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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Colabore e ABRA chamam a atenção para um dos complicadores da Covid-19


Campanha #AtualizaAsma pressiona as autoridades para que protocolo de tratamento da doença, que não é revisto desde 2013, seja atualizado

 

Você já imaginou como é viver com dificuldade para respirar? Essa é a sensação que mais de 20 milhões de pacientes convivem diariamente e precisam fazer uso de medicações adequadas para controlar crises. Um dos grupos de maior risco frente à Covid-19, os asmáticos contam com um protocolo de tratamento que foi atualizado pela última vez em 2013.

Nos últimos sete anos, várias tecnologias para asma foram lançadas no mercado, mas os pacientes não estão tendo acesso a elas pelo SUS. A campanha #AtualizaAsma, criada pela ABRA (Associação Brasileira de Asmáticos) e pela Colabore com o Futuro, pretende mudar esse cenário.

“O paciente tratado pode ter uma vida normal, ou pelo menos muito próxima do normal. Hoje, no Brasil, menos de 33% dos pacientes fazem uso contínuo dos medicamentos para o controle da doença e somente 12,4% tem sua asma controlada”, explica Dra. Zuleid Linhares Mattar atual presidente da ABRA.

Um dos principais motivos para a falta de adesão ao tratamento é a dificuldade ao acesso. “Entendemos que é fundamental a incorporação no SUS de todas as classes de medicamentos hoje conhecidos para o tratamento da asma. Em sete anos surgiram novos medicamentos que poderão significar a diferença entre viver e morrer para os pacientes asmáticos”, pontua a presidente. “Existem alguns medicamentos que só estão disponíveis em apresentações inadequadas às crianças ou aos portadores de dificuldades na aspiração, por exemplo, e essas falhas precisam ser sanadas”, completa.

A campanha busca mostrar, de forma muito simples e de fácil entendimento, que esse é um período muito longo para que PCDT (protocolo clínico e diretrizes farmacêuticas) não seja atualizado. “Neste período, muitas tecnologias inovadoras foram lançadas, mas se não consta no PCDT, os médicos não podem receitar”, explica Carolina Cohen, cofundadora da Colabore com o Futuro.

O principal objetivo da campanha é engajar a população nesse movimento, pedindo que assinem o manifesto de apoio à atualização do PCDT que será encaminhado aos tomadores de decisão. “Nós estamos com a ABRA nessa luta que pode melhorar a vida de milhões de pacientes, ainda mais nesse momento, em que a pandemia da Covid-19 oferece um risco ainda maior para a vida dessas pessoas”, destaca.

A ABRA-SP (Associação Brasileira de Asmáticos) está conversando com as autoridades responsáveis pela atualização do PCDT para conscientizá-los sobre os benefícios que os novos tratamentos trazem para o paciente, visando atualizar esse protocolo e garantir que os pacientes para asma possam ter acesso ao tratamento que de fato precisam.

Para fortalecer a sociedade civil na busca dos seus direitos, a Colabore Com o Futuro, primeiro negócio social de advocacy da América Latina, identifica as principais necessidades, mobiliza os principais envolvidos no processo e encabeça campanhas que visam ampliar as políticas de saúde do país. “Em apenas três anos de existência, já mudamos a vida de mais de 8 milhões de pessoas com o nosso trabalho. A Colabore é a força que une a sociedade, o mercado e os representantes da administração pública para que o acesso à saúde seja cada vez mais amplo e eficiente”, finaliza Carolina.

Para que esse pedido seja ouvido, o manifesto #AtualizaAsma precisa de 10 mil assinaturas e pode ser acessado neste link https://www.atualizaasma.com/assine-o-manifesto

 



Sobre a Colabore Com o Futuro

A Colabore com o Futuro é o primeiro negócio social de advocacy da América Latina e convoca a sociedade a participar das decisões de saúde junto ao governo, criando de maneira transparente e sustentável políticas públicas mais democráticas, justas e efetivas. A organização é a força que une a população, o mercado e os representantes da administração pública em torno de um sistema que garanta o acesso à saúde para todos.


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