O Halving, regra do algoritmo do Bitcoin que
determina a redução, pela metade, do número de novas moedas produzidas pelos
mineradores, já passou e agora o que se especula no mercado é como vai ser a
perspectiva do Bitcoin para 2020. Além do halving, que influencia no mercado, o
mercado de criptomoedas está passando por um momento de crise mundial, devido
ao Covid-19. Além disso, a alta do dólar influenciou o ecossistema e gerou uma
oscilação dos ativos digitais, gerando incertezas no mercado.
Para Bernardo Schucman, CEO da FastBlock,
umas das maiores empresas do mundo de administração e consultoria de
blockchain, a perspectiva é que o valor do bitcoin suba gradativamente. Após o
halving, podemos constatar que houve uma desaceleração da rede, com perda de
hashrate, diminuição da taxa de hash e com isso, acabou gerando um backlog ,uma
fila de transações a serem processadas e incluídas no bloco. Temos mais de 70
mil transações a serem incluídas neste momento também temos uma previsão para
queda pequena na dificuldade para o próximo recálculo. O principal motivo que
vai impulsionar a força do hashrate da rede ,neste momento específico,vai ser o
preço do bitcoin.
“Enquanto vemos esse movimento de redução da taxa
do hash, vemos também taxas maiores na rede, como por exemplo a taxa de
minerador. Para dar velocidade em uma operação para que ela seja confirmada com
mais velocidade vai custar mais caro, pois teremos uma fila maior de operações
nesse momento que o hashrate da rede está caindo e as taxas de mineração só
irão baixar no ajuste da dificuldade, que sempre vem a cada 15 dias em
média” revela Bernardo.
O preço do Bitcoin após halving, indicou uma
tendência para ter uma subida no valor. Além disso, o aumento no bitcoin pode
ter sido causado também, pela inclusão das exchanges Gemini e a Coinbase, que
passaram a ter contas e processar operações de pagamentos nos bancos da JP
Morgan.
Segundo João Canhada, CEO da Foxbit,
uma das maiores exchanges de criptoativos do Brasil, historicamente o halving
alcançou seu valor mais alto um ano após a data em que ele ocorreu. “Em 2012
houve o primeiro halving e o preço recorde foi batido no ano seguinte, o mesmo
ocorreu no halving de 2016 alcançando sua maior cotação em 2017. Levando isso
em conta, estávamos otimistas com o preço em dólar, esperando um novo recorde
de valor em 2021, mas dado os patamares atuais da moeda americana no Brasil, é
provável que o bitcoin supere o preço histórico de 2017 muito mais rápido em
nosso país do que no restante do mundo. Assim como todos os outros ativos
houve uma queda, mas já foi possível recuperar o 13 de março, além de acumular
lucro. Portanto, o bitcoin continua firme como um ótimo ativo para se manter em
carteira dado sua recuperação em 2020”, revela Canhada.
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