Um estudo inédito publicado nesta terça (4) pelo Journal of the American Medical Association (JAMA) revelou que o risco de mortes por quedas entre maiores de 75 anos duplicou nos Estados Unidos. Segundo o levantamento, entre os anos 2000 e 2016, o número total de falecimentos causados por quedas entre idosos dessa faixa etária passou de 8.613 para 25.189 casos.
De acordo com o relatório, apesar do aumento da expectativa de vida da população americana, a taxa de mortalidade entre as pessoas desse grupo etário apenas dobrou. “Quase uma em cada três pessoas maiores de 65 anos cai por ano”, afirmou o médico Marco Pahor, diretor do Instituto do Envelhecimento da Universidade da Flórida, no levantamento.
Segundo a educadora física Letícia Marchetto, as quedas nessa idade acontecem devido a junção entre a perda da musculatura e do tempo de resposta neurológico, recorrentes no processo de envelhecimento. “Quando um idoso cai na rua, ele não cai porque está em desequilíbrio postural, e sim porque ele não foi capaz de fazer o cálculo imediato de onde deveria pisar”.
Conforme a educadora física, as quedas são de alto risco nessa faixa etária, pois podem levar a consequências mais graves, como fraturas e lesões, que podem resultar em um efeito dominó, colocando em jogo a mobilidade e vida do idoso. A educadora explica que é muito comum que idosos fraturem, por exemplo, regiões como quadril, punho e coluna.
Pensando nessa difícil realidade, Letícia Marchetto
criou um trabalho direcionado para a terceira idade, usando as modalidades
Pilates e Ballet Fly. Em ambas as práticas, a educadora conta que tem a
prevenção de quedas como uns dos principais pilares. Tanto no Ballet Fly, que
utiliza tecidos acrobáticos suspensos, quanto no Pilates são realizados
exercícios que trabalham essencialmente três aspectos.
“Um deles é o equilíbrio, o qual adotamos no Pilates por meio de um trabalho de musculatura profunda, fortalecimento do core e alinhamento corporal. Também utilizamos acessórios com relevos ou superfícies diferentes para que o idoso treine justamente esse cálculo de resposta em relação ao chão e a transferência de peso para aquela superfície. Com esses acessórios, também realizamos jogos nos quais o idoso realmente brinca de pisar em lugares diferentes. Esses jogos trabalham não só o equilíbrio, mas também o fortalecimento muscular e a memória”, garante Letícia.
“Um deles é o equilíbrio, o qual adotamos no Pilates por meio de um trabalho de musculatura profunda, fortalecimento do core e alinhamento corporal. Também utilizamos acessórios com relevos ou superfícies diferentes para que o idoso treine justamente esse cálculo de resposta em relação ao chão e a transferência de peso para aquela superfície. Com esses acessórios, também realizamos jogos nos quais o idoso realmente brinca de pisar em lugares diferentes. Esses jogos trabalham não só o equilíbrio, mas também o fortalecimento muscular e a memória”, garante Letícia.
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