A utilização em excesso de aparelhos tecnológicos à noite interfere no
sono, afeta o humor e a produção de hormônios importantes para o crescimento
das crianças
Uma das queixas mais comuns entre professores na sala de aula nos
últimos anos têm sido o fato dos alunos ficarem sonolentos ou até dormirem
durante as aulas. Isso se deve muito ao uso excessivo de aparelhos
tecnológicos, como tablets, celulares, computadores e notebooks durante a
noite. Muitas crianças, adolescentes e jovens estão perdendo o controle na
moderação do uso das novas tecnologias.
“Nosso cérebro é regulado pela concentração e pelas memórias de
ratificação, caso contrário não é possível fazer com que o processo de
aprendizagem ocorra. A não moderação ou o tempo excessivo diante dos equipamentos
digitais e jogos, como os de vídeo game, faz com que nosso cérebro seja
hiperestimulado. O grande problema aí é o que fazer com tanta informação e como
o cérebro vai processá-la e armazená-la”, explica Sueli Adestro, coordenadora
pedagógica da Tutores – rede de educação multidisciplinar.
Muitos estímulos visuais, auditivos e a própria luminosidade de
tablets, computadores e notebooks, também podem prejudicar a aprendizagem.
Ficar muito tempo na frente desses aparelhos pode acarretar em sérios problemas
no nosso cotidiano. “Se a pessoa está virando as noites interagindo com esses
equipamentos tecnológicos, provavelmente o sono dela será alterado e ela não
conseguirá entrar no estágio profundo, ou, o que chamamos de sono REM - Rapid
Eye Movement (movimento rápido dos olhos durante
o sono) que é fundamental para que haja ratificação das
memórias, que foram processadas durante as 24 horas em que se esteve acordado e
que precisam ser decodificadas, ou seja, irem cada uma para uma determinada
função de memória”, declara a coordenadora.
Além da concentração, a falta de uma noite bem dormida pode afetar
inclusive o humor e a vida social, interferindo também no processo de
aprendizagem. A ausência de um sono reparador pode alterar o hormônio de
crescimento, principalmente para crianças e jovens em período de puberdade e
processo de adolescência. A produção das endorfinas e serotoninas que
proporciona a sensação de prazer pode ser prejudicada também, pois uma pessoa
que fica muito tempo na internet passa um longo período sentada.
“A dica para os pais junto com seus filhos é combinar de dormirem mais
cedo em prol da qualidade de vida, se exercitarem mais, dialogarem mais ao
invés de apenas conversarem através de aplicativos. Os professores também devem
estimular as famílias a agirem assim”, conclui Sueli.
Fonte:
Tutores
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