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quinta-feira, 12 de junho de 2025

Imunidade natural no inverno, homeopata explica


Com a chegada do frio, aumentam os casos de gripes, resfriados e infecções respiratórias, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com imunidade fragilizada. E, diante desse cenário, cresce também o apelo por soluções naturais que, além de eficazes, tenham menor impacto colateral quando comparadas a medicamentos de uso contínuo. 

Segundo o farmacêutico naturopata Jamar Tejada, extratos como equinácea, astragalus, diferentes tipos de própolis e o óleo essencial de orégano vêm sendo cada vez mais estudados por sua capacidade de modular a resposta imunológica e atuar na prevenção de infecções virais e bacterianas, sem os efeitos adversos comuns em muitos medicamentos sintéticos. “No entanto, “natural” não significa isento de riscos — por isso, o uso deve sempre ser orientado por um profissional habilitado, considerando possíveis interações e contraindicações”, alerta o especialista que deixa as dicas:
 

Equinácea (Echinacea purpurea)

Rica em alquilamidas, ácido cafeico e polissacarídeos, a equinácea estimula a fagocitose e aumenta a produção de linfócitos e interferons — substâncias essenciais no combate a vírus respiratórios. Seu uso é indicado tanto na prevenção quanto nos estágios iniciais de gripes e resfriados.

Pode interagir com imunossupressores e deve ser evitada por pessoas com doenças autoimunes ou alergia a plantas da família das asteráceas.


Astragalus (Astragalus membranaceus)

Planta adaptógena de origem chinesa, contém saponinas, polissacarídeos e flavonoides com ação imunomoduladora. Fortalece a imunidade inata e adaptativa, sendo ideal para pessoas que adoecem com frequência ou que enfrentam períodos de estresse físico ou emocional.

Deve ser usado com cautela por pessoas que utilizam imunossupressores ou têm doenças autoimunes.


Própolis: verde, marrom e vermelho

O própolis brasileiro é mundialmente reconhecido pela sua diversidade e potência terapêutica. Seu principal diferencial está na variedade de compostos fenólicos, que variam conforme a origem botânica:

  • Própolis verde: Extraído do alecrim-do-campo (Baccharis dracunculifolia), é rico em artepelin C, com potente ação anti-inflamatória, antiviral e antioxidante.
  • Própolis vermelho: Originário da Dalbergia ecastaphyllum, planta dos manguezais nordestinos, contém isoflavonoides como a formononetina, com ação imunomoduladora e anti-infecciosa.
  • Própolis marrom: De composição mais ampla e variável, apresenta ácidos fenólicos como o cumárico, ferúlico e benzoico, com propriedades antibacterianas e antifúngicas.

Pode causar reações alérgicas em pessoas sensíveis a produtos apícolas. A forma alcoólica deve ser evitada por crianças, gestantes ou pessoas com distúrbios hepáticos.
 

Óleo essencial de orégano (Origanum vulgare)

Rico em carvacrol e timol, dois compostos com forte ação antimicrobiana e antifúngica. Esses ativos agem rompendo a membrana celular de microrganismos e inibindo sua multiplicação. É um recurso natural valioso na prevenção de infecções respiratórias.

Não deve ser ingerido puro. Gestantes, lactantes e pessoas com distúrbios gástricos devem evitá-lo sem orientação profissional.
 

Qualquer um pode fazer uso?

Embora essas substâncias apresentem menor toxicidade em comparação com fármacos convencionais, elas não são neutras ao fígado. “Extratos vegetais concentrados, cápsulas e óleos essenciais também passam por metabolização hepática e, quando utilizados sem critério, podem sobrecarregar o organismo ou interagir com outros medicamentos”, avisa Jamar.

Por isso, é fundamental contar com a orientação de um profissional qualificado — especialmente em casos de doenças crônicas, uso contínuo de remédios ou histórico de alergias. “Vale lembrar que todos esses ativos podem ser manipulados em forma de cápsulas em farmácias de manipulação, o que permite personalização da formulação conforme a necessidade de cada paciente”, diz.

Cuidar da imunidade vai muito além de escolher bons suplementos. Uma alimentação equilibrada, sono de qualidade, manejo do estresse e redução do consumo de ultraprocessados são parte indispensável de qualquer estratégia de saúde duradoura.

Ele lembra ainda que essas substâncias naturais podem ser aliadas poderosas, mas não substituem uma orientação individualizada e profissional. Usadas com consciência, fortalecem o corpo — não apenas contra gripes e resfriados, mas como suporte para um organismo mais resiliente durante todo o inverno.


Jamar Tejada - Farmacêutico graduado pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica pela Universidade Luterana do Brasil, RS (ULBRA), Pós-Graduação em Gestão em Comunicação Estratégica Organizacional e Relações Públicas pela USP (Universidade de São Paulo), Pós-Graduação em Medicina Esportiva pela (FAPES), Pós-Graduação em Comunicação com o Mercado pela ESPM, Pós-Graduação em Formação para Dirigentes Industriais com Ênfase em Qualidade Total - Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-(UFRGS) e Pós-Graduação em Ciências Homeopáticas pelas Faculdades Associadas de Ciências da Saúde. Proprietário e Farmacêutico Responsável da ANJO DA GUARDA Farmácia de manipulação e homeopatia desde agosto 2008. www.tejardiando.com.br
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