Dia 20 de outubro é comemorado o Dia Mundial da Osteoporose,
data importante para conscientizar a população sobre a doença, prevenção e
diagnóstico. Segundo a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e
Osteometabolismo (Abrasso), a osteoporose atinge cerca 10 milhões de
brasileiros, e já pode ser classificada como uma epidemia silenciosa, pois é
uma doença que não tem sintomas.
Segundo o Dr. Luiz Antônio Vianna Lopes, ortopedista do Hospital
Villa-Lobos, da Rede D’Or São Luiz, é essencial que a conscientização seja mais
expressiva, pois a osteoporose é uma doença que certamente aumentará por conta
do envelhecimento da população. “As campanhas são essenciais e uma parte muito
importante para que todos entendam a doença e que a prevenção pode começar
desde cedo, com hábitos alimentares e de vida mais saudáveis”, destaca.
A osteoporose é a fraqueza da microestrutura celular óssea,
causando o enfraquecimento da estrutura óssea. Seu maior problema é que só é
detectável quando o paciente sofre uma fratura, geralmente grave, como de
bacia, fêmur, pulso, entre outros casos. “A única maneira de detectar a
osteoporose é por meio de exame de imagem e o mais indicado é a densitometria
óssea, que analisa o esqueleto por completo, a dosagem de cálcio e a vitamina D
do corpo” explica Luiz Antônio.
É comum ouvir que a doença acomete mais mulheres, geralmente
pós-menopausa, do que homens. Porém, a realidade está mudando ao longo do
tempo, uma vez que, com o aumento da expectativa de vida da população, os
homens estão vivendo mais e, consequentemente, a chance de desenvolvê-la
aumenta.
Mas não é somente a população acima de 50 anos que deve se
preocupar. Segundo o especialista, é essencial que toda a população esteja
atenta, pois com o elevado consumo de produtos industrializados, de
refrigerante, café em excesso e alimentação pobre em legumes e verduras e em
cálcio, a tendência é de que a doença acometa um número muito maior do que já é
conhecido hoje. “A prevenção eficaz é iniciada desde a infância, quando os pais
introduzem hábitos saudáveis no dia a dia das crianças”, orienta o ortopedista.
Os pacientes que já tiveram fraturas por conta da doença,
dependendo do tratamento, têm sua qualidade de vida totalmente comprometida,
pois ficam dependentes de seus familiares para se movimentar e fazer atividades
do dia a dia. Ou, em outros casos, precisam ficar muito tempo no hospital para
se recuperar, o que causa descontrole emocional e até mesmo depressão em muitos
deles. “Evitar a evolução da doença e a mudança de hábito é essencial para
evitar problemas maiores, como os emocionais”, explica o médico.
Por isso, para os pacientes que já sofrem com a doença, a
orientação é acompanhamento médico para que seja indicado o tratamento
medicamentoso correto. Além disso, é essencial a mudança de hábitos alimentares
e a inserção de uma rotina com exercícios físicos. “Diferente do que muitos
pensam, exercícios com peso são importantes, mas, claro, sempre com orientação
de um profissional. A atividade física ajuda na manutenção do músculo e óssea,
e evita a perda de equilíbrio, que na maioria das vezes que causa s queda e as
fraturas”, finaliza.
Hospital Villa-Lobos
Nenhum comentário:
Postar um comentário