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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Para não estourar orçamento, latino-americanos se transformam em consumidores “malabaristas”



Conclusões são do estudo Consumer Watch da Kantar Worldpanel

Há mais de dez anos, a Kantar Worldpanel, especialista no comportamento do consumidor, realiza o estudo Consumer Watch, cujo intuito é averiguar a percepção do consumidor latino nas principais cidades de 15 países da América Latina. Neste ano, predomina um cenário de pessimismo ou de aperto dos cintos para a maioria das famílias. Assim, para fazer render seu dinheiro, o comprador latino-americano se transformou em um “consumidor malabarista”.
Mas o que está por trás do pessimismo das famílias? Em primeiro lugar, houve uma forte desaceleração no crescimento do consumo na América Latina, que, nos últimos sete anos, baixou de 7% para 2%. Na região, apenas os países da América Central e o México conseguiram aumentar seus níveis de consumo no mesmo período. Entretanto, uma tendência geral é que, ainda que os lares consumam menos, eles estão ampliando seus gastos com a cesta básica em 10%.
Em termos de percepção, 65% dos entrevistados sentem que a situação econômica de seu país está pior do que em 2016 – e entre eles se destacam Venezuela, México e Colômbia. Em contrapartida, Bolívia, Chile e Peru são os que enxergam uma melhora no panorama econômico local. 
 

Ainda que a insegurança continue sendo a principal preocupação dos latinos (57%), nos últimos cinco anos a menção a esse fator caiu de maneira significativa, com exceção do México, onde, na realidade, cresceu.
A inflação é a segunda questão mais recorrente entre os latinos, e os venezuelanos, mexicanos e argentinos são os mais afetados por ela. 

As famílias sentem uma crise em seu país?
Segundo o estudo, 86% dos latinos percebem um momento de crise econômica em seu país, sendo Venezuela, Brasil, México, Colômbia e Equador as nações nas quais mais famílias notam essa situação, sendo que 70% deles acreditam que a crise afeta diretamente seu lar.
Os latinos enfrentam os preços mais altos e uma menor entrada de dinheiro com mais pressão sobre o gerenciamento dos gastos da família. Nesse contexto, as donas de casa desempenham um papel fundamental no cuidado com os gastos familiares: 86% delas se sentem comprometidas com suas compras, já que, além de cuidar de suas próprias finanças, cuidam também das de sua família.
A principal meta para 58% das latinas é gastar menos ou não ultrapassar o orçamento de que dispõem. Para isso, adquirem produtos mais baratos ou de marcas próprias dos estabelecimentos em que fazem compras. Entretanto, 29% gasta mais do que o estabelecido.
“A principal razão pela qual os gastos chegam a exceder o orçamento é porque, na hora das compras, se encontra uma série de promoções ou produtos mais baratos ou porque esses estão custando mais do que o esperado. Sem dúvida, algo que une os latinos é a busca por fazer render seu dinheiro sem descuidar da família”, afirma Virginia Garavaglia, Diretora de Marketing da Kantar Worldpanel para a América Latina.




 Kantar





Comunicação "interna" para quê?



Quanto mais o empreendedor se comunica e transmite a essência do negócio aos funcionários maior será o empoderamento para inovação.


Depois de atender quase 30 empresas de tecnologia e startups, educação, agronegócios, recursos humanos e atendimento ao cliente, notei que essas empresas eram mais carentes de comunicação interna do que externa. Entendi que quando a comunicação dos donos/sócios ou gestores de pequenas e médias empresas com os demais funcionários/colaboradores/empregados não flui verdadeiramente, o que está na cabeça, no mundo ideal e fantástico dos empreendedores não vai chegar com a mesma intensidade no âmago dos empregados. Alguns sintomas negativos aparecem (como ausência de propósito e engajamento), e o ruído na comunicação pode se transformar em crise.
Nos processos de assessoria de imprensa, por exemplo, muitos conteúdos de qualidade produzidos e divulgados estão diretamente ligados às estratégias de negócios da empresa e sobre os casos de sucesso obtidos entre clientes, porém apenas um pequeno grupo tem acesso a elas.

Se a informação estratégica não circula verticalmente, isolando continuamente a base operacional, a alimentação do senso de propósito estará sendo interrompida – às vezes intencionalmente, infelizmente. A consequência é a crescente desinformação sobre o que está acontecendo de bom e transformador (ou não) na empresa, seja com clientes ou em mudanças ou ajustes na visão de negócio – que encontra-se na cabeça do empreendedor, e às vezes, chega aos níveis de diretoria/gerência.

“Muitas vezes não há maturidade para os funcionários acessarem e trabalharem com essas informações” – podem afirmar empresários. Sinto dizer, mas então você ou contratou profissionais inadequados à cultura da empresa, ou treinou e comunicou de forma ineficiente esses “pupilos”.

As organizações do futuro e sustentáveis precisam ser enxergadas como filhos que precisam de educação contínua, e que entendam o motivo de estarem ali. A razão dos profissionais estarem empregados vai muito além de poderem pagar suas contas. Todos querem fazer parte de algo, pertencerem a uma “tribo”, que as representem de alguma maneira.

Caso contrário, o turnover (índice de desligamento) vai se manter alto, dissipando conhecimentos, ou a inovação vai encontrar uma resistência monstruosa, travando qualquer tipo de modernização para acompanhar a constante (e rápida) evolução do mercado.

Se sua organização não transmite de forma contínua e eficaz informações assertivas sobre onde a empresa deseja chegar, os funcionários vão se sentir perdidos, e constantemente ávidos por um aval (aprovação) ou orientação dos donos/direção, afinal, nada (ou muito pouco) foi compartilhado com eles sobre a visão de longo prazo e mais ‘filosófica’ da empresa.





O que a sua empresa vende de verdade?
 


Por exemplo, quando vou cortar meus cabelos em um ambiente especializado não estou comprando apenas meus cabelos mais curtos. Compro beleza, bem-estar, confiança. Muitas vezes os donos estão tão mergulhados em processos que se esquecem de transmitir à seus funcionários o que estão vendendo de verdade.

Quando isso acontece os profissionais se perdem na real missão e propósito do negócio. Se esquecem da essência. Com o tempo os resultados são pelo menos queda de clientes e de poder competitivo. Mas calma, é possível reverter a situação!

Ninguém hoje é contratado para apertar parafuso. Essa época já passou (ainda bem!). É preciso comunicar continuamente e envolver todos de alguma maneira na co-criação de uma nova forma de comunicação. Transmitir em diferentes canais para quê tais tarefas são necessárias. Ninguém pode ser realmente feliz sem uma missão maior, um propósito motivador. E isso custa caro às organizações, que se negam a aceitar essa nova realidade.

Empodere seu funcionário a ser uma célula sua! Faça o teste com processos de comunicação bem estruturados, empodere seus colaboradores, e observe (meça!) os crescentes resultados. Porém essa atitude demanda muito cuidado na seleção inicial e treinamento adequado, para entender o real motivo da sua contratação.

Replico aqui a afirmação (que deu vida ao livro homônimo) Márcio Fernandes, CEO da Elektro, eleita por mais de 6 anos a melhor empresa para se trabalhar no setor elétrico: A felicidade dá lucro!





 Vivian Lopes - fundadora da V.Content, assessoria de comunicação e marketing com foco em inovação e engajamento. Trabalha há 15 anos com comunicação empresarial e produção de conteúdo. Está participando até outubro/17 do projeto do NAGI – Núcleo de Gestão da Inovação, oferecido pela incubadora Gênesis, da PUC Rio, com apoio da FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério de Ciência e Tecnologia.




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