Campanha #AtualizaAsma pressiona as autoridades para que protocolo de tratamento da doença, que não é revisto desde 2013, seja atualizado
Você já imaginou como é viver com
dificuldade para respirar? Essa é a sensação que mais de 20 milhões de
pacientes convivem diariamente e precisam fazer uso de medicações adequadas
para controlar crises. Um dos grupos de maior risco frente à Covid-19, os
asmáticos contam com um protocolo de tratamento que foi atualizado pela última
vez em 2013.
Nos últimos sete anos, várias tecnologias para asma foram lançadas no mercado, mas os pacientes não estão tendo acesso a elas pelo SUS. A campanha #AtualizaAsma, criada pela ABRA (Associação Brasileira de Asmáticos) e pela Colabore com o Futuro, pretende mudar esse cenário.
“O paciente tratado pode ter uma vida
normal, ou pelo menos muito próxima do normal. Hoje, no Brasil, menos de 33%
dos pacientes fazem uso contínuo dos medicamentos para o controle da doença e
somente 12,4% tem sua asma controlada”, explica Dra. Zuleid Linhares Mattar
atual presidente da ABRA.
Um dos principais motivos para a falta
de adesão ao tratamento é a dificuldade ao acesso. “Entendemos que é
fundamental a incorporação no SUS de todas as classes de medicamentos hoje
conhecidos para o tratamento da asma. Em sete anos surgiram novos medicamentos
que poderão significar a diferença entre viver e morrer para os pacientes
asmáticos”, pontua a presidente. “Existem alguns medicamentos que só estão
disponíveis em apresentações inadequadas às crianças ou aos portadores de
dificuldades na aspiração, por exemplo, e essas falhas precisam ser sanadas”,
completa.
A campanha busca mostrar, de forma
muito simples e de fácil entendimento, que esse é um período muito longo para que
PCDT (protocolo
clínico e diretrizes farmacêuticas) não
seja atualizado. “Neste período, muitas tecnologias inovadoras foram lançadas,
mas se não consta no PCDT, os médicos não podem receitar”, explica Carolina
Cohen, cofundadora da Colabore com o Futuro.
O principal objetivo da campanha é
engajar a população nesse movimento, pedindo que assinem o manifesto de apoio à
atualização do PCDT que será encaminhado aos tomadores de decisão. “Nós estamos
com a ABRA nessa luta que pode melhorar a vida de milhões de pacientes, ainda
mais nesse momento, em que a pandemia da Covid-19 oferece um risco ainda maior
para a vida dessas pessoas”, destaca.
A ABRA-SP (Associação Brasileira de
Asmáticos) está conversando com as autoridades responsáveis pela atualização do
PCDT para conscientizá-los sobre os benefícios que os novos tratamentos trazem
para o paciente, visando atualizar esse protocolo e garantir que os pacientes
para asma possam ter acesso ao tratamento que de fato precisam.
Para fortalecer a
sociedade civil na busca dos seus direitos, a Colabore Com o Futuro,
primeiro negócio social de advocacy da América Latina,
identifica as principais necessidades, mobiliza os principais envolvidos no
processo e encabeça campanhas que visam ampliar as políticas de saúde do país.
“Em apenas três anos de existência, já mudamos a vida de mais de 8 milhões de
pessoas com o nosso trabalho. A Colabore é a força que une a sociedade, o
mercado e os representantes da administração pública para que o acesso à saúde
seja cada vez mais amplo e eficiente”, finaliza Carolina.
Para que esse pedido seja ouvido, o
manifesto #AtualizaAsma precisa de 10 mil assinaturas e pode ser acessado neste
link https://www.atualizaasma.com/assine-o-manifesto
Sobre
a Colabore Com o Futuro
A Colabore com o Futuro é o primeiro
negócio social de advocacy da América Latina e convoca a sociedade a
participar das decisões de saúde junto ao governo, criando de maneira
transparente e sustentável políticas públicas mais democráticas, justas e
efetivas. A organização é a força que une a população, o mercado e os
representantes da administração pública em torno de um sistema que garanta o
acesso à saúde para todos.
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