Chocolate
faz bem para a saúde
O
consumo moderado reduz os riscos de doenças cardiovasculares, depressão, e
ainda pode ser um grande aliado na prevenção do envelhecimento da pele
No próximo
domingo (20) comemora-se a Páscoa, data em que é comum muitas pessoas
exagerarem no consumo de chocolate. Há ainda, as que não abrem mão dessa
delícia o ano todo. Algumas se dizem apaixonadas e outras se assumem
“chocólatras”, referindo-se a um verdadeiro vício pelo doce.
Porém para
saborear a guloseima sem prejuízos a saúde é necessário ter cautela. “Se
ingerido na medida certa, ou seja, 30 gramas ao dia, os benefícios ultrapassam
os malefícios” afirma a nutricionista do Centro de Diabetes Curitiba,
localizado no Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Heloísa Hermann.
Além de
nutritivo, o chocolate contém alto teor de flavonoides antioxidantes, que
ajudam a reduzir os riscos de doenças cardiovasculares e o câncer, combate a
depressão e a ansiedade, devido a substâncias serotonina - responsável pela
sensação de prazer e bem-estar. “Para as mulheres
o chocolate ainda ajuda na redução dos sintomas da TPM”, explica a
nutricionista.
Segundo a
especialista, apesar de ter poucos admiradores, o chocolate amargo é o mais
recomendado. “'Os benefícios dependem da quantidade de flavonoides presente no
chocolate, o que varia de acordo com o tipo de produto. Nos chocolates tipo
amargo ou preto, com mais de 70% de cacau, as quantidades de flavonoides é
maior, por isso, são mais recomendados”, destaca.
O chocolate
também traz benefícios ao coração, promove fluxo adequado de sangue, o que
reduz a pressão sanguínea - prevenindo infarto e derrame - e diminui o mau
colesterol. “O alimento também combate os radicais livres, retardando o envelhecimento
precoce. Além disso, é rico em carboidrato e fonte de energia”, garante a
nutricionista.
Mas, é preciso
moderação. Apesar dos inúmeros benefícios do alimento também pode haver
malefícios. “Por ser altamente calórico, pode causar aumento de peso e devido
ao alto índice glicêmico, favorece o apetite. As pessoas sensíveis aos
estimulantes presentes no chocolate, podem apresentar insônia, ansiedade,
agitação, oleosidade da pele, além de alergias e dermatites”, afirma a
nutricionista.
O
chocolate e a pele
Entre as
dúvidas mais frequente entre os “chocólatras” é se ele realmente causa
espinhas. “Chocolates e doces não causam espinhas, se consumidos com
moderação”, explica o dermatologista do HNSG, Maurício Satto.
Produtos com
alto índice glicêmico se comidos em quantidade excessiva produzem uma resposta
hormonal e isso gera o aumento da produção da oleosidade da pele, resultando em
acne e espinhas”, enfatiza o médico, que faz uma ressalva. “O chocolate de boa
qualidade e na quantidade recomendada faz bem a pele”.
O chocolate
pode ser ainda, um grande aliado na prevenção do envelhecimento da pele. As
propriedades antioxidantes do chocolate estão presentes no cacau, ou seja,
chocolates que possuem quantidade maior que 70% de cacau são os que possuem efeitos
antioxidantes, que são importantes para a pele. “Para obter os benefícios
desejados, recomendamos ingerir no máximo 30 gramas ao dia. Porém, é importante
destacar que comparado com vitaminas e filtro solar, o cacau tem efeito mais
discreto”, enfatiza o dermatologista.
Chocolate
e as crianças
Segundo a
nutricionista, Heloísa Hermann, no primeiro ano de vida, recomenda-se evitar o
consumo de chocolate, pois as chances de intolerância à lactose são maiores. “A
quantidade de consumo indicada para crianças saudáveis, de um a cinco anos, é
de no máximo 50g por dia. Normalmente, alguns tipos de chocolates contém
cafeína, que em excesso, pode tirar o sono da criança ou reduzir seu apetite”,
ressalta.
As crianças
diabéticas, mesmo que consumam chocolates diet, devem ingerir com
moderação, já que a quantidade de gorduras é ainda maior. “Já as crianças que
não toleram lactose podem consumir o chocolate amargo ou meio amargo, pois, não
contém leite”, orienta.