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sexta-feira, 15 de junho de 2018

Festas Juninas


 Acidentes com artefatos explosivos triplicam nesta época do ano 

Além de queimaduras, fogos de artifício também podem causar danos à audição; barulho chega a uma intensidade de 140 decibéis

Chegou o meio do ano e também as festas juninas. Ô, época boa! Principalmente para as crianças, que ficam maravilhadas com toda a tradição, animação, o colorido das bandeirinhas, as roupas ‘da roça’, as comidas típicas, as quadrilhas. Mas a alegria da festa esconde um perigo: os artefatos que colorem o céu e animam os festejos também podem causar vários danos à saúde.
O número de acidentes causados por fogos de artifício, rojões e bombas triplica nessa época do ano. E as crianças e adolescentes são as principais vítimas, devido ao manuseio inadequado e indiscriminado de fogos, rojões e bombinhas. Queimaduras, comprometimento da visão, lesões motoras e perda auditiva são os traumas mais comuns.
Ninguém leva em conta o perigo, ao estar no meio da festa, mas o fato é que a intensidade do barulho dos fogos e rojões pode causar danos severos e irreversíveis à audição. Isso porque o estrondo da explosão dos fogos, principalmente dos rojões, é intenso e inesperado. O forte barulho, que pode chegar a intensidade de 140 decibéis, percorre todo o ouvido de forma rápida, podendo causar trauma acústico, com perda de audição unilateral ou bilateral, temporária ou permanente, para toda a vida.
“O ruído, fortíssimo, entra pelo conduto auditivo até chegar à cóclea, onde ficam as células ciliadas do ouvido, que são os receptores sensoriais do sistema auditivo. Com a exposição intensa a altos volumes sonoros, em diversas situações, como essas, as células vão morrendo e, como não são regeneradas pelo organismo, a audição vai diminuindo de forma lenta, mas progressiva”, explica a fonoaudióloga Isabela Papera, da Telex Soluções Auditivas.
No caso das crianças, o dano auditivo pode não ser percebido de imediato pelos pais. Mesmo adolescentes ou adultos podem não levar a sério o incômodo nos ouvidos. Mas é bom ficar alerta. Os principais sintomas de que a audição foi prejudicada são a sensação de pressão ou ouvido tampado, dores de cabeça, zumbido nos ouvidos ou dificuldades para escutar e entender o que as pessoas falam.
Em crianças maiores, que já conseguem expressar em palavras o que sentem, os danos auditivos podem ser diagnosticados mais facilmente. Já as pequenas, que estão na primeira infância, com até três anos de idade, só conseguem manifestar o incômodo chorando. Seja como for, os pais devem estar atentos aos sinais, sempre que estiverem em ambientes barulhentos. 
“O ideal é manter as crianças longe dos fogos, uma vez que o ruído – principalmente dos rojões – é extremamente danoso à audição, mesmo a uma distância superior a três metros de onde o artefato está sendo aceso. O limite seguro de exposição aos sons é 85 decibéis e no caso dos fogos o ruído pode chegar a bem mais que isso”, pontua a fonoaudióloga da Telex, que é especialista em audiologia.
Mas ninguém quer perder os festejos, não é mesmo? Para que você e as crianças possam curtir as festas juninas com segurança, enumeramos algumas dicas: 

1 – Nunca deixe as crianças soltarem fogos de artifício. Esse tipo de material é muito perigoso e só deve ser manipulado por profissionais. É questão de segundos para que o acidente aconteça e as consequências podem ser graves;

2 – Não permita que as crianças fiquem perto de onde irá ocorrer a queima de fogos de artifício. Mas, se for inevitável, use protetores de ouvido. Eles reduzem o volume excessivo, embora quem use não deixe de ouvir o som ambiente;

3 – Em caso de acidente, leve a pessoa imediatamente ao pronto-socorro e, em caso de impacto sonoro muito forte, procure um médico otorrinolaringologista para avaliar se o dano auditivo causado é temporário ou irreversível;

4 – Oriente as crianças a terem cuidado com bombinhas e estalinhos. Não se deve estourá-los perto de outras pessoas ou de objetos que podem se quebrar e soltar estilhaços, nem perto de fogo ou de objetos inflamáveis. Também não se deve carregar esse tipo de objeto nos bolsos, pois eles podem acidentalmente explodir e provocar uma grave queimadura.



Em apenas quatro passos, Pritt ensina a fazer caixinha para pipoca para festa junina


Com aproximação das festas juninas, realizadas em todo o Brasil, a Pritt apresenta passo a passo para produzir caixinha de pipoca para as comemorações escolares, em família ou com os amigos. A caixa de pipoca é feita em apenas quatro passos com a cola Pritt Bastão Colorida, que possui aplicação precisa e sem manchas. A atividade também estimula a criatividade e a coordenação motora dos pequenos durante a produção das peças. Veja abaixo o tutorial de como produzir o adereço junino e se divertir com a criançada, os amigos e os familiares.   


Caixinha de pipoca



Materiais:

- Pritt Bastão Colorida ou Original

- Caixinha de papel

- Canetinha preta

- Lápis

- Tesoura sem ponta

- Fita de cetim colorida

- Papéis coloridos

- Palito de churrasco



Passo a passo:

Passo 1: Recorte três bandeirinhas no papel colorido e cole-as na caixinha.

Passo 2: Desenhe as partes do rosto no papel e recorte-as. Monte seu rosto colando tudo com Pritt Bastão Colorida no palito.

Passo 3: Desenhe os olhinhos e a boca com canetinha. Depois, faça um laço e amarre-o no palito. 

Passo 4: Complete a caixinha com pipoca e coloque o boneco.




Fogos de artifício causaram 5 mil internações em 10 anos, diz estudo


A divulgação integra uma série de ações de alerta sobre os riscos de acidentes e queimaduras durante as festas juninas e as festividades ligadas à copa do mundo
 
O manuseio inadequado de fogos de artifício levou à internação hospitalar mais de 5 mil pessoas entre 2008 e 2017, segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) em parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão e Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. A divulgação integra uma série de ações de alerta sobre os riscos de acidentes e queimaduras durante as festas juninas e as festividades ligadas à Copa do Mundo.

Os dados mostram que, nos últimos 21 anos, o Brasil registrou 218 mortes por acidentes com fogos de artifício, sendo 84 na Região Sudeste; 75 no Nordeste; 33 no Sul; e 26 no Centro-Oeste e no Norte. Além dos cerca de dez óbitos contabilizados todos os anos, a brincadeira pode provocar queimaduras, lesões com lacerações e cortes, amputações de membros, lesões de córnea ou perda da visão e lesões auditivas.

Ainda de acordo com o CFM, os serviços públicos de saúde registram uma média de 80 internações somente no mês de junho. Números do Sistema de Informação Hospitalar apontam que, nos últimos dez anos, 5.063 pessoas foram internadas para tratamento por acidentes com fogos de artifício. Na série analisada, o ano de 2014, quando o país sediou a Copa do Mundo, foi o que mais registrou acidentes.


Ranking

Entre os estados brasileiros, a Bahia aparece com o maior número de casos em quase todos os anos – ao longo da última década, 20% das internações ocorreram em municípios baianos. Outros destaques incluem São Paulo, com 962 internações (19%), e Minas Gerais, com 701 (14%). Juntas, as três unidades da federação representam mais da metade de todos os casos registrados no período (53%).

Já entre os estados com menor número de notificações estão Roraima (17), Tocantins e Acre (ambos com 14 internações).

No ranking de municípios, Salvador lidera com folga, totalizando 686 internações ao longo da última década – o que significa que pelo menos um em cada dez acidentes acontece na capital baiana. Em segundo lugar está São Paulo (337) e, em terceiro, Belo Horizonte (299).


Perfil

O levantamento mostra que os homens representam maioria absoluta dos registros, com 4.245 internações ou 83% do total de casos. As mulheres respondem por 17% das ocorrências, com 853 internações.

A orientação para o manuseio adequado de fogos de artifício é seguir sempre as instruções do fabricante; nunca carregar bombinhas nos bolsos; não acender o artefato próximo ao rosto; e evitar associar a brincadeira ao uso de bebida alcoólica. Também não é recomendado permitir que crianças brinquem com os fogos.

Dados do CFM apontam que 39% das internações registradas no período analisado envolviam crianças e adolescentes de até 19 anos. Já entre adultos de 20 a 49 anos, foram registradas 46% das internações no período.


Precauções

Em caso de acidente, a entidade orienta que as pessoas lavem o ferimento com água corrente, evitem tocar na área queimada e não usem nenhuma substância sobre a lesão – incluindo manteiga, creme dental, clara de ovo e pomadas. É recomendado ainda que se procure o serviço de saúde mais próximo para atendimento médico adequado. 





Paula Laboissière
Fonte: Agência Bras



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