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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

CPFL Energia lança campanha de combate ao trabalho infantil





Ações de divulgação, que incluem uso da conta por e-mail e agências de atendimento, têm potencial de sensibilizar mais de dois milhões de pessoas

A CPFL Energia, maior grupo privado do setor elétrico brasileiro, lançou hoje a campanha de combate ao trabalho infantil, em parceria com o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT 15). Com potencial de alcançar mais de dois milhões de pessoas, a campanha será divulgada nos canais de relacionamento das distribuidoras do Grupo com os seus clientes, tais como a conta de luz, redes sociais, agências de atendimento e o site da empresa.

No ato do lançamento da campanha, realizado hoje na sede da companhia, em Campinas (SP), estiveram  presentes o presidente do tribunal, Lorival Ferreira dos Santos, o presidente do Comitê de Erradicação do Trabalho Infantil do TRT 15, João Batista Martins Cesar, as desembargadoras Gisela Rodrigues de Araujo e Moraes e Maria Inês Cesar, o vice-presidente Jurídico e de Relações Institucionais da CPFL Energia, Luiz Eduardo Osorio, o vice-presidente de Planejamento e Gestão Empresarial da CPFL, Wagner Schneider de Freitas, e demais diretores do Grupo.

Em novembro de 2015, em cerimônia realizada na sede do TRT 15, em Campinas, a CPFL Energia assinou o termo de cooperação e adesão ao Programa de Combate ao Trabalho Infantil, promovido pelo Tribunal. Ao ingressar no programa, a companhia se comprometeu a divulgar informações em materiais gráficos e eletrônicos da campanha desenvolvida pelo TRT 15 para seus diversos públicos de relacionamento, entre eles colaboradores e consumidores.

"Para nós, da CPFL Energia, além de ser uma honra fazer parte deste movimento de proteção da infância, o programa proposto pelo Tribunal Regional do Trabalho é uma oportunidade para exercermos na prática nossos compromissos institucionais previstos no Código de Ética. Lutar contra o trabalho infantil é parte de nossa responsabilidade corporativa", afirma Osorio.

A companhia se comprometerá a realizar uma campanha intensa com duração de um ano, na qual é prevista a divulgação de cartazes em agências de atendimento, a publicação de banners nas contas de energia enviadas por e-mail aos clientes, além de posts nas mídias sociais institucionais, divulgação de banners no site oficial da CPFL Energia e notícias no portal da intranet acessado pelos seus colaboradores.

Em contrapartida, o TRT 15 colocará à disposição os materiais gráficos a serem divulgados e poderá direcionar os gestores do programa de erradicação do trabalho infantil para disseminar as premissas do programa em eventos e palestras promovidas pela CPFL Energia.

As diretrizes do termo assinado com o TRT 15 veem ao encontro de diversas iniciativas desenvolvidas pelo Grupo para promoção da justiça e o combate ao trabalho na infância. A CPFL Energia é signatária do Pacto Global da ONU, no qual se comprometeu a abolir o trabalho infantil. A companhia possui a certificação SA 8000 de Responsabilidade Social e aderiu ao programa “Na Mão Certa” da WCF Brasil pela proteção da infância.

Além disso, dentre os programas da diretoria de sustentabilidade do Grupo está o repasse de 1% do Imposto de Renda devido para ações de apoio e fortalecimento dos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCAs).

Após a cerimônica de lançamento da campanha, os desembargadores do TRT 15 tiveram a oportunidade de conhecer o Programa de Mobilidade Elétrica da CPFL Energia e o Centro de Operação da Distribuição do Grupo, em Campinas.

Números da extensão da campanha

Exposição de cartazes nas 155 agências de atendimento em 129 municípios. Expectativa de alcançar 340 mil clientes.

Divulgação do Programa de Combate ao Trabalho Infantil em 1 milhão de contas entregues por e-mail.

Divulgação de posts do Programa de Combate ao Trabalho Infantil nas redes sociais, que acumulam mais de 80 mil seguidores e fãs.

Divulgação de banner do Programa de Combate ao Trabalho Infantil em canais internos, como a intranet, com potencial para alcançar quase 10 mil colaboradores.

Divulgação de banner do Programa de Combate ao Trabalho Infantil no portal da CPFL Energia, que registra mais de um milhão de acessos mensais. 

No mês em que completa 54 anos, CVV abre oportunidades para novos voluntários em todo o país





O CVV é uma das ONGs mais antigas em atividade no país, com 54 anos ininterruptos de atuação na prevenção do suicídio e apoio emocional de forma sigilosa e gratuita. O atendimento à população sempre foi feito exclusivamente por voluntários que passam por um processo de seleção e treinamento contínuo.
Segundo Carlos Correia, voluntário do CVV há 22 anos, atualmente a entidade conta com cerca de 2.200 voluntários em todo o Brasil, que prestam atendimento por telefone, chat, Skype, e-mail ou pessoalmente. “Cada pessoa encontra a melhor maneira de se abrir, encontrar o apoio desejado. Por isso, o CVV coloca à disposição todos esses meios de contato, para estar disponível quando e como formos procurados”, comenta o voluntário.
Em março, mês de aniversário do CVV, serão oferecidos cursos para seleção e capacitação de voluntários em diversos endereços em todo o país. É um treinamento gratuito e para participar basta ter pelo menos 18 anos de idade, quatro horas semanais para conseguir realizar plantões e disposição em ouvir as pessoas. Os interessados devem verificar os endereços e datas no site www.cvv.org.br, ligar no 141 ou procurar o posto do CVV mais próximo.
Carlos comemora, além dos próprios 54 anos de funcionamento, a conquista do 188 em setembro passado. “O 188 é o primeiro número telefônico sem custo de ligação para prevenção do suicídio. Conseguimos essa concessão do Ministério da Saúde por enquanto somente no estado do Rio Grande do Sul, mas pretendemos ampliar para todo o território nacional em breve”, explica. Nos demais estados do país, o CVV atende pelo 141 que opera com custo de ligação local.

Sobre o CVV
O CVV - Centro de Valorização da Vida, fundado em São Paulo em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal em 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. Os mais de um milhão de atendimentos anuais são realizados por 2.200 voluntários em 18 estados mais o Distrito Federal, pelo telefone 141 (24 horas), pessoalmente (nos 72 postos de atendimento) ou pelo site www.cvv.org.br via chat, VoIP (Skype) e e-mail. Desde setembro de 2015 realiza o atendimento pelo telefone 188, primeiro número sem custo de ligação para prevenção do suicídio, nesse primeiro momento exclusivamente no estado do RS.
É associado ao Befrienders Worldwide (www.befrienders.org), entidade que congrega as instituições congêneres de todo o mundo e participou da força tarefa que elaborou a Política Nacional de Prevenção do Suicídio do Ministério da Saúde.

Gestação e Zika




A gestação é um momento de mudanças importantes na vida da gestante e de sua família, que envolve desenvolvimento de novos papéis, tais como o materno e o paterno, a revisão da divisão de tarefas e certas definições financeiras e profissionais. Mesmo quando planejada, a gravidez costuma ser permeada de sentimentos e de experiências positivas e contraditórias, tais como medo e coragem, angústia e serenidade, autoconfiança e insegurança.  Os pais, passam a ter parte da liberdade reduzida e necessitam fazer muitos acordos entre si, com seus familiares e amigos, e no ambiente de trabalho. Quando apenas um progenitor se encarrega dos cuidados com a gravidez e posteriormente com a criança, necessita de muito suporte da rede social (familiares, amigos, profissionais das áreas sociais, de saúde e de educação).
O grande desafio de gerar e de cuidar de um novo ser, também pode se tornar muito complexo, quando há estressores externos demasiados ou intensos, como é o caso de suspeita e de diagnóstico de infecção por zika vírus nas mães. Neste caso, relações adequadas, de suporte e de afeto, são de fundamental importância para que a mãe tenha suas necessidades supridas durante a gestação e a primeira infância de seu filho (a) e para que todos os envolvidos como pai, mãe e  filhos, estejam bem.
Condições materiais e de moradia adequadas, acesso a serviços de saúde de qualidade e a informações consistentes sobre sua saúde e sobre o desenvolvimento do bebê, são tão fundamentais quanto o suporte familiar. O atendimento por profissionais atualizados, dispostos a acolher e a orientar progenitores e familiares, é primordial, como parte do suporte da rede de serviços (equipamentos jurídicos, sociais, educacionais e de saúde). Do contrário, se uma gestante não recebe informações consistentes e se existem riscos na gravidez, fica extremamente vulnerável, em sofrimento e desespero, podendo adoecer, com prejuízos  físicos,  psíquicos e sociais, em um momento em que necessita cuidar de si e do seu bebê, quando não, de outros filhos.
O medo de perder o bebê, de ter um filho com deficiência, de não saber cuidá-lo, de possivelmente ter que vê-lo sofrer preconceitos, que é frequentemente vivenciado por gestantes, se agiganta com o fantasma das consequências da infecção por zika vírus e demandam suporte familiar, médico e psicológico. Dúvidas, angústias, fantasias e medos precisam ser expressos e reduzidos de forma consistente. Equipes multidisciplinares, atualizadas, com profissionais que trabalham em conjunto e de forma alinhada, transdisciplinar, podem ser bastante eficazes.
Se de fato o bebê nasce com microcefalia, com problemas auditivos, visuais, ou outros, espera-se que seja acompanhado em seu desenvolvimento global, que expresse suas habilidades e desejos, ganhe autonomia e se relacione bem. Paralelamente aos cuidados básicos consigo e com o bebê, a mãe precisa ser amparada e ter garantido um espaço para rever seus sonhos, suas expectativas pessoais, amorosas, profissionais e familiares, dar continuidade ao seu desenvolvimento e ao exercício de outros papéis além da maternidade: parceira, trabalhadora, filha, irmã, amiga, cidadã.
Os pais, que muitas vezes ficam em segundo plano por atitudes próprias, dos demais familiares, da mãe e dos profissionais que a acompanham, não podem ficar esquecidos, independentemente da existência ou não de doenças ou riscos na gravidez. Necessitam de informações, de apoio, e por questões da nossa desigual educação de gênero, frequentemente precisam ser encorajados, estimulados a cuidar e a dar apoio emocional a suas parceiras ou à mãe do bebê, quando não há um vínculo estabelecido entre progenitores. Poucos homens são educados para cuidar. Muitos ainda pensam que há cuidados que são “coisas de mulher”. Parte deles, também não sabe lidar de forma pacífica com os conflitos; foge literalmente, ou passa a usar substâncias de forma abusiva, como forma de lidar com conflitos e dificuldades.
O pai que tem apoio e a coragem de enfrentar os desafios que acompanham a vinda de um filho(a) ao mundo e o seu desenvolvimento, tem o privilegio de conviver com o mesmo; se enriquece, e ao mesmo tempo dá ao filho o que tem de melhor: seu exemplo de enfrentamento de dificuldades, seu amor, sua companhia, sua capacidade de prover, em um sentido amplo. Prepara o (a) filho (a) e a si mesmo para uma sociedade menos desigual, onde homens e mulheres dividem espaços e tarefas com equidade.
Há muito o que ser dividido por quem cuida, além dos esforços para obtenção de recursos para alimentação, educação, vestimenta, saúde e moradia. Um novo ser precisa aprender a relacionar-se, a respeitar a si, ao outro e ao ambiente; precisa construir sonhos, acreditar em boas perspectivas de vida. Muita coisa para uma mãe, sozinha, preocupada, sobrecarregada com cuidados com filhos, sem suporte adequado para a educação, lazer e para garantia do bem-estar da família, para a manutenção de sua casa e para a continuidade de sua carreira e desenvolvimento.
Mas e quando o pai não estiver vivo ou não puder ser localizado? Neste caso, conversar com a criança na medida em que se mostre interessada, sobre o que se passou, adequando a linguagem a cada etapa de vida da mesma, evitando excessos de julgamentos e de expressão impulsiva de raiva, é positivo.
Vale lembrar, que avôs (as), irmãos, irmãs, tios (as), cunhados (as), podem ser uma fonte rica de modelos, de afeto e de proteção aos bebês e às crianças, às suas mães e também aos seus pais, quando existirem.
Há muitas formas de ser família e de garantir o bem-estar e a saúde. Porém, sobrecarga e abandono, geram sofrimento. Sobrecarga e sentimento de abandono em um momento em que se carrega um bebê no ventre, com muitas dúvidas sobre seu futuro, são violentos. A violência se reproduz e se alastra. Atravessa gerações!

Marianne Ramos Feijó - Professora Assistente Doutora do Departamento de Psicologia da Faculdade de Ciências da Unesp de Bauru. Coordena pesquisa sobre uso de álcool e de violência, conjugalidade e trabalho, com auxílio da Fapesp.

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