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quinta-feira, 6 de junho de 2019

Risco de mortes por quedas entre maiores de 75 anos duplicou nos EUA, aponta estudo


Um estudo inédito publicado nesta terça (4) pelo Journal of the American Medical Association (JAMA) revelou que o risco de mortes por quedas entre maiores de 75 anos duplicou nos Estados Unidos. Segundo o levantamento, entre os anos 2000 e 2016, o número total de falecimentos causados por quedas entre idosos dessa faixa etária passou de 8.613 para 25.189 casos.

De acordo com o relatório, apesar do aumento da expectativa de vida da população americana, a taxa de mortalidade entre as pessoas desse grupo etário apenas dobrou. “Quase uma em cada três pessoas maiores de 65 anos cai por ano”, afirmou o médico Marco Pahor, diretor do Instituto do Envelhecimento da Universidade da Flórida, no levantamento.

Segundo a educadora física Letícia Marchetto, as quedas nessa idade acontecem devido a junção entre a perda da musculatura e do tempo de resposta neurológico, recorrentes no processo de envelhecimento. “Quando um idoso cai na rua, ele não cai porque está em desequilíbrio postural, e sim porque ele não foi capaz de fazer o cálculo imediato de onde deveria pisar”.

Conforme a educadora física, as quedas são de alto risco nessa faixa etária, pois podem levar a consequências mais graves, como fraturas e lesões, que podem resultar em um efeito dominó, colocando em jogo a mobilidade e vida do idoso. A educadora explica que é muito comum que idosos fraturem, por exemplo, regiões como quadril, punho e coluna.
Pensando nessa difícil realidade, Letícia Marchetto criou um trabalho direcionado para a terceira idade, usando as modalidades Pilates e Ballet Fly. Em ambas as práticas, a educadora conta que tem a prevenção de quedas como uns dos principais pilares. Tanto no Ballet Fly, que utiliza tecidos acrobáticos suspensos, quanto no Pilates são realizados exercícios que trabalham essencialmente três aspectos.

“Um deles é o equilíbrio, o qual adotamos no Pilates por meio de um trabalho de musculatura profunda, fortalecimento do core e alinhamento corporal. Também utilizamos acessórios com relevos ou superfícies diferentes para que o idoso treine justamente esse cálculo de resposta em relação ao chão e a transferência de peso para aquela superfície. Com esses acessórios, também realizamos jogos nos quais o idoso realmente brinca de pisar em lugares diferentes. Esses jogos trabalham não só o equilíbrio, mas também o fortalecimento muscular e a memória”, garante Letícia.

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