de rotina por meio de ecografia abdominal e exame de sangue”, afirma. Por isso é tão importante a realização de um check-up periódico. 


Diagnóstico e tratamento

O problema é que se a doença não for diagnosticada ainda em seu estágio inicial, pode trazer sérias complicações. A gordura em excesso por muito tempo pode provocar inflamação do fígado. “Pode evoluir para cirrose e até mesmo câncer”, orienta Dr. Alcindo. 

O tratamento é feito principalmente com mudança de hábitos de vida. Se a causa for diabetes, por exemplo, o paciente deve manter a glicemia sob controle; se for obesidade, deve-se dar atenção à perda de peso, reeducação alimentar, e prática de exercícios físicos.



Doenças oculares tem maior incidência em mulheres


Alterações hormonais podem comprometer a visão no gênero feminino


Doenças oculares como degeneração macular (por idade), retinopatia diabética, olho seco e catarata têm maior incidência no gênero feminino. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), duas em cada três pessoas afetadas pela cegueira no mundo são mulheres. As causas dessas doenças vão desde a predisposição genética, hormonal e imunológica até o fato das mulheres viverem mais do que os homens, passando por questões sociais e ambientais.

Uma das principais causas de doenças oculares nas mulheres é a menopausa, isso se deve pelas intensas mudanças hormonais. "Além dos sintomas comuns como insônia, mudanças de humor e ondas de calor, a mulher pode se queixar, ainda, de problemas oculares como a síndrome do olho seco, sensibilidade à luz e coceira nos olhos e instabilidade da visão. Catarata e glaucoma podem ser desenvolvidos nessa fase", explica oftalmologista e Professor da USP, Dr. Rony Preti, fundador do Preti Eye Institute.

Gestantes também podem ter a visão prejudicada devido às alterações hormonais, apresentando olho seco, visão embaçada, sensibilidade à luz e coceira nos olhos. Indícios da pré-eclâmpsia, hipertensão arterial específica da gestação, podem ser identificados por meio de sintomas oculares. "Pacientes com esse diagnóstico podem apresentar até perda de visão temporária por descolamento de retina, sensibilidade à luz e visão embaçada por mudança do grau dos óculos. Caso a gestante apresente esses sintomas, é necessário procurar imediatamente atendimento médico", alerta.

Caso a gestante seja diabética, a visão, também pode ser comprometida, apresentando problemas de nitidez e foco. Além disto, se a paciente já tiver um machucado no olho pelo diabetes, que é chamado de retinopatia diabética, a doença pode progredir rapidamente levando ao descolamento de retina ou sangramento dentro do olho causando assim, a cegueira. "A taxa elevada de açúcar no sangue, no caso de pacientes diabéticas, pode danificar os vasos sanguíneos que alimentam a retina", explica o especialista.

Doença ocular comum em pacientes acima de 60 anos, a degeneração macular também tem maior incidência entre as mulheres, afetando tanto a visão de longe quanto de perto, o que pode causar a perda gradual da visão central. "Entre as causas da doença estão a idade, o tabagismo e, também hereditariedade", finaliza o especialista.






Preti Eye Institute
www.pretieyeinstitute.com.br




Doença do corredor afeta até 12% das pessoas que praticam o esporte


Praticar esportes é fundamental para manter a saúde em dia. Entretanto, dependendo do esporte praticado e da periodicidade, é possível desenvolver lesões relacionadas ao uso excessivo do sistema musculoesquelético.

Pessoas que correm todos os dias e, principalmente, aquelas que correm longas distâncias, podem desenvolver a chamada síndrome do atrito da banda iliotibial, mais conhecida como ‘doença do corredor’. No grupo de risco também entram ciclistas e jogadores de futebol.

Segundo a fisioterapeuta Walkiria Brunetti, especialista em dor, RPG e Pilates, o trato iliotibial é uma estrutura complexa que parte dos quadris e vai até a parte inferior dos joelhos. “O trato iliotibial é formado pela união dos músculos glúteo máximo, médio e tensor da fáscia lata. Sua função é estabilizar os joelhos junto com o tendão femoropatelar lateral, que mantém a posiçao da patela. Sem isso, a patela se deslocaria para a parte interna do joelho”.

“A doença do corredor é muito comum em pessoas que praticam corrida e pode afetar entre 10 a 12% deste público. A causa principal é o uso excessivo e repetitivo da estrutura, que leva a um quadro inflamatório. Os principais sintomas são dor na face externa dos joelhos que aparece durante a corrida. Quem treina em terrenos com subidas e descidas tem maior risco de apresentar o problema”, explica Walkiria.


Outros riscos
 
O overuse não é o único fator de risco. A anatomia individual também pode influenciar e levar à inflamação. Pessoas com encurtamento da musculatura da panturrilha, com pé chato (pé plano) apresentam mais risco. E para variar, a doença do corredor afeta mais mulheres que homens. Vale ressaltar que não é só a corrida que pode levar ao problema, já que a síndrome também atinge com frequência mulheres idosas e obesas.


Elas sofrem mais
 
Estudos sobre a biomecânica do corpo humano apontam que a maior prevalência da doença do corredor nas mulheres está ligada a uma maior relação entre a largura da pelve e o comprimento do fêmur nelas.

“Essa característica do corpo feminino gera um maior movimento adutor do quadril e leva à sobrecarga da musculatura lateral para manter o equilíbrio da pelve. As mulheres, durante a corrida, apresentam maior atividade da musculatura adutora e maior grau de rotação interna do quadril, o que também leva à sobrecarga do trato iliotibial”, explica a especialista.


Dor é o principal sintoma
 
A dor do lado de fora do joelho é o principal sintoma. Segundo Walkiria, costuma surgir no início da corrida ou do esporte, obrigando a pessoa a parar a atividade. “Se a corrida for em declive, a dor pode ser ainda mais intensa. Dobrar o joelho também pode ser bem dolorido”.


O papel da fisioterapia
 
Após o diagnóstico feito pelo médico, o tratamento costuma ser conservador, com uso de medicamentos anti-inflamatórios e fisioterapia. “Na fase aguda usamos crioterapia (gelo) e aparelhos para diminuir a inflamação. Depois, é preciso fazer exercícios para fortalecimento muscular das pernas e liberação miofascial”, diz Walkiria.

Já quando há problemas anatômicos, com uma perna mais curta que a outra ou pé plano, por exemplo, é recomendado o uso de palmilhas feitas sob encomenda. Walkiria chama a atenção para a necessidade de se afastar por um tempo da atividade que levou ao problema.

“Dependendo da extensão da lesão, pode ser que ao retomar a corrida, a inflamação retorne. Assim, a pessoa deve encontrar uma nova modalidade esportiva para não sobrecarregar tanto essa estrutura, além de fazer repouso nos meses iniciais do tratamento”.

“Correr é muito bom e traz diversos benefícios para a saúde. Entretanto, é necessário ter um bom condicionamento físico e fazer exercícios para fortalecer a musculatura envolvida, assim como para liberação miofascial. Essas duas estratégias podem ajudar a evitar a lesão do trato iliotibial, entre outras lesões”, recomenda Walkiria.

Com um último conselho para os apaixonados por corridas, a dica é iniciar a atividade de forma gradativa até desenvolver o condicionamento físico adequado para as necessidades desta prática esportiva.


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