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Visualize a seguinte cena: concentrado em suas demandas de trabalho, um profissional abre o celular e rola o feed das redes sociais sem nem perceber, só se dando conta quando a rápida navegada na internet o impede de concluir diversas tarefas no tempo estipulado.
Se identificou? Pois saiba que isso é mais comum do que parece: em um estudo recente, que investigou a produtividade dos brasileiros nas empresas, 36,2% dos entrevistados admitiram ter problemas para gerenciar as atuais demandas devido às distrações digitais — consideradas, no levantamento, o principal vilão da gestão do tempo nos escritórios.
Os dados acabam de ser divulgados pela Conquer Business School, escola de negócios que, nas últimas semanas, desvendou a relação de trabalhadores de todas as regiões com o tempo, dos métodos e ferramentas mais funcionais aos obstáculos compartilhados pelos respondentes.
Em um momento no
qual muito se discute os efeitos da internet no cérebro, tal hábito parece
apontar para a busca por picos de prazer e satisfação em meio às obrigações
corporativas — a famosa “dopamina barata", que, ao gerar sensações
rápidas de recompensa sem esforço, só aumentaria o desânimo diante das tarefas
do dia a dia. "Não por acaso, a procrastinação está entre
os principais desafios relatados pelos profissionais, que compartilharam
dificuldade ao lidar com distrações gerais no trabalho", destaca Juliana
Alencar, Diretora de Marketing da Conquer.
Redes
sociais, o vilão número um da produtividade
Ao serem questionados sobre sua relação com as atividades de trabalho, por exemplo, 35% dos entrevistados pela escola de negócios foram enfáticos, ressaltando dois desafios específicos ao priorizar e executar tarefas: a sobrecarga e a dificuldade de cumpri-las dentro do prazo, questões que os fazem encerrar constantemente o expediente com a sensação de cansaço (50,8%), ansiedade e preocupação (10%) ou estresse (8,2%).
No dia a dia profissional, contribuem para a falta de organização problemas internos e externos, que impedem os colaboradores de alcançarem os resultados de forma eficaz.
Quando o assunto é manter uma rotina de trabalho produtiva, segundo os respondentes, o principal impeditivo tem sido a prática de conferir a internet e redes sociais (36,2%), geralmente para breves minutos de estímulo entre memes, vídeos virais, atualizações dos amigos e notícias.
Não só ela, aliás. Entre fatores como interrupções frequentes por parte do líder e colegas, excesso de demandas e o desânimo, o que não faltam, atualmente, são “vilões” para um trabalho mais produtivo, culminando em um hábito natural para a maioria dos respondentes: o de fazer as famosas horas extras quando poderiam estar descansando.
Do ChatGPT ao Trello: ferramentas para driblar a improdutividade
Para vencer os dias improdutivos no trabalho, há quem encontre na tecnologia uma aliada no processo de auto-organização, algo que os profissionais brasileiros já vêm colocando em prática… e certamente colhendo bons resultados.
Em 2025, ao que tudo indica, são poucos os colaboradores que não têm, em maior ou menor grau, recorrido a ferramentas digitais para melhorar a produtividade: entre os entrevistados pela Conquer, somente 17% compartilharam não fazer uso de tais soluções, seja por tentativas mal-sucedidas no passado ou falta de interesse e necessidade.
Mas, afinal, quais
seriam os softwares, programas e extensões mais populares entre os
brasileiros hoje, que tornariam o dia a dia corporativo muito mais ágil? Se
consideradas as respostas dos entrevistados, ao menos três: o
gerenciador de projetos Trello, citado por 12% deles, o Notion,
que se adequa às mais diferentes necessidades (5%), e, ainda, o “faz-tudo”
ChatGPT — cujos inúmeros benefícios o tornam a ferramenta para produtividade
mais comum nas empresas (12%).
De toda forma, tais auxiliadores estariam longe de substituir certos ajustes e investimentos por parte das organizações, o que, na visão dos colaboradores, ajudaria a ter mais êxito na batalha contra a improdutividade.
Prazos realistas e bem definidos (34,2%), reuniões objetivas (26,8%) e, ainda, treinamentos e cursos sobre gestão do tempo (25,6%) são apenas algumas das mudanças desejadas pelos brasileiros, para os quais, hoje, ter uma rotina sem interrupções ou distrações (58,4%) é o que garantiria mais resultados — e, possivelmente, muito mais satisfação.
“Embora, muitas
vezes, seja associado a um traço de personalidade, ser produtivo nada mais é
que uma habilidade e, como tal, pode ser aperfeiçoada no dia a dia”, comenta
Juliana Alencar, Diretora de Marketing da Conquer. “Observar padrões de
comportamento no trabalho, identificar certos ‘ladrões de tempo’ e desenvolver
uma nova disciplina são alguns dos primeiros passos — e podem ser explorados
via Conquer Plus, nosso streaming de cursos como o ‘Produtividade e Gestão do
Tempo’, ideal para quem quer alcançar os objetivos mesmo em cenários
desafiadores.”
Metodologia
Para compreender como os brasileiros avaliam a própria gestão do tempo e produtividade profissional, nas últimas semanas, foram entrevistados 500 adultos (maiores de 18 anos) residentes em todas as regiões e conectados à internet. O índice de confiabilidade foi de 95%, e a margem de erro foi de 3,3 pontos percentuais.
Ao todo, os respondentes tiveram acesso ao total de 5 questões, que exploraram suas relações com a organização de tarefas, as ferramentas favoritas e os principais obstáculos para um trabalho mais produtivo. A organização das respostas possibilitou a criação de diferentes rankings, nos quais você confere o percentual de cada alternativa apontada pelos entrevistados.



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