Está chegando a hora, Brasil. Em 14 de junho,
começa mais uma Copa do Mundo. A largada oficial, ao menos em nosso País, foi
dada dias atrás, quando o técnico Tite anunciou a lista de convocados que
representarão as cores verde e amarelo.
Tomara dê
tudo certo. Como todos que nesta terra nascem, também gosto bastante de futebol
e acompanharei com atenção toda a competição, logicamente torcendo pelo nosso
Hexa. Há boas chances, o time é bem treinado e os convocados, em regra, são
unanimidade.
Trago o
tema à baila, pois não existe a menor possibilidade de ignorá-lo sendo
brasileiro. É coisa de sangue. Por aqui, já nascemos todos amando uma bola. E
este é um campo - talvez o único, em que realmente não existe distinção de
credo, raça, gênero e por aí vai.
Porém,
também faço questão de lembrar que o gol de placa e a maior conquista de 2018
não ocorrerão em um lindo gramado na exótica e distante Rússia. Nossa vitória
ou derrota se dará em casa, no Brasil, tendo como árbitro ninguém mais, ninguém
menos, do que você.
É
isto mesmo, querido compatriota e brasileiro da gema, como sou também. Nossos
jogos decisivos têm duas datas, ao menos eventualmente. São clássicos
imperdíveis: o primeiro se dará em 7 de outubro, quando iremos às urnas para
escolher deputados estaduais/federais, representantes ao Senado, governadores e
o próximo ocupante da Presidência da República.
Se houver
prorrogação (ou segundo turno), retomaremos a partida em 28 de outubro, então,
para definir governadores e presidente, caso não resolvidas a fatura no tempo
regulamentar. Por favor, serão horas da mais alta relevância, nas quais não
podemos dar bola fora.
Historicamente,
temos deixado muito a desejar como eleitores. Todos os brasileiros são técnicos
em potenciais. Que assim continue sendo. Mas entendo que está mais do que no
momento de sermos igualmente craques da política.
Ninguém
necessariamente precisa fazer política, ou ter uma carreira política, se não o
quiser. Só que todos somos seres políticos e quanto mais o formos, melhor para
o coletivo e para a humanidade. Assim, chamo você a qualificar seu voto e
definir uma equipe que de fato seja campeã: do presidente ao deputado estadual.
Levantar o
histórico de cada candidato, ver e rever se são coerentes nas promessas e na
prática, se possuem ficha limpa e trabalham para o bem comum é o mínimo. Nem
precisa ser um Arnaldo César Coelho para dar cartão para os corruptos e falsos
profetas. A regra é clara, compreendo eu: se estiver envolvido em qualquer
suspeição, chama o reserva de caráter elevado pra tentar reverter o jogo.
Sou médico,
amo gente. Quero um mundo melhor, um Brasil altivo, com todos os cidadãos com
acesso à educação, alimentação, moradia, transporte e, óbvio, saúde de
excelência. Sonho com um país em que a medicina seja exercida em toda a sua
potencialidade para o bem comum. Sei que chegaremos lá, um dia.
A
velocidade da transformação, depende da velocidade em que eu, você e nosso time
der à bola. E a grande jogada, creio, pode ser agora. Os 7 X 1 de 2014
inquietaram nossos corações. A roubalheira que veio a público em anos recentes,
envolvendo todos os partidos, indignaram nossas almas. Basta, é hora da virada.
Antonio Carlos Lopes - presidente da Sociedade Brasileira de Clínica
Médica