Dra.
Natasha Vogel, ortopedista pediátrica explica a importância de engatinhar e
suas diferentes formas. Ao engatinhar o bebê desenvolve grupos musculares
importantes das mãos, dos braços, dos ombros, além de fortalecer ligamentos,
necessários para o aprimoramento de habilidades motoras finas.
Ortopedista pediátrica explica a importância deste treino para o desenvolvimento do bebê
O desenvolvimento
motor e cognitivo durante o primeiro ano de vida é intenso e fascinante. Em
pouco tempo, aquele serzinho recém-chegado ao mundo é capaz de rolar, sentar,
sustentar a própria cabeça e explorar o mundo ao seu redor.
Cada criança tem um
ritmo e cada etapa tem a sua necessidade de atenção, uma vez que novos riscos
podem surgir no caminho do pequeno.
Dra. Natasha Vogel,
ortopedista pediátrica, lembra que entre 7 e 10 meses o bebê pode iniciar os
movimentos de engatinhar. "Para isso, os bracinhos e pernas devem estar
fortes para sustentar o tronco e elevá-lo do chão", destaca.
E há diversas formas
de engatinhar: com 4 apoios (mãos e joelhos no chão), de bumbum com o auxílio
das mãos, deslizando de barriga para baixo, entre outras.
"O mais
importante é o bebê ser capaz de explorar o ambiente e fortalecer os seus
músculos para poder aprender a caminhar. É muito importante que pais e
cuidadores incentivem o desenvolvimento das habilidades motoras das
crianças", diz a médica.
Algumas crianaças, no
entanto, não curtem engatinhar e tentam pular essa etapa tão importante para o
desenvolvimento. Para esses casos, Dra. Natasha dá algumas dicas:
- Os estímulos devem
ser oferecidos com a criança acordada e tranquila;
- Colocar a criança de
bruços, mas sempre com supervisão de um adulto.Bebês com mais de 6 meses podem
ficar de 20 a 30 minutos nessa posição;
- Usar espelhos pode
ser divertido e a curiosidade natural da criança pode ser um estímulo para o
engatinhar;
- Engatinhar com o seu
bebê pode ser encorajador e um bom exemplo para o pequeno;
- NÃO exagerar: a
criança pode ficar irritada e chorar se forçar a barra. Está tudo bem se a
brincadeira tiver de parar. É importante que ele tenha associações positivas
durante os treinos;
- Mostrar objetos
intrigantes um pouco além do seu alcance;
- Conforme for criando
habilidade podemos oferecer obstáculos (almofadas, caixas, travesseiros);
- Se envolver na
brincadeira e se esconder atrás dos obstáculos e brincar de "ACHOU"
também pode ser uma boa dica.
No entanto, se o bebê
já engatinha, é preciso atenção redobrada com o ambiente para prevenir
acidentes. O bebê nunca deve ficar sem supervisão de um adulto, por exemplo, o
berço deve ter o colchão abaixado, é preciso colocar grades em escadas e na
porta de cômodos perigosos, como cozinha e quintal.
"Também é preciso
tirar objetos pequenos do chão para evitar que o bebê leve à boca, é preciso
cuidado com quinas, tomadas, fios soltos e sempre deixar a criança longe de
locais com água, porque apenas 5cm de profundidade são suficientes para um
afogamento", alerta Dra. Natasha.
Dra. Natasha Vogel
• Médica Assistente em Ortopedia e Traumatologia
do HSPM-SP São Paulo, Brasil • Mestrado em Ciências do Sistema Muscoesquelético.
Universidade de São Paulo, USP São Paulo, Brasil •
Especialização - Residência Médica Universidade
de São Paulo, USP São Paulo, Brasil
Título: Ortopedia Pediátrica • Especialização - Residência Médica Hospital do Servidor Público Municipal, HSPM/SP
São Paulo, Brasil Título: Ortopedia e Traumatologia •
Graduação em Medicina Faculdade de
Medicina de Jundiaí, FMJ Jundiai/SP,
Brasil.