Essa ideia tem
como ponto de partida a opção pelo compartilhamento e não pelo acúmulo
Começar um negócio nem sempre é fácil. Muitos
empreendedores desistem no meio do caminho e outros tantos recomeçam centenas
de vezes até dar certo e alavancar a carreira. Diversas startups que hoje são
sucesso e conhecidas em todo o mundo não foram criadas de cara e precisaram de
muito investimento de tempo e perseverança para darem certo.
Mas, se a ideia é boa o que faz os empreendedores
desistirem no meio do caminho? Reduzir os custos iniciais é muito importante,
mas muitas vezes uma visão diferenciada pode ser a pitada que faltava para o
negócio decolar. E para conseguir enxergar um pouco além e não extrapolar os
gastos entrar para a economia colaborativa é uma solução de fácil alcance.
Por exemplo, o valor inicial para montar um
escritório com a mínima infraestrutura para trabalhar no dia a dia e receber
visitas de parceiros e investidores é altíssimo, despesas como condomínio,
impostos, mobília, limpeza, internet e insumos básicos ficam pesadas com o
passar do tempo. Sem contar, que muitos se enrolam com contratos que não podem
ser desfeitos, caso o negócio não vá para frente logo de cara.
Com isso, os coworkings assumem um importante papel
no mercado. Afinal, em seus espaços nascem centenas de ideias por dia, e, milhares
passam por transformações. “Com o coworking é possível diminuir gastos, já que
são rateados. Aluguel, internet, água, luz, cafezinho e, às vezes, telefone e
recepcionista são divididos. Salas de reuniões não ficam vazias por muito
tempo. Essa alternativa, com certeza, ajuda na diminuição de custos e garante maior
rentabilidade”, explica Marcus Nakagawa, professor da ESPM, com foco em
sustentabilidade na estratégia de negócios das empresas.
“Além disso, há uma rede de contatos entre os
coworkers, que possibilita a troca de conhecimento e negócios. Porque
ficar isolado em uma sala própria e fechada, se você pode ampliar o seu
projeto?”, explica Carolina Fayad sócia diretora do JK&Co.
O JK&Co, por exemplo, tem ambientes conectados
e reversíveis e dentro da proposta o coworking possui estrutura para
atender ao mesmo tempo até 36 profissionais nas estações de trabalho,
além de uma sala com formatação ideal para coachs e salas espelho que se
transformam em salas de reunião e que podem ser utilizadas por agências de
comunicação e por núcleos de pesquisa com consumidor.
Além de reduzir as despesas, e as preocupações com
contratos, limpeza e taxas, as vezes, um colega da estação ao lado pode se
transformar em um cliente, fornecedor ou até mesmo um parceiro, já que por uma
visão diferente pode ajudar a montar a pecinha que estava faltando no quebra
cabeça.
O molde de negócios se transformou com o passar dos
anos, e, quem quer se manter vivo precisa se incorporar e achar maneiras de
sobreviver. Com a crise que ainda estamos enfrentando, a solução pode ser a
união entre empresas dos mais diversos segmentos, para gerar negócios e cortar
custos.
Marcus
Nakagawa: professor da ESPM; coordenador do Centro ESPM de
Desenvolvimento Socioambiental (CEDS); fundador e consultor iSetor; idealizador
e diretor da Abraps; e palestrante sobre sustentabilidade, empreendedorismo e
estilo de vida.
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