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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Estresse aumenta risco cardiovascular em crianças e jovens com excesso de peso


Crianças e adolescentes com excesso de peso, normalmente associado à depressão e ansiedade, tendem a apresentar níveis mais elevados de colesterol. Por isso, o seu tratamento, além do procedimento-padrão de dieta e rotina saudáveis, deve incluir abordagem multidisciplinar e avaliação de riscos psicossociais


Em estudo descrito em sua tese de doutorado em psicologia, que acaba de ser apresentada à Pontifícia Universidade Católica de Campinas, a professora Anita Colletes Bellodi constatou que, sob estresse, crianças e adolescentes com excesso de peso tendem a apresentar níveis de colesterol mais elevados, fator que aumenta os seus riscos cardiovasculares. Num universo de 3.471 estudantes de sete a 13 anos, matriculados em escolas públicas do município, 33,7% apresentavam excesso de peso (sendo 17,5% obesos e 16,2% com sobrepeso).

Em outro recorte de sua monografia, a cientista compilou amplos dados da literatura referente ao excesso de peso na faixa etária entre três e 18 anos. Verificou que a depressão e a ansiedade estão mais presentes em obesos e nos que têm sobrepeso do que naqueles com peso normal.

O trabalho da professora também abordou estudo com 80 participantes, sendo 40 pacientes, de três a 17 anos, do ambulatório de endocrinologia de um hospital campineiro, e os seus 40 cuidadores familiares (mães, pais ou outro responsável). Verificou-se que a origem do excesso de peso nas crianças e adolescentes está associada a problemas com a saúde das mães, principalmente diabetes e complicações na gravidez e no parto. Conclui-se, ainda, que os pacientes com características de afeto negativo têm mais dificuldade para lidar com situações de estresse, depressão e ansiedade.

Em sua monografia, considerando os resultados dos três estudos abordados no trabalho, a professora Anita Colletes Bellodi observa ser insuficiente o tratamento para excesso de peso baseado exclusivamente em hábitos saudáveis, exercícios físicos, dieta adequada e procedimentos clínicos padronizados. "Para prevenção de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes, sugere-se mais foco na saúde materna e ações que reduzam o risco psicossocial, incluindo a avaliação do estresse e suas causas", observa a psicóloga.





Socesp - Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo


Câncer: consumo de cigarro light, eletrônico ou narguilé também são responsáveis pela doença


Consumo de tabaco pode ampliar em cerca de 20 vezes o risco de surgimento do câncer de pulmão e de quatro a dez vezes mais chances de desenvolver ao menos 13 outros tipos de câncer


Com mais de 21 milhões de fumantes no Brasil, o tabagismo é responsável por cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão de acordo com Instituto Nacional de Câncer (INCA). Apesar de muitas pesquisas levantarem os malefícios causados pelos cigarros tradicionais, as alternativas como os cigarros light, eletrônicos ou narguilés também podem ser prejudiciais à saúde.


Cigarro light

Cientistas da Ohio State University, nos Estados Unidos, apontaram que o cigarro do tipo light pode ser a razão do aumento de um câncer chamado adenocarcinoma pulmonar, muito comum entre fumantes, bastante agressivo e de difícil remoção cirúrgica. Durante o estudo, os pesquisadores perceberam que o consumo excessivo desses cigarros pode estar diretamente ligado ao aumento dos casos nos últimos 50 anos.

Isso porque os cigarros do tipo light foram desenvolvidos com filtros minúsculos. Os furos de ventilação do filtro permitem que os fumantes inalem mais fumaça, responsável por aumentar os níveis de produtos químicos e outras toxinas no organismo. Considerada uma opção menos agressiva que os demais cigarros comercializados no mercado, hoje essa ideia já é contestada por toda a comunidade médica. 

Segundo a oncologista Dra. Mariana Laloni, do Centro Paulista de Oncologia (CPO), unidade paulista do Grupo Oncoclínicas, existem dois tipos principais de câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. "O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes", comenta.


Cigarro eletrônico

Um estudo publicado esta semana na revista científica Thorax, realizado pela Universidade de Birmingham, revelou que o vapor inalado através do cigarro eletrônico pode debilitar as células que protegem os tecidos pulmonares. Os macrófagos alveolares – importantes células que promovem o controle de elementos estranhos no corpo – que foram expostos ao vapor apresentaram danos maiores em relação à exposição apenas ao líquido do dispositivo.

Essa não foi a primeira pesquisa que evidenciou os perigos do cigarro eletrônico. Outro estudo elaborado por pesquisadores da faculdade de medicina da Universidade de Nova York relacionou o uso do o cigarro eletrônico ao aumento do risco de câncer e doenças cardíacas.

A Dra. Mariana Laloni conta que, apesar de conter menos substâncias cancerígenas que os cigarros convencionais, o cigarro eletrônico, principalmente após o uso prolongado, ainda apresenta riscos e não deve ser considerado uma opção segura.


Narguilé

O Narguilé é um cachimbo que traz um fumo feito de tabaco, melaço e frutas ou aromatizantes. Por conter água e um mecanismo de filtragem, difundiu-se a ideia de que o seu consumo pode ser menos prejudicial à saúde, mas na realidade, ele pode ser tão ruim quanto os cigarros tradicionais.

De acordo com uma estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma sessão de narguilé, que dura em média de 20 a 80 minutos, equivale a fumar cerca de cem cigarros.

A oncologista ainda afirma que as outras formas de consumo de tabaco (como narguilé, charuto, cachimbo e cigarros eletrônicos) são responsáveis por ampliarem em cerca de 20 vezes o risco de surgimento do câncer de pulmão e de quatro a dez vezes mais chances de desenvolver ao menos 13 outros tipos de câncer: de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, rim, bexiga, colo de útero, ovário e alguns tipos de leucemia.






Grupo Oncoclínicas


Transitions lista cuidados essenciais para preservar a saúde ocular infantil


Os olhos merecem atenção em qualquer idade, mas um cuidado dedicado à visão na infância é primordial. Até os dois primeiros anos, o tamanho do olho e a capacidade de enxergar das crianças alcançam um desenvolvimento de 90%, ou seja, elas devem receber os estímulos adequados para sua formação completa nesse período. Estima-se que cerca de 15% das crianças em idade escolar apresentam problemas oculares, que podem influenciar diretamente o comportamento e o desempenho acadêmico.

A detecção e o tratamento precoce de doenças oculares nas crianças são muito importantes não só para evitar o comprometimento visual permanente, já que algumas doenças oculares só têm tratamento na infância, como também evitar atraso no desenvolvimento motor, sensorial e intelectual. Para entender como orientar e estar atento aos sinais que podem indicar problemas na visão, a Dra. Márcia Beatriz Tartarella, diretora da Sociedade de Oftalmologia Pediátrica da América Latina, esclarece as principais dúvidas e dá dicas importantes para o dia a dia.


Orientar as brincadeiras e evitar peças pontiagudas são medidas essenciais

É muito comum encontrar pais desesperados nos prontos-socorros por conta de algum objeto que caiu ou que foi colocado pela criança nos olhos. Por isso, é preciso redobrar os cuidados e dificultar o acesso à brinquedos que possuam alguma peça pontiaguda, e coibir brincadeiras de força ou violência que podem levar objetos em direção aos olhos. Em casa, deve-se manter copos de vidro, facas e tesouras fora do alcance das crianças. “É importante sempre orientar e conversar com as crianças sobre os perigos do manuseio inadequado desses objetos e explicar o que pode ocorrer caso se exponham a esses perigos”, explica a oftalmologista.


Não deixe à vista produtos nocivos à saúde ocular infantil

A grande curiosidade das crianças também pode se tornar um problema, por isso, é preciso sempre estar alerta para onde estão os pequenos dentro de casa e onde se encontram os principais perigos. Eles podem ter acesso à produtos de limpeza ou outros líquidos que podem ser nocivos aos olhos. 

A saúde ocular das crianças, assim como todo o seu sistema imunológico, ainda está em formação. O leve contato com esses produtos nocivos pode ser a porta de entrada para infecções ou lesões mais graves. “Produtos de limpeza doméstica, inseticidas e acetona, podem conter ácidos, formol e solventes que, em contato com os olhos, ocasionam queimaduras gravíssimas da superfície ocular, podendo levar à cegueira irreversível. No caso de contato com qualquer produto químico, deve-se enxaguar os olhos com água abundante ou muito soro fisiológico e levar a criança imediatamente ao pronto socorro”, explica a Dr. Márcia Tartarella.


Crie regras para o uso de smartphones e demais dispositivos eletrônicos

Que ficar longas horas usando smartphones, computadores e videogames pode ser prejudicial em vários aspectos, todo mundo sabe. Mas que o hábito é pior para a saúde dos olhos e em especial para os das crianças, poucos se lembram. Estudos realizados pela Academia Americana de Pediatria indicam a relação da exposição aos dispositivos eletrônicos com desenvolvimento de problemas como síndrome do olho seco e miopia. “As luzes emitidas pelos aparelhos eletrônicos e a secura dos olhos após muito tempo sem piscar são dois vilões da saúde ocular infantil. Limitar, orientando um período de horas diária para o uso desses equipamentos podem diminuir as chances de desenvolver esses e outros problemas oculares”, afirma a oftalmologista. 

“Para as crianças que já usam óculos de grau ou que pretendem prevenir o desenvolvimento de problemas oculares, o indicado é fazer o uso de lentes fotossensíveis, como as lentes Transitions, que protegem os olhos da luz azul nociva emitida pelos aparelhos eletrônicos, e também dos raios UV, proporcionando conforto e proteção nas ações do dia a dia”.


Observe os hábitos de seus filhos 

Essa dica é válida também para os professores, pois é necessário estar alerta aos sinais dos alunos em sala de aula. Ficar atento às características de comportamento das crianças pode ser crucial para identificar problemas com a saúde ocular. Crianças que coçam os olhos ou piscam com muita frequência podem ter problemas de lubrificação, alergias ou até estarem sujeitas a desenvolver ceratocone, alteração na forma da córnea. Queixar de dor nos olhos, chegar muito próximo do quadro da sala de aula, ter dificuldade de concentração ao realizar atividades de perto e lacrimejamento dos olhos, podem indicar miopia e hipermetropia”, afirma a oftalmologista.

“Desvio dos olhos ou falta de paralelismo podem indicar a presença de estrabismo.  Pupilas borradas ou com reflexo branco em fotografias podem indicar problemas mais sérios como a catarata ou alterações no fundo de olho.”. Por isso, e mesmo seguindo todas as dicas citadas acima, é necessário incluir na rotina de exames das crianças uma visita regular ao oftalmologista, apenas um médico especialista consegue mapear e identificar as necessidades e soluções para os problemas visuais de cada criança.






Transitions Optical
                    

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