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quinta-feira, 2 de maio de 2019

Ácido fólico é essencial antes da gravidez


 Consumo da substância pode prevenir casos de malformação fetal, como a espinha bífida


O ácido fólico, também conhecido como vitamina B9, é especialmente importante para toda mulher em idade reprodutiva e, principalmente, se deseja engravidar. Segundo a especialista do Centro de Medicina Fetal do Hospital Samaritano de São Paulo, Denise Pedreira, o consumo da substância reduz as chances de malformação fetal, como a Espinha Bífida - defeito de fechamento do tubo neural.
O ideal é a mulher consumir a substância por, no mínimo, três meses antes de engravidar. É importante, mesmo que a gravidez demore a acontecer, que continue tomando o ácido fólico e, depois que ficar grávida, manter nos primeiros três meses de gestação. A dose recomendada pelo Conselho Federal de Medicina é de 0,4mg diariamente.

“O problema é que a maior parte das gestações não é planejada. Por isso, a importância da conscientização das mulheres em idade reprodutiva. É essencial que os médicos também repassem essa informação para suas pacientes”, destaca a especialista.

A Espinha Bífida – ou Mielomeningocele – tem uma alta incidência: um a cada mil nascimentos. Trata-se de uma doença caracterizada por uma malformação das estruturas que protegem a medula e acomete o bebê na sétima semana de vida intra-uterina. “A medula fica exposta ao líquido amniótico, causando uma destruição nervosa progressiva. As sequelas são grandes e variam entre problemas para andar, incontinência urinária e hidrocefalia”, afirma.
Denise Pedreira ressalta que a falta de ácido fólico é responsável por 70% dos casos de Espinha Bífida. Os outros 30% são de origens diversas, entre elas a genética.  O ácido fólico é uma enzima que atua no mecanismo de divisão e remodelação celular e sua deficiência faz com que a divisão celular ocorra de maneira inadequada. O consumo da substância vai estimular a formação celular da pele e dos tecidos que protegem a medula, evitando os problemas.
A substância pode ser encontrada em farmácias e no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2002, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a adição de 4,2 miligramas de ferro e de 150 miligramas de ácido fólico para cada 100 gramas de farinha de trigo e de milho. A intenção era reduzir a prevalência de anemia por deficiência de ferro e prevenir defeitos do tubo neural. O ácido fólico também pode ser encontrado em alimentos como brócolis, couve, tomate, feijão, lentilha e cogumelo e em suplementos vitamínicos. Uma concha de feijão preto, por exemplo, tem 119 microgramas da vitamina.


Cirurgia pioneira -
Denise Pedreira é uma ativa pesquisadora da doença. 
Depois de 14 anos de estudos, a especialista desenvolveu uma técnica para correção da Espinha Bífida através de cirurgia endoscópica fetal. A correção deste defeito antes do nascimento leva a uma melhora no desenvolvimento neurológico do bebê e menor necessidade de colocar válvula para tratar a hidrocefalia, quando comparada aos casos operados somente após o nascimento. A cirurgia convencional é feita “via céu aberto”, com corte na barriga e no útero para operar o feto. Já a técnica endoscópica é feita por câmera de vídeo, sem a necessidade da abertura do útero, utilizando apenas pequenos “furos”. O procedimento endoscópico reduz os riscos maternos, como por exemplo, o de ruptura do útero da gestante, tanto nesta gravidez, como em futuras.

Esse tipo de procedimento só é feito na Alemanha e no Brasil. A técnica brasileira é superior à alemã porque é mais barata e reduz o tempo de cirurgia. 

A principal diferença está na película usada para “fechar” a medula e na forma de sua colocação. A película foi desenvolvida por uma empresa brasileira, com materiais nacionais, reduzindo os custos do produto. Até o momento, foram realizadas seis cirurgias endoscópicas para correção de Espinha Bífida no Hospital Samaritano de São Paulo e um trabalho já foi publicado na literatura médica.


Vacinas previnem problemas na gestação




Não há dúvidas que uma das melhores e mais eficientes maneiras de prevenir doenças é pela imunização. Ela é tão importante que, frequentemente, motiva a promoção de campanhas de vacinação pelos governos, destinadas tanto a crianças quanto a adultos.

         Segundo Marco Antônio Lourenço, especialista em medicina reprodutiva da Pró-Fértil, entre as mulheres que pretendem ter filhos ou que serão submetidas a tratamentos de combate à infertilidade, é fundamental a consciência da necessidade de estarem imunizadas contra doenças que poderão afetar o futuro de seus bebês e de suas gestações. 

          Ele explica que as vacinas estimulam a produção de anticorpos no organismo, que farão a defesa natural contra as infecções para as quais foram programadas. Assim, têm o poder de proteger a mulher de diversas doenças e prevenir malformações fetais e até abortos espontâneos.

           O ideal é que a imunização ocorra sempre antes da gestação, uma vez que muitas vacinas não podem ser aplicadas durante a gravidez. “Neste período, a vacinação só deve ser indicada em situações de perigo em que os benefícios são superiores aos riscos. Exemplos são viagens para locais de alto risco de contaminação, profissões de risco e doenças crônicas. Nestas situações, o uso de imunoglobulinas é uma boa alternativa”, ressalta Lourenço lembrando que a oportunidade de vacinar nunca deve ser desperdiçada. “No pós-parto, quando a mulher não estiver imunizada e já deu à luz o primeiro bebê, recomenda-se que, logo em seguida ao nascimento, ainda no período chamado puerpério, a mãe receba as vacinas indicadas, uma vez que estará frequentando centros de vacinação com o seu filho e provavelmente não engravidará nos próximos meses” alerta o médico.

         A vacinação aconselhada para mulheres que desejam engravidar está resumida na tabela abaixo. Recomenda-se que a imunização seja indicada para mulheres que pretendem engravidar e também para as que vão se submeter a um tratamento contra a infertilidade, antes do início do mesmo. Algumas destas vacinas são disponibilizadas pela rede pública de saúde. Outras são encontradas somente em centros de vacinação particulares.




PRÓ-FÉRTIL – Centro de Medicina Reprodutiva
Telefones: (21) 2605-5656 / 2612-5190



Como aliviar as dores na coluna durante a gravidez?


A maioria das mulheres considera a lombalgia como um “inevitável desconforto normal” durante a gravidez. Apenas 50% das gestantes que sofrem com dores nas costas procuram o aconselhamento de um profissional de saúde


Dor nas costas será uma queixa de oito em cada 10 adultos em algum momento de suas vidas. Mas para as mulheres que estão grávidas, estas palavras têm uma ressonância especial. Mais de dois terços das mulheres gestantes sentirão dor lombar e pélvica, durante a gravidez, geralmente no segundo e no terceiro trimestres da gestação. As informações são de um estudo, publicado no Current Reviews in Musculoskeletal Medicine.

Para muitas, a dor é tão forte que chega a interferir no sono, no trabalho e em outras atividades da gestante. Em um estudo de 2004, um terço das mulheres relatou que tiveram que parar pelo menos uma dessas atividades devido às fortes dores nas costas.

Um dado interessante sobre este tema, segundo o estudo Pregnancy-related low back pain, é que a maioria das mulheres considera a lombalgia como um “inevitável desconforto normal” durante a gravidez. Apenas 50% das gestantes que sofrem com dores nas costas procuram o aconselhamento de um profissional de saúde e deste grupo, 70% delas vão receber algum tipo de indicação terapêutica.


Levando em consideração a individualidade de cada mulher e de cada gravidez, a identificação e o tratamento precoce do problema levará ao melhor resultado possível. O tratamento conservador é o padrão ouro, incluindo fisioterapia, cintos de estabilização, a estimulação do nervo, o tratamento farmacológico, acupuntura, massagem, relaxamento e yoga. Em geral, a gravidez com dor lombar relacionada tem um bom prognóstico, desde que o reconhecimento precoce e o tratamento sejam feitos.

Há muito debate e muitos trabalhos publicados sobre os fatores de risco para o aparecimento de dor lombar durante a gestação. A história de trauma pélvico, lombalgia crônica e dor lombar durante a gravidez anterior são os riscos mais comuns e amplamente aceitos. 85% das mulheres que tiveram dor nas costas em uma gravidez anterior desenvolverão dor nas costas em uma gravidez subsequente. O número de gestações anteriores também parece aumentar o risco. Não é possível, no entanto, prever quem vai sofrer de lombalgia durante a gravidez. Lombalgia durante a menstruação é um fator de risco adicional para dor nas costas durante a gravidez. 

“As queixas sobre dores na coluna durante a gravidez são justificadas pelo peso extra que a gestante carrega. Algumas chegam a engordar até 20 quilos por gestação, quando o recomendável é algo em torno de 9-12 quilos. Isso muda a forma como a mulher se levanta e caminha, exercendo uma forte pressão sobre sua coluna, que adicionada às alterações hormonais que fazem as articulações pélvicas ficarem vacilantes, resulta em dor nas costas”, explica o neurocirurgião Cezar Augusto Oliveira (CRM-SP 123.161).

As pílulas anticoncepcionais e o intervalo de tempo desde a última gravidez não são considerados como fatores de risco. A associação entre a idade da mulher ou entre a alta carga de trabalho e dor lombar durante a gravidez também continua não esclarecida.

A boa notícia é que, para a maioria das mulheres, a dor nas costas desaparece após o parto, geralmente dentro de seis meses. Mas a gestante não precisa esperar até lá para obter algum alívio. Exercícios, acupuntura e outros medicamentos podem aliviar as dores na coluna ou pelo menos torná-la mais suportável. E se a mulher ainda está pensando em engravidar, pode tomar medidas para tentar evitar a dor nas costas, começando a praticar exercícios físicos. Um estudo mostra que as mulheres que têm uma vida sedentária, antes de engravidar, têm um risco aumentado de dor nas costas.

“As mulheres grávidas devem ser informadas sobre a importância de manter uma postura adequada, ao fazer as atividades diárias, de modo que sua coluna não fique sobrecarregada ou desalinhada. É também muito importante ensinar às grávidas a levantar pesos sem forçar as costas, um hábito muito útil que precisa ser observado durante toda a gestação. As mulheres devem ser aconselhadas a usar cadeiras colchões e camas adequados. Elas também precisam aprender técnicas para entrar e sair da cama, de modo que o corpo mantenha-se em uma posição adequada e a coluna não sofra”, orienta o médico.


Como a gravidez impacta a coluna?

O que torna a gravidez um motivo para o aparecimento de dores nas costas? “Geralmente, são múltiplos fatores: o novo peso que a mulher grávida carrega no ventre desloca o centro de gravidade do seu corpo, o que exerce mais pressão sobre a parte inferior da coluna. A fim de equilibrar a nova carga (o bebê), muitas mulheres modificam sua postura, o que aumenta ainda mais a pressão na parte inferior das costas. Para piorar as coisas, os músculos do estômago se estendem durante a gravidez. Resultado: os músculos da região lombar precisam trabalhar mais e mais para suportar o peso do tronco”, explica Cezar Augusto Oliveira, que também é membro da Sociedade Brasileira de Coluna.
As alterações hormonais também podem contribuir para a dor nas costas. Na preparação para o parto, um hormônio chamado relaxina, produzido pelo corpo lúteo e pela placenta, produz um amolecimento das articulações pélvicas e das suas cápsulas articulares, o que dá a flexibilidade necessária para o parto, pois provoca o remodelamento do tecido conjuntivo, o que diminui a união dos ossos da pelve e alarga o canal de passagem do feto.  O hormônio tem ação importante no útero, por distendê-lo à medida que o bebê cresce. “Normalmente, as articulações pélvicas ajudam a sustentar a coluna vertebral. Quando ocorre esse relaxamento, durante a gravidez, pode ocorrer também dor e inflamação e não apenas na pelve, mas também em toda a parte inferior das costas”, explica o médico.
Outro possível “culpado” é o útero em expansão. À medida que o útero cresce, ele pressiona determinados vasos sanguíneos, especialmente quando a mulher está deitada à noite. Esta pressão reduz o fluxo de sangue rico em oxigênio para a pélvis e para parte inferior da coluna, causando dor.


Maneiras de aliviar a dor

Independentemente do que está causando a dor na coluna da gestante, existem medidas que podem ser adotadas para obter alívio. “Vários estudos mostram que os melhores resultados vêm de exercícios que fortalecem o abdômen e a parte inferior das costas, da hidroginástica, da acupuntura e do uso de almofadas de apoio, durante a noite. Mas essas não são as únicas opções terapêuticas. É muito importante destacar que a gestante precisa avisar o médico que a acompanha se a dor nas costas persistir. Dor nas costas que não vai embora pode ser um sinal de trabalho de parto prematuro, uma infecção ou de outros problemas sérios”, recomenda Cezar Oliveira.

Veja, a seguir, as outras dicas para aliviar a dor na coluna das grávidas:

  • O uso de um banquinho ou de um suporte para as costas ao sentar evita a fadiga muscular. Usar uma cadeira que suporte a coluna e/ou tentar colocar um pequeno travesseiro atrás da parte inferior das costas para apoio extra ajuda a aliviar a dor;
  •  A educação da mulher grávida é muito importante, para que ela aprenda a ficar de pé, andar ou curvar o corpo sem causar estresse extra sobre a coluna ou fadiga muscular;
  • As mulheres também devem ser incentivadas a evitar andar prolongadamente ou ficar em pé por muito tempo;
  • Na linha de um programa de tratamento individualizado, a massagem pode ser útil, bem como a acupuntura. Alguns estudos defendem que a acupuntura pode ser um complemento à gestão da lombalgia durante a gravidez;
  • Aulas de hidroginástica aliviam a pressão sobre a coluna. É importante também incluir atividades físicas suaves como caminhar e nadar na rotina diária da gestante;
  • A massagem nas costas também é um recurso que pode ajudar a aliviar a dor nas costas durante a gravidez;
  • Dormir de lado, mantendo um ou ambos os joelhos dobrados também ajuda. A pesquisa mostra que o uso de um travesseiro para apoiar o abdômen, especialmente durante o último trimestre, pode fazer uma diferença real. Um travesseiro em forma de cunha parece funcionar melhor. Além disso, é recomendado colocar outro travesseiro entre os joelhos durante a noite;
  • Usar sapatos com saltos baixos e bom suporte também ajudam. Cintos de apoio à maternidade podem aliviar a dor, tornando as articulações pélvicas mais estáveis;
  • Uma almofada de aquecimento para aplicar calor na área dolorida também pode ser indicada.

Conheça as diferenças entre Inseminação Artificial e Fertilização In Vitro




Casais com dificuldades para engravidar têm à disposição, hoje, técnicas avançadas para tratamento de infertilidade - masculina, feminina ou até mesmo de causa indeterminada. Muita gente, no entanto, confunde os procedimentos ou acha que inseminação artificial e fertilização In vitro são a mesma coisa. Mas elas são bem diferentes em método, custo e taxa de sucesso. É o que nos explica a Dra. Juliane Lotuffo, ginecologista que atua no ramo de fertilidade na Life Clínica, em Campinas, SP.

 “Na inseminação artificial, ou inseminação intrauterina, a ovulação da mulher é induzida e o sêmen do marido é colhido e tratado. Então, espermatozoide já preparado é injetado dentro no útero da mulher no momento do pico ovulatório”, explica a Dra. Juliane.

O período entre o início do tratamento e a confirmação ou não da gravidez dura em torno de um mês. A mulher toma uma medicação no início do ciclo menstrual por cerca de 12 a  15 dias e a inseminação é realizada após a liberação dos óvulos. Após cerca de 12 a 16  dias é feito o teste de gravidez. 
Caso não tenha havido fecundação, é possível continuar num próximo ciclo.

A inseminação  artificial normalmente é indicada para casais com uma leve alteração nos espermatozoides (gametas lentos ou com dificuldades de locomoção), para casos de alteração no útero ,ou quando não há razão aparente para a infertilidade.

Já a fertilização in vitro (conhecida como FIV) é um procedimento mais complexo, pois envolve um preparo maior da mulher, com a estimulação da ovulação a partir de hormônios injetáveis, com o intuito de produzir vários óvulos para coletá-los posteriormente (sob anestesia) e levá-los a um laboratório. Em paralelo, o homem irá colher o sêmen, mas, neste caso, a fertilização será feita fora do corpo. “Três a cinco dias após a fertilização dos óvulos, eles são recolocados no corpo da mulher já na forma de pré-embriões”, afirma a médica.

Geralmente são implantados mais de um embrião para aumentar a chance de ocorrer a gravidez. Por isso é tão comum o nascimento de gêmeos ou trigêmeos.De acordo com resolução do CFM,de 2010,em mulheres até 35 anos é permitido que sejam transferidos até 2 embriões.Entre 36 e 39 anos,é possível até três.Mulheres com 40 anos ou mas podem receber até quatro embriões. A fertilização in vitro é também usada em mulheres que, após a menopausa (quando não ovulam mais), decidem engravidar. Só que, nesse caso, o óvulo que vai ser fertilizado é doado por outra mulher. O óvulo da paciente é retirado, fertilizado e o embrião é e implantado diretamente no útero. Existem alguns casos em que o espermatozóide  pode ser colhido e guardado através de técnica de congelamento para fazer uma fertilização no futuro. Opta-se por essa alternativa quando o homem tem câncer de testículo e vai fazer radioterapia. A radiação impede a produção de espermatozoides. Antes que o paciente comece o tratamento, o esperma é colhido e armazenado. Este é um tratamento bem mais caro do que a inseminação, mas obtém taxas de sucesso em torno de 40%, dependendo da idade da mulher. 

Os custos dos procedimentos são altos, podendo variar entre R$ 1 mil a R$20mil, mas  a boa notícia, segundo apontam as pesquisas, é que a maioria dos casais que recorrem a esses métodos conseguem engravidar. “O importante é que o casal não se desmotive diante do fracasso na primeira tentativa, pois outras poderão ser feitas. Para esses, é muito importante, inclusive, um acompanhamento psicológico”, finaliza a Dra.  Juliane.


INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
FERTILIZAÇÃO IN VITRO
Procedimento
Espermatozoide preparado é injetado dentro do útero da mulher, durante o pico ovulatório.
Método mais complexo, em que a fertilização do óvulo é feita fora do corpo da mulher.
Custo
R$ 1 mil a R$ 4mil
R$ 6 mil a R$ 15 mil
Chances de sucesso
10 a 20%
Cerca de 40%
Teste de gravidez
É feito 16 dias depois
É feito 12 -16 dias depois
Tentativas possíveis
Depende de cada caso, mas não se incentiva mais de três.
Não existe número limite, mas recomenda-se o bom senso.
Em quais casos fazer?
No caso de um teste pós-coito deficiente; maridos que apresentam no espermograma alterações discretas; casais que não tiveram sucesso com a relação sexual programada.
Nos casos de problemas de tubas; espermatozoides em quantidade pequena; idade materna avançada; falha no tratamento de baixa  complexidade; endometriose avançada.
Chances de gêmeos
20%
Chances são controladas
Quando repetir, no caso de insucesso?
Depende da avaliação médica
Depende da avaliação médica

*Valores considerados na primeira tentativa
 
 


Juliane Lotuffo (CRM 50.598) - formada em Medicina pela FESP (Fundação de Ensino Superior de Pernambuco, hoje denominada Universidade de Pernambuco). A profissional é especialista em Ginecologia e Obstetrícia, com título reconhecido nacionalmente (TEGO), e trabalha com medicina reprodutiva . Juliane possui vasta experiência em reprodução humana, atuando na área de fertilidade e gestação de risco.
Blog da Life -
www.lifeclinicacampinas.wordpress.com



Mulheres com dificuldade para engravidar devem perder o medo e buscar ajuda especializada, inclusive emocional


No mundo inteiro, um em cada seis casais enfrenta algum grau de dificuldade para engravidar durante o ciclo reprodutivo. Depois de um ano de tentativas frequentes sem sucesso – inclusive no período fértil –, o ideal é recorrer a um especialista em Medicina Reprodutiva. De acordo com a Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE), entre 20% e 35% das mulheres têm um componente psicológico importante que pode estar associado à infertilidade. Fatores relacionados ao estilo de vida, como o fumo, o excesso de peso e o estresse certamente são muito importantes também. Mas é preciso que as pacientes percam o medo de buscar ajuda especializada.

De 1,5 milhão de ciclos de tratamentos de reprodução assistida realizados anualmente em todo o mundo, nascem cerca de 350 mil bebês. Estudo divulgado no jornal Human Reproduction revela que a inabilidade em conceber uma criança é estressante demais para algumas mulheres, podendo desencadear quadros de depressão, ansiedade, raiva e baixa autoestima. Entretanto, em 63% dos casos estudados, as pacientes relataram que seus parceiros deram todo suporte emocional necessário durante o tratamento. Em 33% dos casos, elas inclusive disseram que o ‘projeto filhos’ as aproximou ainda mais dos cônjuges. A conclusão, então, é que, apesar de ser uma fase emocionalmente conturbada para muitos casais, as mulheres precisam buscar mais informação e apoio emocional/psicológico para erradicar o medo e se preparar melhor para as demandas do tratamento.

De acordo com Assumpto Iaconelli Junior, especialista em Reprodução Humana e diretor do Grupo Fertility, as clínicas de referência em reprodução assistida já oferecem suporte emocional para atenuar as crises de ansiedade e estresse intrínsecas ao tratamento de fertilização. “É preciso esclarecer o casal desde o início sobre o período que vai atravessar e garantir que receba apoio psicológico durante todo o processo. Dessa forma, ambos poderão encarar cada uma das fases com mais calma. Caso contrário, a infertilidade poderá repercutir em vários aspectos da vida em comum de uma forma tão impactante que poderá, inclusive, pôr em risco a estabilidade do relacionamento”.

Na opinião do especialista, no contexto sexual do casal, a infertilidade também pode se  transformar numa experiência dolorosa, em que o prazer é substituído pela lembrança amarga da incapacidade de conceber. “Durante todo o tratamento, o casal deve ser acompanhado e reavaliado sob o aspecto emocional. Conversando com eles sobre seus sentimentos e checando a qualidade do sono e as mudanças em atividades de lazer, temos um bom parâmetro sobre os problemas que eventualmente podem estar ocorrendo.”

Iaconelli afirma que a paciente é o principal foco das atenções, devendo se sentir totalmente amparada emocionalmente pela clínica de fertilização assistida. “Mesmo quando a origem do problema é masculina, é no corpo da mulher que ocorre a maioria dos procedimentos. Limitando ao máximo o desgaste emocional da paciente, conseguimos cumprir cada etapa com sucesso e chegar ao tão esperado resultado da gravidez. É preciso que as mulheres se familiarizem mais com essa realidade. O estresse não deve jamais comprometer o desejo da maternidade.”




Dr. Assumpto Iaconelli Junior - médico ginecologista, especialista em Medicina Reprodutiva, diretor do Grupo Fertility e do Instituto Sapientiae www.fertility.com.br / www.sapientiae.org.br

Mamães saudáveis: sete questões sobre diabetes gestacional


O diabetes é uma doença que requer vigilância e cuidados especiais, principalmente nas gestantes, que precisam ter atenção redobrada para que não haja aumento dos níveis de açúcar no sangue durante a gravidez. Segundo o obstetra Jorge Rezende Filho, da Casa de Saúde Santa Lúcia, a doença, que afeta cerca de 7% das mulheres, aparece depois do segundo trimestre e pode persistir até o fim da gestação.

Em comemoração ao Dia Mundial do Diabetes, lembrado em 14 de novembro, tire suas dúvidas e saiba como ter uma gestação tranquila longe do diabetes.

  1. Hormônios à flor da pele
O diabetes gestacional, normalmente, está relacionado com alterações hormonais. Durante a gravidez, o organismo da mulher sofre diversas mudanças. A principal delas é o aumento na produção de hormônios que podem dificultar ou bloquear a ação da insulina no corpo – substância responsável pelo controle de açúcar no sangue. Na maioria das grávidas, o próprio organismo compensa esse desequilíbrio ao fabricar mais insulina, mas nem todas as mulheres reagem da mesma forma, é quando ocorre a elevação glicêmica, característica do diabetes gestacional.

  1. O excesso de peso é um risco
De acordo com Jorge Rezende Filho, o diabetes gestacional pode se desenvolver em grávidas que estão acima do peso ou que ganham quilos muito rápido. Ele afirma que alimentação balanceada e dieta nutritiva são as melhores formas de evitar a doença. Entretanto, não são só as obesas que têm risco de contrair o diabetes. “Mulheres com a síndrome do ovário policístico e aquelas com histórico de diabetes na família também fazem parte do grupo de risco”, revela o obstetra.

  1. Doença silenciosa
O perigo do diabetes está no fato de a doença não apresentar sintomas, exceto em suas formas mais graves. Segundo o obstetra, alguns sinais são confundidos com outros fatores da gravidez, como inchaço, vômitos sequenciais, visão turva, fadiga, sede e urina em excesso, infecções na bexiga ou na vagina. Por isso, ele ressalta a importância do diagnóstico precoce. “A investigação do diabetes deve acontecer tão logo a gravidez complete a 24ª, semana para preservar a saúde da mãe e do bebê”, indica o especialista.

  1. A curva glicêmica
O exame indicado para o diagnóstico de diabetes gestacional é a curva glicêmica. Nesse teste oral a grávida deve ingerir 100 gramas do mesmo líquido e, novamente, de hora em hora, ser feita a coleta de sangue. Assim, uma hora depois de a substância ser ingerida, o nível de glicose não deve ultrapassar 180 mg/dl. Duas horas depois, esse valor não deve ultrapassar 155 mg/dl. Por fim, após três horas, deve ser menor do que 140 mg/dl. Para fazer os exames é necessário jejum noturno de oito a doze horas.
 
  1. Tratamento à base de dieta
Na maioria dos casos, o tratamento do diabetes gestacional envolve questões psicológicas, como o exercício da determinação e da disciplina. O controle das taxas de açúcar deve ser feito com uma dieta balanceada. Jorge Rezende Filho aconselha também a prática de atividades físicas. Segundo ele, apenas as mulheres que já possuíam a doença antes de engravidar seguem um tratamento diferencial à base de medicamentos ou doses de insulina, porém, o cuidado com a nutrição e a prática de exercícios físicos também servem para elas.

  1. Perigo para mães e bebês
O excesso de açúcar representa um risco para os bebês, pois o pâncreas – órgão responsável pela produção de insulina – fica sobrecarregado. Além disso, essa substância é responsável pelo crescimento de alguns órgãos e tecidos, dessa forma, o diabetes gestacional pode interferir nesse processo, trazendo consequências como aumento de órgãos, icterícia, problemas respiratórios e até cardíacos. Para a mãe, o malefício do diabetes pode estar relacionado com a elevação da pressão arterial.

  1. Prevenção para ficar longe do diabetes
A prevenção é a melhor forma de estar distante das preocupações com o diabetes. Realizar um bom pré-natal com um especialista de confiança, manter a alimentação saudável resistindo às tentações e a alguns desejos, procurar uma atividade física de baixo impacto que de adapte-se a suas condições e manter os exames clínicos em dia são algumas dicas do obstetra Jorge Rezende Filho para você ter uma gravidez tranquila e com saúde. Se mesmo assim você desenvolver diabetes gestacional, saiba que ela passa após o parto e seus níveis de glicose voltarão ao normal. 


Mitos e Verdades sobre a gravidez


 Especialista responde as 10 principais dúvidas das gestantes


A gestação é um período em que a mulher passa por diversas emoções e é natural surgirem dúvidas principalmente quando se trata do primeiro filho. Segundo o Ginecologista e Obstetra do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dr. Fabio Muniz, nesta fase o corpo da mulher sofre diversas alterações. Algumas mulheres, por exemplo, alegam sentir mais calor durante a gestação e isso pode ocorrer devido ao aumento da progesterona, hormônio que torna o corpo feminino  propício à gravidez, acelerando o metabolismo, o que aumenta a temperatura corporal.

Outro fator que atinge a maioria das gestantes são os enjôos frequentes, que em alguns casos ultrapassam as primeiras semanas da gestação causando um desconforto contínuo, e ao contrário do que muitos pensam, não há uma relação com a quantidade de cabelos do feto, elas ocorrem devido à sensibilidade aos hormônios da gravidez, que pode variar de organismo para organismo.

Para esclarecer as principais dúvidas das gestantes, o Ginecologista e Obstetra Dr. Fabio Muniz respondeu as 10 perguntas mais questionadas em seu consultório:


- Fazer exercícios grávida prejudica o bebê? Quais tipos de exercício são indicados?

A realização de exercícios físicos aumenta a sensação de bem-estar e consciência das transformações corporais durante a gravidez. É muito importante que o exercício seja acompanhado por um educador físico e tenha liberação de seu médico.  Para as gestantes que já praticavam atividade física antes da gravidez, a intensidade deve ser reduzida em aproximadamente 1/4. As gestantes que vão iniciar a atividade devem começar com caminhadas leves entre 15 e 20 minutos. A frequência cardíaca não deve ultrapassar os 140 batimentos por minuto. O ideal é que a mulher aprimore seu desempenho antes da gravidez e mantenha o hábito de se exercitar três vezes por semana.  Dentre as atividades recomendadas para gestante estão  as caminhadas, natação, ginástica sem impacto, hidroginástica, RPG e  alongamento.


- É possível engravidar na menopausa?

O que caracteriza a menopausa é a ausência da menstruação e depois de confirmado este diagnóstico, não é possível engravidar por meios naturais. Pode ocorrer de a mulher engravidar no período que antecede a menopausa, pois a menstruação pode ficar irregular, mas eventualmente a mulher ovula, e se não utilizar algum método contraceptivo poderá engravidar.  


- Quem tem o bico invertido terá problemas na amamentação? O que se deve fazer?

Sim, gestante com mamilos planos terão mais dificuldade para amamentar, pois a “pega” será prejudicada. Existem mamilos que apresentam uma pseudoinversão e com uso de conchas mamilares e leve manipulaçao podem exteriorizar. A gestante deverá sempre ser avaliada pelo seu médico para orientações sobre o aleitamento e cuidados com as mamas na gravidez e pós parto.


- O Formato da barriga indica o sexo do bebê?

O formato do corpo da mãe determina como será a barriga, se mais arredonda ou pontuda e isto esta relacionado à estrutura muscular do abdômen materno e a postura.  Para quem possui a musculatura mais definida, a tendência é que a barriga fique mais alta, e nos casos de musculatura mais flácida, a barriga fica mais baixa.


- Sexo durante a gravidez faz mal e pode antecipar o parto?

O sexo em condições normais não faz mal nem desencadeia o trabalho de parto prematuro. Existe restrição em situações anormais, como na ameaça de aborto, risco de trabalho de parto prematuro ou quando ocorre a ruptura da membrana amniótica.


- Quais os principais cuidados que a gestante deve ter durante a gravidez?

Toda gestante merece apoio e atenção não só pelas condições orgânicas as quais passará, como também pelas modificações psicológicas geradas no período.  A participação do companheiro e da família é fundamental. O acompanhamento pré-natal é de extrema importância, pois permitirá a identificação de situações de risco à gravidez, condições clínicas que poderão ser tratadas permitindo intervenções no intuito de manter o bem estar materno e fetal.  É indicado também o acompanhamento de um médico da confiança da paciente que orientará e esclarecerá duvidas referente as alterações fisiológicas ou patológicas da gravidez como também da adoção de medidas comportamentais e dietéticas benéficas à evolução da gravidez saudável.


- Grávidas podem fumar ou ingerir bebidas alcoólicas? Qual o risco para o bebê?

Pelos malefícios à saúde, nenhuma pessoa deveria fumar.  Grávidas então, jamais. Além de trazer sérios riscos para a saúde materna, o hábito de fumar poderá causar aborto espontâneo, parto prematuro, recém-nascidos de baixo peso e morte fetal. A gestante que fuma apresenta mais complicações durante o parto e tem o dobro de chance de dar a luz a um bebê de baixo peso e menor comprimento. O monóxido de carbono e a nicotina passam para o feto através da placenta. Existem estudos que demonstram que crianças de sete anos, filhos de mães fumantes apresentam atraso no aprendizado quando comparados a filhos de mães não fumantes.  A gestante que vive em ambiente poluído pela fumaça do cigarro também pode apresentar os mesmos problemas.

As gestantes não devem ingerir bebida alcoólica em nenhuma quantidade.  Estudos recentes nos EUA mostram que o álcool é umas das principais causas de retardo mental em recém-natos. O álcool passa para o feto através da barreira placentária e como os órgãos fetais não tem plena capacidade de metabolizá-lo pode gerar danos irreversíveis. O hábito de ingerir bebida alcoólica na gravidez além de gerar problemas obstétricos, pode levar a síndrome alcoólica fetal que causa baixo peso, déficit mental, deformidades cardíacas e do sistema nervoso central. Muitas mulheres bebem um pouco durante a gravidez (um cálice) e conseguem dar luz a bebes saudáveis, contudo, não há segurança nesta medida.  Portanto o recomendável é que seja suspenso o uso de bebida alcoólica durante a gravidez e amamentação.



- A gestante pode pintar ou descolorir o cabelo? E usar alisantes ou fazer escova progressiva?

Embora não exista comprovação científica de que as tinturas, ondulações e processos químicos afetem o bebê, os produtos utilizados contêm na sua maioria, amônia, um produto com forte odor que pode causar mal estar e pode ser absorvida em pequena quantidade pelo couro cabeludo.  Produtos que contenham chumbo em sua formulação também devem ser evitados. A opção fica por conta de tinturas que não utilizem estes produtos e os reflexos e luzes que não atigem o couro cabeludo. A hena pode ser utilizada desde que não tenha chumbo em sua composição.


- Porque usar salto alto é um risco?

De acordo com especialistas do aparelho locomotor, sapatos de salto alto são prejudiciais à saúde das pernas e coluna, porém o salto de dois centímetros é considerado ideal para postura humana. Na gravidez salto alto apresenta maior risco, considerando possíveis tonturas, sonolência, dificuldade motora e vertigens que são sintomas comuns deste período. Todos os calçados utilizados no período da gravidez devem ser confortáveis, de materiais flexíveis, sem aperto ou bico fino. Deve se preferir solados emborrachados prevenido contra escorregões e quedas.


- Pode consumir carne crua como sashimi e carpaccio?

A maior preocupação com relação à carne crua é a toxoplasmose, doença típica de animais domésticos que pode levar danos ao feto.  Durante o pré-natal se for constatado a ausência de anticorpos contra a toxoplasmose, a recomendação é de se evitar o contato com animais e a ingestão de carne crua ou mal passada.

Método contraceptivo pós-gravidez: escolha o seu


Em meio a tantas tarefas e preocupações, mulheres que acabaram de ter um filho precisam ficar atentas para não terem uma nova gestação logo na sequência de um parto. Muitas se perguntam por que tanta preocupação com o tema, já que as relações sexuais nesta fase costumam ser escassas e o aleitamento pode funcionar como um método contraceptivo natural ao inibir as ovulações pela alta produção de prolactina.

“É preciso tomar cuidado, pois o corpo da mulher necessita de tempo para se recuperar de uma gestação”, explica o Dr. José Bento, ginecologista e obstetra dos hospitais Albert Einstein e São Luís. Segundo o especialista, mesmo que a mulher deseje ter mais filhos, os médicos recomendam um intervalo de pelo menos seis meses entre as gestações com parto normal e no mínimo nove meses em caso de cesárea, para que o corpo se restabeleça de forma adequada.

Embora seja comum acreditar que o aleitamento exclusivo previna uma nova gravidez, é importante fazer a prevenção com outros métodos para garantir. “A mulher passa por um período de resguardo de 40 dias após o parto, onde não deve ter relações sexuais. Após este período, cada organismo reage de maneira diferente e é possível que a mulher engravide se não houver outra forma de prevenção”, explica o Dr. Bento.

Existem diversas maneiras de prevenir gravidez nesse período e é importante que a mulher converse com um médico para saber qual o método mais indicado para ela. Alguns profissionais preferem não receitar pílulas contraceptivas para mulheres que estão amamentando e recomendam o uso da camisinha ou métodos de longa duração, como o Sistema Intrauterino (SIU) com hormônio.
“O SIU com hormônio é muito indicado para mulheres que acabaram de ter um filho. Ele pode ser colocado 40 dias após o parto e é muito eficaz”, conclui o Dr. José Bento.


Pílula anticoncepcional de progesterona

Para quem amamenta, é indicada a pílula de progesterona de uso contínuo. Como a pílula tradicional, sua eficácia está diretamente ligada ao uso correto da pílula. A diferença é que ela só contém o progestágeno, hormônio sintético semelhante à progesterona, enquanto as pílulas tradicionais possuem uma combinação de estrogênio e progesterona. Pílulas com estrogênio não são adequadas para quem amamenta, pois interfere na qualidade e na quantidade de leite.


SIU com hormônio

O dispositivo libera doses pequenas de progesterona diretamente na cavidade uterina, mas com menos efeitos adversos porque a ação do hormônio é local, e com alta eficácia contraceptiva. Com o uso desse tipo de dispositivo, a menstruação tende a diminuir muito, podendo até desaparecer. Ele ainda pode ser indicado no tratamento de sangramento menstrual abundante e como adjuvante na terapia hormonal. A duração de um SIU (Sistema intra-uterino) com hormônio é de até 5 anos. No Brasil, esse método contraceptivo  é comercializado sob o nome Mirena.


DIU

O DIU (dispositivo intrauterino) é um pequeno instrumento em forma de T que é inserido dentro do útero e impede a passagem dos espermatozoides para as tubas uterinas, onde costuma acontecer a fecundação. É um método eficiente e pode ser usado inclusive por mulheres que amamentam. Esse dispositivo normalmente é revestido de fios de cobre e dura de três e dez anos.


Implante subcutâneo

O implante subcutâneo é um microbastão de hormônio sintético similar à progesterona, que deve ser implantado no antebraço com anestesia local através de uma microcirurgia. Este hormônio age na inibição da ovulação, impedindo a gravidez e pode durar até 3 anos.




Bayer: Science For A Better Life


Tendência de adiar a chegada dos filhos pode ser revertida com informação


Cada vez mais casais recorrem à fertilização assistida. Aparentemente, postergar a chegada dos filhos se tornou tendência entre os jovens casais. Em boa parte dos casos, muito provavelmente, porque as mulheres estão priorizando a realização profissional e a estabilidade financeira. O problema é que o ‘momento certo’ geralmente vem acompanhado de um declínio na fertilidade feminina.

A taxa de infertilidade da população mundial gira em torno de 15% e está se elevando rapidamente. A idade da mãe é uma das causas mais comuns. Depois dos 40 anos, as chances de engravidar naturalmente despencam de 20% para 8%. “As causas da infertilidade podem ser atribuídas igualmente a homens e mulheres, com 40% cada. Os 20% restantes dizem respeito a outros fatores. Certamente, o ritmo estressante de vida e a decisão de adiar a maternidade podem dificultar a realização do sonho de ser mãe”, diz Suely Resende, especialista em Medicina Reprodutiva e diretora da unidade de Campo Grande (MS) do Fertility – Centro de Fertilização Assistida.

Para a especialista, por mais que a mulher queira ou precise adiar os planos de ter filhos, deveria tentar engravidar entre os 30-35 anos para aumentar as taxas de sucesso em vários sentidos. “A partir dos 50 anos não é mais aconselhável considerar engravidar por técnicas de reprodução assistida. Não apenas porque essa paciente estará na terceira idade quando o filho ou filha estiver na adolescência, mas por questões de saúde também. Quanto maior a idade da gestante, proporcionalmente maiores são os riscos para ela e o bebê. É preciso levar em conta que a reprodução humana assistida tem um caráter benéfico, de viabilizar a formação da família, evitando qualquer malefício aos envolvidos”.

Mas não se restringem somente às mulheres os problemas enfrentados com relação à idade. Enquanto alguns homens também estão adiando a decisão de serem pais para depois de conquistar estabilidade financeira, outros, que estão em novos relacionamentos, experimentam a novidade de serem pais outa vez por volta dos 50 ou 60 anos, quando os filhos do primeiro casamento já estão crescidos. Mas, nem tudo é tão simples. Pesquisas mostram que está aumentando o número de homens em busca de ajuda especializada depois dos 40 anos. Isto porque a quantidade e a qualidade do esperma decrescem com o passar do tempo.

“Quanto mais adiar a concepção, tanto mais problemas o casal deve encontrar para ter filhos, precisando recorrer à ajuda especializada. Apesar de os homens terem uma fase reprodutiva mais flexível do que as mulheres, o esperma sofre importantes alterações ao longo dos anos. Além disso, estudos mostram que o fator idade está relacionado também a um aumento de risco para anormalidades genéticas. Daí a importância de mais informação acerca desse assunto e de um acompanhamento especializado”, alerta Suely. 




Dra. Suely Resende - médica ginecologista e obstetra, especialista em Medicina Reprodutiva e diretora da unidade de Campo Grande (MS) do Fertility – Centro de Fertilização Assistida.



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